Curso de Terceira Idade – Manziana
A história dos discípulos de Emaús, do Evangelho de Lucas, é uma grande metáfora da nossa experiência de renovação. Nosso grupo começou sua viagem partilhando as histórias pessoais e valorizando nossas experiências e personalidades. Um por um, muito comprometido com o processo, experimentou desde o começo fortes laços de fraternidade. Éramos quatorze Irmãos maristas e cinco marianistas, reunidos para esse caminho de renovação com a equipe diretiva, formada pelos Irmãos Barry Burns e Antoine Kazindu; nosso capelão, o Pe. marista Desmond Hunt, e ecônomo, o Ir. José Descarga.
Excelentes conferencistas nos ofereceram boa informação sobre Transição para a Terceira Idade, o Reino de Deus, a Oração e a Espiritualidade, a Igreja, a Eucaristia, Maria em nossas vidas, Opções do coração, Bem-estar e problemas de saúde.
Fizemos uma peregrinação de nove dias à França, onde nos encontramos com o espírito e a fé de nossos fundadores e a sociedade em que viveram. Irmãos do lugar, repletos da historia e do carisma de nossas Congregações, nos proporcionaram um grande enriquecimento sobre nossa herança. A partilha entre os membros do grupo acresceu ainda mais nossa experiência.
Fizemos também visitas mais breves a lugares santificados como Assis e Subíaco, proporcionando-nos maior compreensão e inspiração sobre o espírito de São Francisco, de Santa Clara e São Bento. A alegria da experiência de nossa comunidade também se nutriu com visitas à nossa Casa geral, em Roma, e com uma audiência do Santo Padre. Desfrutamos bem dos lugares turísticos de nossa área e alegramos com música e cantos os nossos companheiros de mesa, em restaurantes onde comemos.
Desde o início de nossa caminhada, aprofundando o sentido de nossas vidas e os apelos do futuro, Jesus esteve presente em nossa comunidade. Com as apresentações e as experiências, Ele foi abrindo suavemente nossos olhos e nossos corações. Provamos o amor incondicional de Deus, pedindo-nos a abertura dos corações. A Eucaristia foi o centro de nossas vidas, testemunhando a Boa-nova do Reino de Deus. Compreendemos melhor o papel de Maria e seu lugar central na Igreja. Essa Igreja mariana que não julga, mas alimenta, é mais própria para dar as boas-vindas aos que não são católicos nem cristãos. É a nova imagem da Igreja que nossos fundadores imaginaram, quando começaram a Sociedade de Maria.
Para a Eucaristia da ação-de-graças, escolhemos a narrativa da viagem a Emaús, segundo São Lucas, porque descreve a nossa experiência.
Partilhando nossa própria história, reconhecíamos laços de um comum compromisso e nos sentíamos comunidade ou fraternidade de pessoas únicas, capazes de envolver todo nosso coração nesta viagem. Jesus estava em nosso meio quando tentávamos apreciar a oportunidade oferecida, nessa idade de transição de nossas vidas. Por meio dos conferencistas e das experiências de peregrinação, Jesus nos dava uma percepção do Deus que nos ama incondicionalmente e deseja fazer conhecer seu plano para cada um de nós; por outra, a viagem que nós devemos fazer.
Cada Sociedade fez peregrinações aos lugares significativos, na história de nossas fundações, na Espanha e na França. A competência e o profundo compromisso dos guias locais ajudaram-nos a assimilar o espírito de nossos fundadores e a sociedade em que viveram.
Como a Maria, é-nos pedido que permitamos Deus viver em nós. E que, por meio de nós, possa testemunhar seu amor no mundo. A Eucaristia é o centro de nossas vidas porque centraliza nossa vida na ação de Cristo, glorificador do Pai. Maria, nossa Mãe, alimenta a vida de Deus em nós: está ativamente presente no Calvário e no altar, acolhendo-nos, em São João, como seus filhos. Esta é a dimensão mariana da Igreja ? a família daqueles que ouvem a Palavra de Deus e a guardam. Como Maristas e Marianistas, somos chamados a promover, por nosso testemunho, essa imagem da Igreja.
Enquanto uma nova compreensão ia nascendo, nossos corações ardiam dentro de nós. Animados por nossa experiência de comunidade, aceitando como um recurso nossos cinqüenta anos de experiência, carregamos nova energia para retornar às nossas comunidades e partilhar nossa alegria. Reconhecemos Jesus na Eucaristia de nossa comunidade de Manziana ? uma comunidade que nós mesmos construímos.