Conclusão da Jornada Mundial da Juventude de Madrid
O local para a missa de encerramento da JMJ 2011 foi pequeno. Aqueles que, depois da Vigília, dormiram no local e os que acordaram de madrugada conseguiram entrar, mas outros ficaram de fora. Durante a homilia o Papa centrou sua reflexão na leitura do Evangelho conhecida como “confissão de Cesareia”. Nela Jesus fazia 2 perguntas aos apóstolos: “Quem dizem que eu sou?” e “Quem vocês dizem que eu sou?”. Pedro respondeu que Jesus era o Messias e então Ele o confirmou como Pedra da Igreja, prometendo que o poder do inferno não prevalecerá contra a Igreja. Apoiado nesse texto, Bento XVI fez uma aula de teologia. Antes de tudo, destacou que Jesus não é um simples “personagem religioso”, mas “o Filho de Deus Vivo”. Depois explicou o que é a fé e em que consiste o crer, ou seja, não é uma simples informação sobre Deus, nem é saber coisas sobre Jesus. É, antes de tudo, “um dom” oferecido por Deus. E é também “uma relação pessoal”, uma “adesão de toda a pessoa”. É, definitivamente, apaixonar-se por Deus, senti-lo dentro de si e buscá-lo como a ninguém mais. Por último, Bento XVI confirmou que “a Igreja não é uma simples instituição humana como outra qualquer”. É uma instituição fundada em Cristo “sobre a pedra da fé de Pedro”. E, por isso, “não é possível separar Cristo da Igreja”. Não existe fé sem Igreja. O papa, dessa forma, admoesta aqueles que aceitam Cristo, mas não aceitam a Igreja: “Não é possível seguir a Cristo em solidão” e nem “por conta própria”, pois nesse caso se corre o risco “de nunca encontrar a Cristo ou de acabar seguindo uma imagem falsa d' Ele.
A entrega da Cruz aos jovens do Brasil
Concluindo a missa, o Papa anunciou que o Brasil será a sede da próxima JMJ, a realizar-se em 2013, no Rio de Janeiro. Os jovens de Madri entregaram a cruz e o ícone aos jovens brasileiros. O Brasil, com 150 milhões de católicos, será, nos próximos anos, centro da atenção mundial, com a celebração de 3 eventos de caráter global: a JMJ 2013, a Copa do Mundo de futebol, em 2014 e a os Jogos Olímpicos, em 2016.
Antes de viajar para Roma, o Papa encontrou os voluntários da JMJ, para agradecer-lhes o serviço. Eram 22.500 voluntários.
As ruas de Madrid mudaram de cor em poucas horas. Os jovens começaram a viagem de retorno a suas casas, depois da maratona de fé vivida na JMJ. Um jovem dizia: “volto cansado, com sono e fome, mas com uma imensa felicidade e vontade de algo mais”. Numerosos peregrinos deixam a cidade com lágrimas nos olhos, esperando encontrar-se novamente no Rio de Janeiro.