8 de setembro de 2009 CASA GERAL

As contribuições do mundo marista chegam à sala capitular

Celebração da abertura

A abertura do XXI Capítulo geral aconteceu com um gesto que simboliza o término de um caminho percorrido por todo o Instituto como tempo de preparação. Os capitulares, partindo de locais e por caminhos diferentes, trazendo nas mãos as cartas escritas em cada região do mundo marista, encontraram-se frente à porta da sala capitular. O longo caminho de preparação desse encontro transitou pelos caminhos e pelos corações do mundo marista, durante dois anos. As inquietudes que se aninham no coração das obras e comunidades maristas entraram, hoje, na sala capitular, à semelhança da junção das águas de rios diferentes ou ainda como grãos respigados em campos diversos e recolhidos num mesmo celeiro.

À porta da sala capitular, o padre capelão benzeu a água e o Irmão Seán Sammon, Superior geral,
aspergiu a cabeça de todos os presentes como sinal de purificação, de acolhida e de boas-vindas. Em seguida, as cartas regionais foram levadas à sala pelos delegados de cada região. Os Irmãos, leigos e leigas depositaram a colaboração de todas as Unidades administrativas num lugar destacado da sala e, ato contínuo, fundiram-se em abraços fraternos de boas-vindas e de feliz convivência.

Uma intenção, proclamada por um representante de cada Continente, marcou o início de uma oração, enquanto cada um deles acendia uma vela. Depois, todos juntos, acenderam o círio pascal, representando a presença do Senhor, no meio da assembleia. A palavra de Deus, dos Atos dos Apóstolos (1, 12-14; 2,1-4), recolheu o pensamento e o coração dos capitulares para entoar o canto do ?Veni, Creator Spiritus?.

O Irmão Tony Leon, simulando um portador de mensagens, apresentou-se na sala, carregado de pacotes e envelopes que aludiam à contribuição que cada região do Instituto deu ao Capítulo, durante o tempo de preparação. Como amostra, abriu uma das caixas que continha várias outras, menores, identificadas por uma etiqueta alusiva ao conteúdo dos grandes temas a serem tratados pelos membros deste Capítulo. Com belas imagens, projetadas nas quatro telas da sala, foi apresentada uma síntese do caminho percorrido no Instituto, em preparação a este encontro, hoje iniciado, em Roma. Esta memória visual colocou toda a assembleia em sintonia com o trabalho feito. Durante alguns minutos, os presentes partilharam sobre os aspectos mais significativos da caminhada realizada.

Dinâmica de integração

A segunda sessão da manhã, depois de um breve descanso, foi reservada a promover as relações entre os participantes e a melhorar o conhecimento mútuo. Cada um pôde partilhar alguns fatos e interesses de sua pessoa, experiências vividas e expectativas trazidas para o Capítulo. Na segunda parte, os integrantes de cada uma das dez mesas da sala se debruçaram sobre um quebra-cabeças que colocou, diante dos olhos de todos os presentes, as palavras-chave que resumem os temas mais inquietantes para o Instituto. Sobre as peças do quebra-cabeças cada Irmão ou leigo colou uma etiqueta com o nome de um dos participantes. Essas peças foram dispostas sobre a logomarca do Capítulo, já colocada em evidência na sala capitular. A dinâmica terminou com este anúncio: Como Champagnat colocava o nome dos Irmãos no coração de Maria, nós depositamos nossos nomes no coração do Capítulo.

Desafios e interpelações

A tarde começou com uma oração mariana. Hoje, festa da Natividade de Maria, é também o aniversário da tomada de hábito ou de primeira profissão religiosa de muitos Irmãos. A assembleia colocou nas mãos da Boa Mãe todo os trabalhos que o Capítulo vai realizar, nos próximos dias.
Continuando, cada um refletiu sobre as interpelações que o Capítulo suscita para partilhá-las com as pessoas da mesma mesa. Como síntese, uma pessoa de cada grupo expôs à assembleia os sentimentos aflorados: temos a esperança de que algo novo vai nascer; Deus está conosco e será Ele a gerar vida; sentimos a responsabilidade de não deixar passar a oportunidade; desejamos construir um mundo novo; os corações propõem mais do que as palavras expressam; desejamos entrar num espírito de discernimento; temos a responsabilidade de dar respostas às expectativas de tantas pessoas, em relação ao Capítulo; há temas que já anunciam um nascimento, etc. Alguém perguntou: como serão os corações novos do futuro?

Questões regulamentares

Na segunda parte da tarde, o Capítulo recebeu a informação da Comissão encarregada da verificação de poderes, que ?recomendava aos capitulares a aceitação de todos os delegados como validamente eleitos?. A assembleia votou e aprovou essa recomendação. Com esse procedimento concluído, o Irmão Seán Sammon, Superior geral, declarou aberto o XXI Capítulo geral. Um forte aplauso acolheu suas palavras. Eram 17h30.

Nesse momento também foi aprovada, pelo voto dos capitulares, a presença de peritos no Capítulo.
A proposta incluía o capelão Padre Jesús Pedro Alarcón, marista; o moderador sr. Bruce Irvine; os quatro Irmãos secretários ? um para cada língua ? e o Ir. Teodoro Grageda, coordenador de trabalhos.

Eucaristia

Os trabalhos do dia foram encerrados, em torno do altar, com a celebração eucarística. O capelão agradeceu a aprovação de sua presença e de seus serviços, na assembleia capitular. ?Hoje, dizia, estou menos nervoso do que ontem, porque conto com a aceitação explícita de minha pessoa, por parte de todos?. No ofertório foi introduzida a imagem da Boa Mãe e colocada no centro da assembleia por uma leiga presente no Capítulo; quatro irmãos – um por língua oficial – depositaram exemplares da Circular marial do Irmão Seán, aos pés da imagem de Maria.

No clima da festa mariana, a janta de frios foi servida no jardim central da casa. Ato contínuo, diversos grupos apresentaram cantos típicos. O cronista, desde a sala de redação, escutava os ecos longínquos de um coro de vozes masculinas: ?Ay, ay, ay, ay! Canta y no llores!?

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