Ir. Basílio contado em Cordel

Apresentação
Em nossas aulas de Língua Portuguesa, no Postulantado, entendemos que comunicar bem é essencial para a interação entre as pessoas. Assim, buscamos experimentar diversas formas de comunicação, tanto orais quanto escritas, a fim de exercitarmos nosso potencial comunicativo. Nasceu assim o “Projeto Ir. Basílio”, de quem este livrinho é, por assim dizer, um fruto.
As páginas que lerá a seguir são o resultado de um trabalho realizado a várias mãos, após um bom tempo debruçados sobre a vida do Ir. Basílio Rueda, 9° superior geral marista. É a história dele que buscamos expressar nas linhas que seguem.
Basílio, um mexicano de nascimento, trazia no peito um coração universal, capaz de doar-se, sem reservas, a quem dele precisasse. Seu projeto de vida foi “queimar a vida por Cristo” e sua grande paixão, seus coirmãos. A Boa Mãe, Maria, e Marcelino Champagnat foram seus guias. Deles recebeu toda a inspiração necessária à realização da missão que lhe foi confiada por 18 anos à frente do Instituto Marista.
Para escrevermos a biografia de Basílio, escolhemos um gênero literário muito característico do Nordeste brasileiro: a literatura de cordel.
Trata-se de um tipo de poesia popular, organizada em versos rimados, originalmente veiculados de forma oral e, posteriormente, impressa em folhetos rústicos. Por serem expostos à venda, habitualmente, pendurados em cordas ou cordéis, os folhetos recebem o nome de Cordel. Sabe-se que tal forma de fazer poesia vem de Portugal, que já tinha a tradição de pendurar os folhetos em barbantes. É uma produção literária ainda hoje muito apreciada nos meios populares.
Basílio queria ajudar a aurora nascer, ou seja, fazer um novo tempo acontecer na Igreja, na Vida Religiosa e na sociedade. Sua vida o delineia como um grande modelo de santidade. Fica o desejo de que neste Cordel conheçamos mais a vida desse nosso Irmão, cujo espírito continua muito vivo no Instituto Marista, nos apontando o caminho a seguir em nossa missão de fazer Jesus Cristo conhecido e amado pelas crianças e jovens. Que ele nos ajude com sua preciosa intercessão.
Fraternalmente,
Charles Amorim de Mendonça, postulante
(Belo Horizonte – MG, novembro de 2009)

Ir. Basílio contado em Cordel
Composição: Charles Amorim e Ir. Rafael Ferreira

I No início de tudo
Vou contar-lhe a história
De um marista chamado Basílio
E saiba que em todo o México
Homem igual não havia nascido
Veio à luz em Acatlán
Mas foi do mundo conhecido

Em 14 de outubro do ano 24
Heládio e Josefina, seus pais apaixonados
Receberam como dom de Deus
Entre os filhos tão amados
Um quarto rebento, um menino
Que como José Basílio foi batizado.

No ventre materno foi gerado
Com grande amor foi concebido
Qual Jeremias, o profeta
Foi de Deus um escolhido
E cresceu no tamanho e na graça
Por sua família bem acolhido

Grande perda em 29
Logo a todos causaria surpresa
Sua mamãe Josefina
Muito doente e indefesa
Voltou pra casa do Pai
E a todos deixou na tristeza

Órfão de mãe aos quatro anos
Foi por zelosas tias acolhido
Indo morar em Guadalajara
No Jardim de Infância foi recebido
E naquela escola de freiras
Foi sempre muito querido

Em 12 de dezembro do ano de 31
Recebeu em comunhão a Jesus na Eucaristia
Alimentou-se com o Pão do Céu
O santo filho de Maria
Preparou-lhe a tia Mercedes
Que foi na fé sua guia.

No colégio Jalisco pelos idos de 32
Ele foi matriculado. Veja só que confusão!
Teve que repetir o quinto ano primário
Por ser travesso e brincalhão
No entanto, foi na escola
Que Deus lhe deu a vocação.

No primeiro ano do secundário
Tomou a firme decisão
Voltou pra casa do pai
Em Acatlán, seu natal torrão
Pra com ele vender tecidos
Atendendo no balcão

Sendo um jovem alegre e disposto
Foi companhia muito querida
Da paróquia um coroinha
Em casa a vida era divertida
Inventou um laboratório de química
E jogou xadrez com o pai na lida

Não era um rapaz muito piedoso
Mas derrama-se em devoção
Diante da Virgem Maria
A quem abria o coração
E rezava com amor o terço
Encomendando-se em oração.

II Chamei-te pelo nome: és meu!

O povo simples nos conta verdades
Com muita simplificação
Uma delas fala bonito
Para a nossa admiração
Que Deus escreve certo na linha torta
Quando a nós quer dar lição

Foi assim com José Basílio
Quando o Céu tocou seu chão
Ao visitar os Irmãos Maristas
Seus mestres na educação
Deus plantou ali no seu peito
A semente da vocação

Foi de um modo bem simples
Que o chamado aconteceu
E aquele jovem mudou de vida
Para seguir o Filho de Deus
E no Pão da Eucaristia
Sua fé robusteceu

Mas como há coisas nesta vida
Que nos põem na provação
Aquele jovem vocacionado
Sofreu grande decepção
Ao ouvir de seu pai Heládio
Uma dolorosa negação

Depois de sete meses de luta
Com jejum e oração
A boa Virgem Mãe Maria
Alcançou-lhe a permissão
E ele pôde enfim entrar
Em sua querida Congregação

Em meados de 42
Caminhou por nova estrada
Salve o dia 23 de julho!
Que marcou sua entrada
No juvenato de Tlalpán
Onde fez sua morada

Era janeiro de 43
Quando iniciou o Postulantado
Que é um tempo de discernimento
Pra quem quer ser um consagrado
Continuou morando em Tlalpán
Onde fizera seu juvenato

A santa Bíblia no diz
Um grande e sábio ditado
“Quem é fiel nas pequenas coisas
Nas grandes tem igual resultado”
Assim aconteceu com José Basílio
Durante o seu Postulantado

Nessa etapa da formação
Ele era o mais destacado:
Líder nato de seus colegas
E nos estudos muito aplicado
Contava já 18 anos
E nos seus formadores era inspirado

O mestre Jesus nos disse
Para rezar constantemente
E assim vencer as tentações
Que atrapalham a vida da gente
Assim rezava José Basílio:
Com o coração, alma e a mente.

Pela santa Virgem Maria
Tinha filial devoção
Era um mexicano autêntico
“Guadalupano” por convicção
Mas cresceu no amor a Maria
A quem antes se dirigia somente com emoção “

“Eu sou o Pão da Vida”
Falou Jesus aos que chamou
E o jovem postulante marista
Nessa palavra acreditou
E no Santíssimo Sacramento
Sua fé reavivou

Em setembro de 43
Pra confirmar a vocação
Ingressou no noviciado
Coração da formação
E ao vestir a batina marista
Ganhou um nome de Irmão

Trocou seu nome de batismo
Pra simbolizar nova missão
Por isso agora revestido
Com a batina dos Irmãos
Passou a ser “Basílio Diego”
Com alegria e devoção

Se caminhar era preciso
No seguimento de Jesus
O Irmão Basílio Diego
Com fervor se introduz
No recolhimento e no sacrifício
Que à conversão conduz

“Cantai a Deus um canto novo”
Diz o salmista com emoção
E assim fez o jovem noviço
Sem usar de pretensão
Pois sendo de voz desafinada
Foi logo dispensado das aulas de “cantação”

Não tendo jeito pra cantar
Recebeu uma nobre incumbência:
Acolitar na lirtugia
O que fez com experiência
E o resto do tempo aproveitava
Para estudar e crescer na ciência

O amor pelas crianças pobres
Desafiava o seu coração
A ser mais criativo
Na hora da evangelização
E por meio do futebol levava
Toda a meninada à Primeira Comunhão

Em 08 de dezembro do ano de 44
Dia santo e reservado à Virgem da Conceição
Ir. Basílio Diego e seus companheiros
Com viva fé e grande emoção
Por meio dos votos sagrados
Fizeram a Deus consagração

Já feito um Irmão Marista
Recebeu sua primeira missão
Na Escola Normal de Querétaro
Para completar sua formação
Estudou para ser professor
E ter título de Educação

Foi Jesus mesmo quem disse
E você pode crer ou não
Que ninguém tem amor maior
Do que aquele que serve ao irmão
E este é um projeto de vida
Para todo e qualquer cristão

Para nosso jovem escolástico
Essa palavra foi uma missão
E servia aos Irmãos doentes
Com total abnegação
E sem descuidar dos seus estudos
Crescia em dedicação

Quem quer ser todo de Deus
Jamais lhe nega acolhida
E um dia chega o grande momento
Em que lhe dá por inteiro a vida
Então nada mais é só seu
Porque é de Deus a sua vida

Fazer os votos perpétuos!
Eis de Basílio a decisão
E após rezar por trinta dias
Confirmou sua vocação
Foi no ano de 1950
Que fez a Deus consagração

Só que para seguir a Cristo
É preciso crescer na Fé
Perguntar e aconselhar-se
Partilhar o que se é
E foi o Pe. Ramóm Martínez
Seu confidente de fé

Mas como nem tudo na vida
É só paz, conquista ou festa
Muito cedo a provação
Fez-lhe de dor franzir a testa
E a morte de seu pai Helário
O levou para casa depressa

Com grande espírito de fé
A perda do pai enfrentou
E repetiu como o Jó da Bíblia
“Deus deu, Deus tirou
Bendito seja seu santo Nome”
E a vontade do Pai aceitou.

III A formação apostólica marista

Ao concluir seus estudos
Para ter diploma de professor
Escreveu uma bonita tese
Cheia de luz e de amor
Chamou-a “O educador Modelo”
Retrato do que praticou

Encerrada sua formação
Tornou-se logo um docente
E no instituto de Querétaro
Com a admiração de toda a gente
Deu aulas na terceira série
Com disciplina convincente

Em janeiro de 48
Foi de Querétaro transferido
Para o Instituto Primário México
Onde foi logo acolhido
Durante cinco longos anos
Foi professor muito querido

Basílio foi um aluno brilhante
Pois os estudos seguiu com paixão
Dos livros fez seus confidentes
E das letras uma inspiração
Em tudo buscou ser fiel
Dez na vida e também na lição

Em novembro de 61
Tornou-se mestre em Filosofia
“Ser e Valor” foi sua tese
Que defendeu com maestria
Magna Cum Laude foi a nota
Que recebeu da academia

Seu espírito de fé
Revelou-se na oração
Que rezou naquele dia
No calor da emoção:
“Jesus, em qualquer resultado
Seja tua a louvação!”

IV Para além das fronteiras maristas

De coração grande e generoso
Foi um apóstolo sem igual
No “Movimento por um mundo melhor”
Abraçou uma missão universal
De 61 a 65 deu tudo de si
Nesse projeto essencial

No Movimento foi incansável
Conferencista de muito valor
Tornou-se um diretor dedicado
Em Quito do Equador
Onde representou o Padre Lombardi
De quem foi um bom colaborador

Aos “Cursilhos de Cristandade”
Deu grande colaboração
Junto com o iniciador Pe. Hernandez,
Realizou uma bela missão
Levou muitos à “vida da graça”
Pela graça da oração

E crescia sua boa fama
Dentro e fora da Congregação
E assim recebeu um novo encargo
A serviço de seus Irmãos
Foi em abril de 65
Que acolheu a nomeação:

Tornou-se Mestre e responsável
Como quis o Irmão Geral
Pelo Segundo Noviciado
Um tempo de graça sem igual
E para os Maristas de meia-idade
Foi um guia espiritual

V O maior é aquele que serve

Foi do Irmão Charles Raphäel
A decisão certa e final
De convocar no Instituto
Um Capítulo todo especial
Para renovar a vida marista
E eleger um novo geral

A um homem consagrado
Já não lhe pertence a vida
Ela é dom a ser partilhado
É semente a ser repartida
O que Deus mandar é ordem
Que logo será cumprida

Por obediência ao Senhor
E por amor à Congregação
Em setembro de 67
Basílio aceita a eleição
Como novo Geral Marista
E foi grande a emoção

O décimo sexto Capítulo
Foi um evento sem igual
Durou exatos três anos
E cumpriu seu ideal
Sendo para os Irmãos Maristas
um Pentecostes novo e real

Ainda emocionado
Agradecendo a eleição
Anunciou aos capitulares
O plano que poria em ação
No qual as missões e os pobres
Teriam espaço e promoção

Pulsava no Irmão Basílio
Agora Superior Geral
Um coração generoso
De alcance universal
Capaz de amar a todos
E a cada um por igual

Para um superior geral
Escrever é parte da missão
Para instruir e socorrer
Tem sempre papel à mão
Tal qual o apóstolo Paulo
Tem pra todos orientação

Ir. Basílio foi admirável
Em sua lavra epistolar
Escreveu 50.000 cartas
Para muitos aconselhar
E assim tocou os corações
Dos que se deixaram guiar

As circulares que escreveu
Alcançaram grande projeção
Falou sobre “Projeto de Vida”
“Fidelidade” e “Oração”
“Vida Comunitária” e “Maria”
Páginas de viva expressão!

Após as visitas canônicas
A cada Província ou Distrito
Deixava ali longas cartas
Do que tinha escutado e visto
E pedia um plano de ação
A partir do que tivesse escrito

Consagrando-se por inteiro
A serviço dos Irmãos
Precisou de um homem forte
Que o apoiasse na missão
De gerir a burocracia
À testa da Congregação

Este homem foi Quentin Duffy
Um australiano de nascimento
Vigário Geral por duas vezes
Com braço forte e sem lamento
Apoiou muito a Basílio
E no governo mostrou talento

No décimo sétimo Capítulo
Inaugurado em 76
Aconteceu o que se esperava
Basílio foi mais uma vez
Eleito superior Geral
E dizer Sim foi o que fez

Tinha 52 anos de idade
Ao assumir de novo a missão
De continuar o belo serviço
À frente da Congregação
E trabalhar pela Vida Religiosa
Em busca da renovação

Basílio assim se expressou
Naquela especial ocasião
“Se nossa vida está nas mãos do Espírito,
Ele nos falara ao coração
Pois se sou eu o homem que Ele deseja
Confio a Ele minha nova missão”

“Deus ajuda a quem cedo madruga”
É o que diz com fé toda a gente
E Basílio comprova o ditado
Pois com ele não foi diferente
Dormia bem pouco de noite
Para um rezar e agir mais frequente

VI Irmão entre Irmãos

O santo Livro nos diz
Com palavras de muita luz
Que por amor se dá a vida
Assim disse o próprio Jesus
Pois quem ama o seu irmão
Por amor lhe pede a cruz

Assim fez o Irmão Basílio
Mesmo antes de ser Geral
Quis muito bem a seus Irmãos
Servi-los foi seu ideal
Socorreu e animou a muitos
De um jeito todo especial

Amar muito, amar grande
Aprendeu com o Pai Champagnat
O mundo se tornava pequeno
Se um Irmão o queria encontrar
E corria em direção a ele
Como um rio corre pro mar

Orientar retiros para Irmãos
Para ele ocasião sem igual
Encontrar-se queria com todos
De modo bem pessoal
Para ele toda a hora era hora
E qualquer um era todo especial.

Disse aos Irmãos ser mexicano
E querer continuar sendo
Mas pela fraternidade
Que sentia em si crescendo
Seria de todas as nações
Nas quais houvesse Irmãos vivendo

E saiu pelo mundo afora
Confirmando cada Irmão
Na vocação cristã e marista
Na fraternidade e na missão
Querendo seguir Champagnat
No amor à Congregação.

VII Um jeito de ser

“Servir ao Senhor com alegria”
Canta o salmista contente
E assim fazia Basílio
É o que diz toda a gente
Com bom humor, riso fácil e piada
Ele alegrava o ambiente

As três violetas maristas
Herança do Pai Fundador
Basílio encarnou em sua vida
E todas viveu sem temor
Foi simples, humildade e modesto
Um marista repleto de amor

Nunca fugiu do trabalho
Fosse ele culto ou braçal
Lavar pratos, talheres e roupas
Para Basílio era coisa normal
E quando usava a vassoura
O fazia com amor fraternal

Os santos são mesmo assim
Como nós de carne e de osso
Gostam das coisas mais simples
Como os outros também fazem esforço
Pra que a graça abundante de Deus
Seja para o bem um reforço

Ser santo é vocação para todos
Não é prêmio que se dá a perfeitos
Mas semente da graça de Cristo
Plantada nos que também têm defeitos
Santidade não é privilégio
Mas um dom que se dá aos eleitos

VIII Trabalho pela renovação da Vida Religiosa

Toda a Igreja reunida em Concílio
Sob o comando do Papa João
Revisou sua prática de vida
Pediu o dom da renovação
Quis ser para os tempos modernos
Luz de Deus na escuridão

A Igreja do Vaticano Segundo
Desafiou a Vida Religiosa
A voltar às suas fontes
A ser mais corajosa
A esperar em Jesus Cristo
A ser mais simples e generosa

Mas renovar-se não é tarefa
Que se consiga sem dor
Não é coisa que se alcance
Sem paciência e muito amor
E os religiosos foram provados
Como o ouro no calor

Sabemos que em tempos de crise
Vem do Espírito a solução
E Basílio foi um guia seguro
Para todos os seus Irmãos
Ao animar a Vida Religiosa
Na marcha da refundação

Por amar de peito aberto
Numa Igreja em transformação
Ajudou a aurora a nascer
Com trabalho e oração
E ao “queimar a vida” por Cristo
Profetizou renovação

IX Homem de Fé e Oração

”Orai sempre” aos seus discípulos
Quis Jesus recomendar
Para vencer as tentações
E para junto de Deus estar
Quem reza é fortalecido
E pode o mal enfrentar

O Irmão Basílio Rueda
Foi homem de fé e oração
Quis centrar em Jesus Cristo
Seu amor e sua atenção
Para conhecê-lo e segui-lo
Rezou com grande paixão

Como vigia que espera a aurora
Basílio nunca foi surpreendido
Do nascer ao pôr do sol
Sem que a Cristo estivesse unido
E as primeiras horas do dia
Passava em oração recolhido

Porque rezou foi ungido
Com graça especial
Para tocar os corações
De um modo sem igual
Foi um guia claro e seguro
Na orientação espiritual

X Amor ao Instituto Marista

É uma verdade o que se diz
Em tom bem popular
Que não vai muito longe
Aquele que não sabe olhar
Os caminhos já percorridos
E a história valorizar

Basílio chamou-nos às fontes
Para haver “aggiornamento”
Redescobriu L`Hermitage
De Champagnat sacramento
E fez da historia marista
Objeto de conhecimento

Querendo que houvesse estudos
Sobre o santo Pai Fundador
De sua vida e cartas
Fontes de muito amor
Criou para tanto o oficio
Do Irmão pesquisador

XI Servir ainda

Terminada a segunda gestão
À frente do Governo Geral
Assumiu uma nova missão
Lá pelo México Central
Tornou-se Mestre de Noviços
E um formador sem igual

Basílio assumiu o noviciado
E outros trabalhos também
Foi a Roma para dar cursos
O que fez muito bem
Formando os formadores
Conseguiu ir mais além

XII O entardecer da vida

Está dito muito claro
Lá no santo Evangelho de João
Que a semente para dar frutos
Tem que morrer no chão
Assim também é o homem
Se não morre, vive em vão

O sofrimento é redentor
E ajuda a interceder
Se sofria pelo Instituto amado?
– “Sim, com muito prazer!”
E nas horas de mais agonia
Queria a Deus bendizer

E em uma manhã de domingo
Não pôde mais respirar
Fugiu-lhe o sopro da vida
Foi com Deus se encontrar
Era 21 de janeiro de 96
Quando sua páscoa foi no céu celebrar

XIII A caminho dos altares

O cristão se santifica
No suor do dia a dia
Em tudo aquilo que faz
O Espírito Santo é seu guia
Seu desejo é só ser Deus
Assim como foi Maria

A fé, a esperança e o amor
São as virtudes do bom cristão
Quem as vive em alto grau
Recebe de Deus a missão
De tornar-se pra seus amigos
Um modelo de imitação

Crendo que Basílio é santo
O Instituto Marista pediu
Que fosse aberta a sua Causa
Como a Mãe Igreja previu
Foi em junho de 2002
Que o Conselho Geral consentiu

E você que agora me lê
Neste franco e simples cordel
Pode também se perguntar:
– Para que mais um santo no céu?
Eu lhe digo com sinceridade
Para ajudá-lo a também ser fiel

Basílio é santo, sabemos
E queremos sua canonização
Para que seja luz de Deus para todos
Que pedirem sua intercessão
Para ser um canal de sua graça
Para guiar a Jesus seus irmãos

Queremos Basílio no Altar
Para à Trindade fazer louvação
Para mostrar o que Deus fez e faz
No íntimo do coração
Daquele que lhe dá a vida
Para da vida fazer doação

XIV Oração para pedir a intercessão do Servo de Deus Ir. Basílio Rueda

Deus, nosso Pai, deste a nosso Irmão Basílio um coração magnífico, uma inteligência penetrante, e uma grande paixão por teu Reino.
Seu coração foi uma fonte generosa de amizade, sua inteligência sabia resolver nossos problemas, sua paixão por teu Reino renovou nossa família marista. Damos-te graças, Deus nosso Pai, pelo dom precioso que foi o Ir. Basílio para a Igreja, para numerosos amigos e para nós. Permite-nos invocá-lo quando a dúvida pairar sobre nossas vidas, e a doença, os problemas ou a idade nos angustiarem.
Neste momento, pedimos especialmente por (citar a intenção). E tu Maria, nossa Boa Mãe, a quem Basílio dedicou uma de suas mais belas Circulares, intercede também por nós. Pai, que nossa oração te glorifique, a Ti, a teu Espírito Santo e a teu Filho Jesus Cristo, por quem pedimos. Amém.