4 de dezembro de 2022 BRASIL

6º Encontro de Centros de Memória da Região América Sul

De 21 a 25 de novembro, a Província Brasil Centro-Sul sediou o 6º Encontro de Centros de Memória da Região América Sul. Durante o evento, aconteceram oficinas, palestras e discussões, com o intuito de auxiliar no desenvolvimento do planejamento estratégico da Rede de Centros de Memória. Entre os participantes estiveram bibliotecários, especialistas, secretários, arquivistas, tradutores, historiadores, estudiosos da espiritualidade Marista e Irmãos Maristas.

O primeiro encontro dos centros de memórias maristas da Região aconteceu em 2015. “Falar de memória é falar da manutenção da instituição”, lembrou Leonardo Soares, Secretário Executivo da Região América Sul, durante a abertura do Encontro.

O Vigário-Geral, Ir. Luis Carlos Gutiérrez, também participou de maneira virtual e destacou, em uma de suas falas, que “um Centro de Memórias, uma biblioteca, um arquivo são antídotos contra a amnésia”.

O Encontro frisou a importância de manter espaços de memória e convidou a aproveitar as tecnologias disponíveis para criar conteúdo dinâmico, construindo assim uma memória acessível, que dialoga com o presente para alimentar a curiosidade das pessoas.

O Diretor Executivo da Província anfitriã, José Leão da Cunha Filho, fez uma palestra sobre Liderança Marista, abordando características únicas de vários Superiores Gerais e como o exemplo deles tem a ver com a atualidade e com o papel que se espera de um bom líder.

Entre as reflexões do grupo, surgiram ideias como a de que todos os Memoriais e Museus precisam prever uma formação espiritual Marista para os gestores. Ainda sobre isso, o Ir. Joaquim Sperandio aproveitou para acrescentar: “se não tivermos o mínimo de Espírito Marista, viramos uma outra instituição qualquer”. O Diretor do Memorial Marista de Curitiba, onde o encontro aconteceu, Dyogenes Philippsen Araújo, disse que a rede de memoriais “nos dá insumos para pensar no planejamento estratégico dos Centros de Memória”.

Angelo Diniz, um dos pesquisadores do Memorial, falou sobre sua pesquisa acerca das origens da espiritualidade Marista.

O evento contou, também, com a presença do Ir. Juan Moral que foi arquivista do Instituto Marista e da atual arquivista geral de Roma, Dorotea Cinanni, que apresentou a estruturação do Arquivo Geral. Disse que “os arquivos servem para repensar e incrementar o conhecimento do carisma”. Convidou também os participantes a fazer uma crítica construtiva dos memoriais atualmente existentes e incentivou a divulgação deles em eventos acadêmicos internacionais.

Durante o encontro, foi reforçada a importância do cuidado com os arquivos, da conservação e principalmente, os riscos de translado desses documentos. Os cuidados com os arquivos existentes não são a única preocupação dos profissionais da Rede de Centros de Memória. Também existe a necessidade de gerar um acervo para o futuro. Pensando nisso, o Memorial Marista de Curitiba apresentou alguns de seus projetos:

  • Projeto Relicário – uma coleção de vídeos biográficos dos Irmãos Maristas vivos, composta por depoimentos livres contando histórias e vivências.
  • Caixa de Memórias – criado a partir da necessidade de identificar pessoas e imagens do acervo. É onde os Irmãos auxiliam os especialistas nessa identificação.
  • Banco de imagens – a PMBCS vem criando um banco de imagens, tanto históricas, quanto recentes para auxiliar nas produções audiovisuais e publicitárias. O acervo pode ser disponibilizado a qualquer Província Marista que tiver a necessidade.

Ilustrando a preocupação com os registros históricos de hoje e do futuro, o Ir. Moral falou da necessidade das Províncias terem estudos e registros sobre suas origens. “Existem muito poucos estudos sobre as origens das Províncias, porém, recentemente, nesta Província, conseguimos uma excelente publicação sobre as origens dos Maristas na China!”, explica.

Durante o evento também aconteceu o lançamento oficial da primeira edição do Manual de Gestão de Acervos da Província Brasil Centro-Sul, que documenta as boas práticas para conservação e controle de nossos acervos.

A última atividade deste encontro foi o desenho de um planejamento estratégico para a Rede de Centros de Memória, que foi baseado nos pontos mais importantes do Planejamento Estratégico da Região América Sul como: fortalecer a vida consagrada e laicato; interromper projetos que se sobrepõem; não interferir nos projetos locais. O resultado deste planejamento será submetido à aprovação, para que a partir deste os Centros de Memória possam desenhar suas estratégias de atuação.

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