Voluntários maristas na Amazônia
Laura Patricia e Márcio Sampaio são dois voluntários da Província Brasil Sul-Amazônia que estão chegando em Tabatinga, na Comunidade Lavalla200> da Região América Sul. Durante o caminho para a nova comunidade estiveram uma semana em Manaus, de 22 a 28 de abril de 2022. No texto que segue contam como foi o primeiro contato e inserção no bioma amazônico.
Estes dias de inserção à cultura e pastoral amazônica foi de fundamental importância para nos introduzir e nos atualizar em relação ao contexto da região.
Fomos acolhidos pela comunidade dos Irmãos Maristas de Manaus (Ir. João Gutemberg, Ir. Altenir e a Doméstica Sheila, também estavam de passagem a Adalgisa, irmã do João Gutemberg e o Ir. Nilvo). Uma comunidade simpática, carinhosa e disposta a nos ajudar neste processo. Foi um ambiente de muita partilha e trocas de conhecimentos cada um aportando um pouquinho de sabor nestes poucos e agradáveis dias. Foi um constante celebrar com comidas típicas preparadas com muito carinho, muitas risadas e brincadeiras saudáveis. Ninguém mediu esforços para nos proporcionar a melhor inserção nas diferentes particularidades da região amazonense. A presença de cada um foi importante e providência divina para que tivéssemos uma experiência mais ampla da realidade da vida e missão que nos espera.
Tivemos a oportunidade de começar nossa inserção por uma visita em uma floresta do sítio Marista, onde conhecemos algumas árvores como a seringueira, frutas como cupuaçu, bacuri e outros. Nossa primeira missa em terras da Amazônia foi também muito significativa, no Santuário de Nossa Senhora da Amazônia, situado dentro de uma floresta. O fato de ser um santuário marial nos marcou profundamente, pois temos grande devoção por Maria sendo ela também muito especial na vida de Champagnat. Conhecemos o Rio Negro, caminho por onde passam muitos que vem para formar comunidades com os povos locais, aprendendo e ensinando para juntos construir um mundo mais fraterno e solidário.
Percebemos muitas lutas engajadas para proteger a casa comum e os povos nativos. Participamos de forma online do aniversário de 50 anos do CIMI, revivendo toda sua história e luta. Visitamos a REPAM, conhecemos o belo trabalho realizado em toda a bacia amazônica.
A maior cidade da Amazônia Brasileira, Manaus, se apresentou a nossos olhos como um contraste do que imaginávamos. Uma cidade bonita, porém, descuidada e com uma poluição visível de esgoto a céu aberto, casas delabradas no centro e muita sujeira. Não parecia ser parte de um dos maiores pulmões do mundo. O pequeno zoológico de Manaus não faz jus à diversidade dos animais presentes neste bioma tão rico e diverso. Estando, estes animais, no centro desta grande selva mereceriam melhores cuidados.
Podemos concluir este relato evocando o grande aprendizado e a convivência que tivemos neste tempo. Uma das maiores riquezas que levamos deste momento é a espiritualidade indígena que nos marcou muito. Uma espiritualidade unida à vida deles, onde suas manifestações religiosas se dão no dia a dia em todos os atos. A importância desta relação constante de comunhão com a casa comum e com o criador.
E por último gostaríamos de agradecer a Deus, aos responsáveis a nível provincial e do Instituto Marista que tiveram está bela iniciativa deste tempo de inserção e sobretudo agradecer esta comunidade de Manaus que se prontificou para que tudo isso fosse possível.
Que pela intercessão de Maria, a Boa Mãe, sejamos todos abençoados.
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Márcio e Laura Patricia – Província Brasil Sul-Amazônia