Despertar em nós e à nossa volta uma consciência ecológica
“Se não estivermos voltados continuamente para a Páscoa, para o horizonte da Ressurreição, é claro que acaba por se impor a lógica do tudo e imediatamente, do possuir cada vez mais. Trata-se daquele pecado que leva o homem a considerar-se como deus da criação”, exorta o Papa Francisco, na mensagem para a quaresma desse ano, que tem como título “A criação encontra-se em expetativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus” (Romanos 8,19).
No texto o papa sublinha “necessidade que se revelem os filhos de Deus, aqueles que se tornaram “nova criação”. Nesse sentido, disse que “Se o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, que se deixa guiar pelo Espírito Santo (cf. Rm 8, 14), e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei gravada no seu coração e na natureza, beneficia também a criação, cooperando para a sua redenção”.
Nessa mesma linha, também o quinto apelo do XXII Capítulo Geral, contribui à reflexão, pedindo para “despertar em nós e à nossa volta uma consciência ecológica que nos comprometa com o cuidado de nossa casa comum”, como resposta às necessidades emergentes.
Durante a reflexão para a Quaresma, o Papa Francisco afirma que “quando não vivemos como filhos de Deus, muitas vezes adotamos comportamentos destruidores do próximo e das outras criaturas. Então sobrepõe-se a intemperança, levando a um estilo de vida que viola os limites que a nossa condição humana e a natureza nos pedem para respeitar.
Em relação à “A força destruidora do pecado”, o Papa Francisco menciona que “Rompendo-se a comunhão com Deus, acabou por falir também a relação harmoniosa dos seres humanos com o meio ambiente, onde estão chamados a viver, a ponto de o jardim se transformar num deserto”.
Falando sobre a “a força sanadora do arrependimento e do perdão”, o Papa lembra que “o caminho rumo à Páscoa chama-nos precisamente a restaurar a nossa fisionomia e o nosso coração de cristãos, através do arrependimento, a conversão e o perdão, para podermos viver toda a riqueza da graça do mistério pascal”.
Por último, o Vigário de Cristo anima aos fiéis a “encarnarem, de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e da esmola”.
Diante da proposta do Papa para essa quaresma e do apelo do último Capítulo Geral, seria interessante aproveitar esse tempo de preparação para a Páscoa do Senhor para que cada instituição marista fizesse uma ação que simbolize a vontade, como instituição, de cuidar da nossa Casa Comum. Divulgaremos, aqui no site e no nosso boletim, as ações que foram partilhadas conosco.
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