19 de dezembro de 2004 ITáLIA

852 milhões de pessoas sub-alimentadas – 5 milhões de crianças morrem de fome cada ano

Era o ano de 1996, quando o terrorismo e a teoria da gerra preventiva estavam ainda em gestação e não haviam ainda se transformado em realidades cotidianas, dezenas de chefes de Estado e de gouverno lançaram o desafio: reduzir pela metade o número das pessoas com fome no planeta, até 2015.
Depois de já haver expirado a metade dos anos previstos, o relatório da FAO de 2004 sobre ?a insegurança alimentar no mundo? revela que a situação está pior. Leiamos os dados da FAO:
· 852 milhões de pessoas são sub-alimentadas;
· 20 milhões de crianças sofrem de insuficiência de calorias e podem morrer durante a primeira infância ou sobreviver com retardos físicos ou mentais;
· 5 milhões de crianças morrem de fome cada ano: uma a cada 6 segundos;
· os conflitos armados aumentaram em 30% o número de pessoas que vivem na pobreza extrema;
· com uma alimentação barata, os pobres passam da desnutrição para a obesidade, e as pequenas economias familiares e artesenais sofrem com a competição das grandes multinacionais agroalimentares.
Pela primeira vez, a FAO se interessa pelos cálculos do novo custo da malnutrição, não somente em termos de vidas humanas, mas também em termos de perdas econômicas. ?Para os países em via de desenvolvimento, o montante pode ser calculado em bilhões de dólares, em perdas de produtividade e de ganho nacional.? Hartwing de Haen, vice-presidente geral, também acrescentou: ?sem os custos diretos que a sociedade deve suportar por causa dos prejuízos causados pela fome, haveria mais dinheiro para lutar contra outros problemas sociais.? Nesse relatório, um raio de sol parece surgir dos 31 países que respeitaram as etapas para atingir o objetivo de reduzir à metade o número de pessoas que sofrem com a fome. Cerca da metade da população do mundo em via de desenvolvimento vive nesses países. Durante os anos noventa, o numero de pessoas passando fome nesses países diminuiu em 25%, e esse resultado é esperançoso, considerando o objetivo de 50% para 2015.

Boletim sobre o Relatório da FAO

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