Dia de reflexão e retiro
O Ir. Superior geral e seu Conselho, exceto o Ir. John Klein, por motivos de saúde, os Irmãos Provinciais com seus Conselheiros e os Superiores de Distrito que constituem as regiões do “Cone Sul” e Brasil, iniciaram o Conselho geral ampliado, de 23 a 26 de maio de 2012, na casa de encontros da cidade de Campinas, SP, Brasil.
O Ir. Eugène Kabanguka, Conselheiro geral, iniciou o dia com a oração, lembrando a presença do Espírito Santo e a proximidade da festa de Pentecostes, inspirando-se nos documentos do XXI Capítulo geral e em “Água da Rocha”.
Em seguida, o Ir. Emili Turú explicou o sentido de um “Conselho Geral Ampliado”. Essa expressão aparece pela primeira vez nos documentos do XXI Capítulo geral. A sessão, que ora inicia, parte de três horizontes: a nova vida consagrada que promove novo modo de ser Irmão; conhecer-se e partilhar experiências que nos ajudem; e compartilhar o que fazemos e podemos fazer. Tudo isso através de uma metodologia participativa, inspirada nas ‘mesas redondas’ do último Capítulo geral, propiciando a atitude mariana do diálogo fraterno.
Este Conselho Geral Ampliado prevê a seguinte agenda: o dia 23 centrado na compreensão do que implica “construir o rosto materno da Igreja”; no dia 24 – relatar experiências de animação dos diversos Conselhos reunidos; no dia 25 – implicações nos diferentes níveis: pessoal, de conselho, província e interprovincial. O dia 26 está reservado ao diálogo aberto e às conclusões.
O Irmão Eugène, mediante uma dinâmica com perguntas a serem trabalhadas em pequenos grupos, favoreceu o conhecimento dos Irmãos entre si.
Na segunda parte da manhã, o Irmão Superior geral motivou a reflexão a partir da Circular “Deu-nos o nome de Maria”. Lembrou como a primeira parte dessa Circular alude ao interrogante, quiçá, de alguns Irmãos: O que está acontecendo conosco? Importa dar motivos de esperança, com ótica teologal e crente, porque as mudanças vêm para construir algo novo.
A segunda parte da Circular deseja responder à pergunta: Além da missão apostólica, qual é o nosso lugar, enquanto Irmãozinhos de Maria, dentro da Igreja? Alude ao projeto da Sociedade de Maria do Pe. Courveille e à preocupação de Jean-Claude Colin de “reiniciar uma nova Igreja”. O Padre Champagnat, homem prático, concretizou seu maneira de contribuir para a renovação da Igreja ao fundar os Irmãozinhos de Maria.
Para responder às perguntas, o Ir. Emili Turú se vale de três ícones: a Visitação, Pentecostes e a Anunciação. Comenta que os ícones, diversamente dos quadros, apresentam a cena, vindo ao encontro do espectador para torná-lo participante da ação. O primeiro, o da Visitação, muito antigo, é afresco da uma igreja de Chipre. Representa uma atitude de serviço, o de levar Jesus aos outros. Convida a tornar o mundo mais humano e fraterno, na perspectiva de Jesus, de baixo para cima, isto é, servindo. Para motivar a reflexão pessoal, convidou os Irmãos a “se colocarem nos sapatos de um jovem necessitado” que se dirige a algum membro de Conselho, a alguém que toma decisões. O que lhe diria? Os grupos de Irmãos escreveram frases de consenso num “avental” – símbolo do serviço. Terminada a atividade grupal, todos foram convidados a ler, pessoalmente, as várias frases escritas pelos grupos. Concluiu-se com ecos, livremente feitos, e com o canto do Magnificat.
No início da tarde, a oração marial foi animada a partir da experiência vivida de manhã. O Ir. Emili recordou então o segundo ícone de sua Circular: o de Pentecostes. Referiu-se à imagem da Igreja como “fonte da aldeia”, expressão utilizada por João XXIII, lugar onde todos são bem-vindos. Temos direito a uma comunidade em que se desenvolvem as qualidades humanas e espirituais, e o dever de contribuir para isso. Ser sinais de ternura e compaixão. O Ir. Emili concluiu com a pergunta: Como posso expressar a ternura?
O ícone da Anunciação ocupou a última parte da tarde. Sublinhou a abertura à realidade e à interioridade, ao equilíbrio de vida. O Ir. Emili apresentou o vídeo do “Discurso da Lua” de João XXIII, alguns dias antes de iniciar o Concílio Vaticano II. Nele revela profunda sensibilidade humana: o beijo dos pais a seus filhinhos, o enxugar das lágrimas aos que sofrem… e aqui se inclui também este Papa, disse João XXIII…
Sublinhou a dimensão do silêncio para sermos contemplativos na ação; a necessidade da qualidade de vida para transmitir a experiência de Deus. E, depois de um momento de reflexão pessoal, convidou os Irmãos a partilharem, dois a dois, o que estão vivendo nesse campo de suas vidas.
O dia foi concluído com a Eucaristia, louvando a Deus pelos dons recebidos.
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