Conferência Geral: um encontro que inspira, renova e anima
Minha experiência da primeira semana da Conferência Geral
Ir. Vincent Uchenna Abadom – Região África
A Conferência Geral começou na noite de segunda-feira, 7 de março, com a Santa Missa. A Eucaristia foi fervorosa e animada. O mesmo pode ser dito das orações durante a semana, que mostraram reverência por toda a vida da comunidade da Casa Geral, que nos acolheu calorosamente de braços abertos. Havia sentimentos mistos de alegria e felicidade, quando nos encontramos novamente como líderes do instituto. Eu pude me sentir pertencente e conectado com todas as Unidades Administrativas do Instituto. Não há barreiras, mesmo diferenças geográficas e de idioma não são obstáculo para a conexão que eu experimento durante a semana. Os novos provinciais nomeados puderam se adaptar muito rapidamente como se já fizessem parte do grupo. Isso significa que somos uma verdadeira família global e isso experimentamos durante a semana.
A Conferência Geral tem sido quase uma réplica do último Capítulo Geral no Rio Negro. Vimo-nos revivendo a experiência do Capítulo Geral. As duas perguntas importantes que nos fizemos durante o Capítulo foram levantadas mais uma vez ao avaliarmos os apelos do Capítulo: “Quem Deus quer que sejamos e o que Deus quer que façamos”. Começamos a explorar estas questões tentando entender as tendências que estamos vivendo atualmente, que não existiam e não foram previstas durante o Capítulo Geral, mas que realmente têm um grande impacto nas crianças e jovens e no mundo inteiro. Entre elas, se destacam a pandemia do coronavírus, o racismo, o aumento do popularismo político e da polarização política, a desinformação na Internet (notícias falsas), o aumento da tecnologia, a crise ecológica, os conflitos no mundo em 2022, etc. É bom entender o contexto no qual estamos trabalhando porque é aqui que estão as crianças e os jovens. Portanto, precisamos estar neste contexto.
O programa foi cuidadosamente projetado para dar espaço suficiente para a oração pessoal, reflexão e repouso. Pessoalmente, eu não vivi esta semana como uma conferência, mas como um período de retiro. Isto se deve principalmente ao fato de que sempre tive tempo para estar comigo mesmo e ouvir tanto meu corpo quanto meu coração. Todas as apresentações do Superior Geral e dos conselheiros foram comoventes e inspiradoras.
A dinâmica utilizada foi excelente e muito útil. Temos estado divididos em grupos na sala de conferências, onde muitas vezes compartilhamos nossas experiências e pensamentos, o que dá a todos a oportunidade de participar ativamente. Foi muito confortável e agradável, conhecer a realidade de outras províncias e como elas estão lidando com uma questão específica. Isso significa que estamos seriamente engajados em uma conversa pensativa. Além disso, compartilhamos em outro pequeno grupo, conhecido como fraternidade. Isto acontecerá durante toda a conferência. O objetivo principal da fraternidade é nos ajudar a construir uma verdadeira comunidade, como o Capítulo Geral nos chamou a ser “construtores de pontes”. Isto oferece a oportunidade de ter um relacionamento mais estreito um com o outro.
Em conclusão, durante toda a primeira semana eu me senti muito inspirado, renovado e entusiasmado. Foi uma oportunidade para aprofundar minha compreensão dos apelos do Capítulo Geral, assim como dos estilos e capacidades de liderança profética marista.
Sou muito grato por ter feito parte deste grupo, grato ao Superior Geral e seus conselheiros, grato aos diferentes secretariados e a toda a comunidade da Casa Geral que tornaram o ambiente acolhedor, solidário e próximo.
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H. Vincent Uchenna Abadom – Provincial da Nigéria e Coordenador da Região Marista da África