28 de outubro de 2022 CASA GERAL

28 de outubro: memória do encontro de Champagnat com o Jovem Montagne

O encontro com o jovem Montagne foi um acontecimento que marcou profundamente a vida do Pe. Champagnat e certamente fez nascer o Instituto Marista. Tradicionalmente, no dia 28 de outubro se celebra a memória desse encontro, uma oportunidade para sublinhar a importância e a urgência de nossa missão, tão atual hoje como nos tempos do Pe. Champagnat.
Inspirados por nosso Fundador, que se dirigiu de La Valla até o lugar aonde se encontrava o jovem, caminhando durante várias horas, também nós nos sentimos chamados a caminhar em direção aos jovens Montagne de hoje, ali onde se encontram.

O que ardia no coração de Champagnat no caminho de volta a La Valla depois de ter encontrado o jovem Montagne? O que vibrava em seu interior e o levou a fundar o Instituto poucos meses depois? Perguntemo-nos: Não seria o mesmo caminho que agora estamos chamados a refazer, deixando-nos interpelar profundamente pela situação dos jovens Montagne de hoje?

Marcelino Champagnat encontra o Jovem Montagne (Furet)

“Um acontecimento, sem dúvida providencial, veio desfazer todas as incertezas do Pe. Champagnat, levando-o, sem mais delongas, a ocupar da fundação do Instituto dos Irmãos.

Chamado a confessar um jovem doente num povoado, pôs-se imediatamente a caminho, conforme seu costume. Antes de ouvi-lo em confissão, fez-lhe uma série de perguntas para saber se tinha as disposições necessárias para receber os sacramentos; estremeceu-se ao verificar que ele ignorava os principais mistérios, não sabendo nem mesmo se Deus existia. Aflito por encontrar um rapaz de doze anos mergulhado em tão profunda ignorância, e temendo vê-lo morrer nessa situação, sentou-se ao lado do doente e começou a ensinar-lhe os principais mistérios e as verdades essenciais da salvação. Assim, levou duas horas para instruí-lo e confessá-lo. Não foi sem grandes dificuldades que conseguiu ensinar-lhe as coisas mais indispensáveis, pois o jovem se encontrava tão doente que mal entendia o que ele falava. Depois de o ter confessado e feito repetir, várias vezes, atos de amor a Deus e de contrição, a fim de dispô-lo a bem morrer, deixou-o para atender a outro doente, na casa vizinha.

Ao voltar, perguntou como estava o rapaz: “Morreu instante após sua saída”, responderam os pais em lágrimas. Então ficou alegre, por ter chegado em tempo, mas também temeroso, em razão do perigo em que estivera o jovem, cuja condenação eterna ele, talvez, acabava de impedir. Voltou todo compenetrado destes sentimentos, cismando: “quantos outros meninos se encontram, todos os dias, na mesma situação, correndo o mesmo risco, por não haver ninguém que os instrua nas verdades da fé”. E então, o pensamento de fundar uma sociedade de Irmãos, destinados a prevenir tão sérias desgraças, ministrando às crianças a instrução cristã, perseguiu-o com tamanha insistência que foi ter com João Maria Granjon e lhe comunicou todos os seus planos.”

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Vida de José Benito Marcelino Champagnat – Ir. Jean-Baptiste Furet – 1856

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