3 de outubro de 2022 CASA GERAL

3 de outubro: Dia Mundial do habitat

O Dia Mundial do habitat é um momento para refletir sobre o estado das nossas cidades e conscientizar sobre a importância do habitat. Em 1985, a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu-o pela resolução 40/202, e foi celebrado pela primeira vez em 1986 sob o tema “Um teto é meu direito” para sublinhar a importância do direito fundamental à habitação. No Dia Mundial do habitat, grupos e ativistas da sociedade civil levantam suas vozes para ajudar as pessoas que precisam de moradia digna e acessível. Este ano, em 2022, ele é comemorado em 3 de outubro, sob o tema “Não deixar ninguém para trás”, que examina modelos que melhoram os padrões de moradia.

Pesquisas sobre padrões de crescimento urbano revelam que, em 1950, 70% da população da Europa, e América do Norte e do Sul vivia em cidades, em comparação com 40% e 48%, respectivamente, na África e na Ásia. Estima-se que em 2050, a população urbana global ultrapassará 70%. Atualmente, mais de 52% da população mundial vive em grandes cidades. Consequentemente, as desigualdades sociais são cada vez mais difundidas, principalmente nos países em desenvolvimento, com a existência de uma forma de urbanização que opõe um centro rico e bem equipado a favelas pobres, superlotadas e inseguras.

Ao adotar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, os Estados Membros da ONU se comprometeram a acelerar o progresso para as pessoas com mais atraso. A promessa de não deixar ninguém para trás é um compromisso para acabar com a pobreza extrema e o subdesenvolvimento em todas as suas formas e tomar medidas explícitas para que aqueles que foram deixados para trás possam alcançar aqueles que tiveram um progresso maior. É por essa razão que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 11), intitulados “Cidades e Comunidades Sustentáveis”, visam “tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”, defendendo a inclusão de moradias adequadas e acessíveis, incluindo a urbanização de favelas. É um convite aos governos para resolver o problema da moradia, concentrando-se na habitação social e pública, construindo casas menores, controlando aluguéis, comprando terrenos e imóveis e concentrando-se na construção de moradias populares em vez de casas de luxo.

Ao celebrarmos o Dia Mundial do Habitat, inspiremo-nos na circular “Lares de Luz”, do Irmão Ernesto, para compreender a essência do habitat humano como um lar onde recebemos todo o cuidado material e conforto e recursos espirituais necessários à nossa sobrevivência e bem-estar. As pessoas que vivem em favelas urbanas correm o risco de perder a noção de seu próprio valor, pois têm dificuldade de acessar recursos espirituais e materiais. Nesse sentido, o Papa Francisco, durante o simpósio sobre “cidades sustentáveis”, em 22 de julho de 2015, exortou os prefeitos de todo o mundo a superar a exclusão social e a marginalização em ambientes urbanos e a promover uma melhoria integral da qualidade de vida humana. Ele os encorajou a priorizar as pessoas mais vulneráveis ​​nas favelas, fornecendo os serviços sociais necessários para permitir o florescimento da vida familiar. Ele também os exortou a deixar de considerar os ambientes urbanos como periferias organizadas em torno de um centro, mas sim como bairros, lado a lado, e assim dar-lhes acesso aos mesmos padrões de serviços socioeconômicos e culturais.

______________

Ir. Francis Lukong – Secretariado de Solidariedade

ANTERIOR

Mais de 150 anos de presença marista em Samo...

PRÓXIMO

Maristas do Brasil participam em encontro nac...