Ad Gentes
Atualmente, somos 48 irmãos em missão em seis países da Ásia. Estes países são o Camboja, Bangladesh, a Índia, a Tailândia e dois outros, que não mencionamos aqui. Existem pelo menos duas comunidades em cada país de missão. O nome do nosso setor é AMAGS, que significa Asia Marist Ad Gentes Sector. Nossa casa de setor ficava em Cingapura, mas atualmente se localiza em Bangcoc, na Tailândia. O nosso superior no setor é o Ir. Michael De Waas, originário do Sri Lanka.
Eu resido em Calcutá, a capital do Estado de Bengala Oeste, no nordeste da Índia. Nós três, José María e Paco (espanhóis) e Tekay (liberiano), formamos a comunidade de Proggaloy, que é um centro arquidiocesano de pastoral e desenvolvimento. Partilhamos a residência com dois sacerdotes e uma religiosa, e às vezes temos refeições e celebrações em comum. Na outra comunidade, em Burdwan, vivem Alex (indiano), Pepito (filipino) e Ramon (espanhol). Estamos distantes cerca 200 quilômetros, e para nos visitarmos devemos viajar de trem.
Neste momento, continuamos em Bengala Oeste para discernir a respeito de nossa missão. Primeiramente, estamos apreendendo o idioma bengali. Nós, da comunidade de Proggaloy, seguimos de agosto a dezembro de 2008 as aulas de Joystna, uma senhora católica muito competente, esposa de um brahmin, sacerdote hindu.
Mas, decidimos deixar os cursos tradicionais, saindo da cidade por um tempo, para vivermos em meio às pessoas nos vilarejos. Nosso primeiro vilarejo foi Nousikdarchok, onde vivemos com três famílias durante duas semanas. José María e Paco estiveram em famílias de duas senhoras viúvas, enquanto eu fui acolhido na casa de um professor aposentado, Samuel Nath e sua família. Durante nossa estada em Noursikdarchok, estivemos ocupados em várias atividades. Brincávamos com as crianças, participávamos de celebrações de outras religiões e testemunhamos casamentos tradicionais.
Nossa experiência em Noursikdarchok foi enriquecedora e decidimos iniciar outra, que nos levou a Bamandanga. Atualmente, vivemos cada um em um vilarejo diferente. José María foi acolhido na família de uma viúva em Kandipkapti, Paco em Ranindanga e eu estou em Ragurpur, com Francis Mondal. É verdade que vivemos em três diferentes vilarejos, mas eu poderia ir à casa de Paco em apenas um minuto! Para ir à casa de José Maria eu precisaria de 30 minutos. Paco e eu participamos da missa todas as manhãs, e para isso precisamos caminhar uns 20 minutos.
Em Bamandanga, fizemos muitas coisas, assim como quando estávamos em Noursikdarchok. Participamos de um encontro interreligioso durante três dias, com orações ensurdecedoras.
Existem muitas pessoas pobres nos vilarejos. Por exemplo, as pessoas de Bamandanga são funcionários do governo indiano, contratados para cavar um buraco que equivaleria a três campos de futebol, com quase dois metros de profundidade. Quando chega o período das chuvas, isso se transforma em um lago, cheio de pequenos peixes, que podem ser pescados. Isto pode gerar recursos para eles, pois recebem 81 rupees diriamente, o que equivaleria a dois dólares americanos.
Quando voltamos à cidade de Calcutá, participamos de encontros com religiosos e sacerdotes, e algumas vezes visitamos os templos de outras religiões. Fazemos também alguns passeios, como por exemplo para visitar o túmulo de Madre Teresa de Calcutá.