6 de setembro de 2014 QUêNIA

Conferência Marista da África

Todos os Superiores da África Marista se reuniram em Nairobi de 23  a 26 do passado mês de julho para conhecer, refletir e dialogar sobre o projeto "Novos modelos de animação, governo e gestão," considerado e analisado do ponto de vista da África. Mas não só … A oportunidade de estarem juntos todos os Superiores e Conselhos das cinco unidades administrativas da África Marista era demasiado importante para não dedicar  um dia mais a três assuntos, fortemente relacionados com o anterior:

-Algumas premissas visando um plano de sustentabilidade económica das UA da África.
– Um plano de formação de todos os dirigentes das escolas maristas na África.
– Novas linhas de colaboração com agências e organizações interessadas no desenvolvimento dos povos e da cooperação internacional

O primeiro tema foi apresentado pelo irmão Victor Preciado, Ecônomo Geral, ilustrado depois  em dois momentos pelo Prof. June Allisson Westarb Cruz, brasileiro, professor da Universidade Católica Marista de Curitiba (PUCPR). Com uma agradável história inicial e com referências a experiências concretas, mostrou como um plano de financiamento não é uma coisa elaborada por especialistas dentro de um gabinete, mas é tão somente a última etapa de uma série de processos muito mais amplos que devem partir do envolvimento direto de pessoas em maior número possível.

Trata-se, de fato – explicou – de um processo participativo que analisa os pontos fortes e fracos de cada instituição local e, em seguida, de toda a UA vista como um todo. Deve envolver a comunidade local: desde os alunos (componente não negligenciável, insistiu June  Allisson) aos professores, aos responsáveis da Instituição … e deve abranger o aspecto apostólico, a capacidade educacional, a organização geral da obra, a gestão dos recursos, encontrando-se a previsão orçamentária correta. Todos esses dados, fazendo-os chegar à UA provocam por si mesmos uma melhor animação, governo e gestão dos recursos existentes e são a base para um plano de melhoria na linha das expectativas e das possibilidades vislumbradas ao longo de todo o processo de análise. Caberá a uma Comissão já nomeada pelo Conselho Geral a tarefa de estudar como por em prática  esse processo e qual será a  UA que primeiro manifeste a vontade de começar …

O projeto de  formação dos líderes das escolas maristas na África, nasceu da Comissão Africana do Secretariado da Missão. A ilustrar este dado concorreram o irmão João Carlos do Prado, diretor do Secretariado, o irmão John Kusi (Distrito de África Ocidental) e o irmão Michel Maminiaina (Madagáscar), acrescentando que de cada escola serão chamados inicialmente 2 pessoas com liderança para uma sessão de formação durante 12 dias.

São seis os horizontes de aprendizagem: a) Globalização e sinais dos tempos; b) Modelos e testemunhos; c) Justiça social e solidariedade; d) O líder na tradição educativa Marista; e) Responsabilidade educativa e  direitos das crianças; f) Requisitos básicos para a gestão de uma obra.

O primeiro"workshop" será em Nairobi, de 27 julho a 8 agosto de 2015, para as obras das Províncias  PACE  e Madagascar;

O segundo será em Gana de 17 a 29 agosto de 2015 para os líderes da Nigéria e Distrito da África Ocidental; o terceiro na Província da África Austral, de 18 a 30 de abril de 2016 para os seis países dessa UA.

O projeto não foi pensado obviamente como um evento isolado, mas sim como o primeiro passo de um plano que continuará a nível de Provincia e de cada um dos diferentes Países, em colaboração com outras organizações locais não maristas, mas interessados ​​num trabalho educativo com jovens africanos de hoje. Agências externas de cooperação veem com bons olhos esta iniciativa porque a consideram uma contribuição significativa em favor do desenvolvimento da África.

Finalmente o Irmão Mário Meuti, diretor da FMSI, apresentou algumas novidades nas relações com os Doadores que tanto contribuíram para o financiamento das obras na África marista e em outros lugares. Sublinhou  que todas essas instituições estão a trabalhar agora de forma profissional: só aceitam projetos claros, coerentes e documentados na análise das necessidades, na descrição dos objetivos e atividades, a análise pormenorizada dos custos e orçamento final … para não mencionar a transparência na prestação de contas: alguns deles já submetem o relatório à análise e à aprovação de "auditores" externos.

Daí a necessidade (a proposta foi feita aos presentes) de formar pessoas com conhecimentos técnicos suficientes para se relacionar com os Doadores, procurar informações documentadas e ajudar a FMSI  em todas estas fases dos projetos.
Três temas diferentes, todos fortemente interligados e totalmente compatíveis com os Novos Modelos de animação, governo e gestão que todo o Instituto Marista está desenvolvendo no mundo.
A sessão terminou com informações práticas sobre a Assembleia Internacional da Missão Marista e da Comissão Marista de Leigos.

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