Do net-working ao net-being
“A interdependência, mais que o isolamento ou a independência, deve ser a nova normalidade para nós. Seremos testemunhas de unidade e de esperança”. (XXII Capítulo Geral)
Uma das principais iniciativas que está sendo desenvolvida, em nível de todo o Instituto Marista, é a criação e a consolidação das redes. Assim, respondemos ao nosso último Capítulo Geral que nos convida a “construir redes de missão maristas […] que favoreçem […] nossa educação e evangelização”. Dessa forma, vimos como vão se consolidando as redes de Universidades, dos Coordenadores Provinciais de Voluntariado, das Escolas … Também foram dados passos concretos para o desenvolvimento do trabalho de rede na área da solidariedade, com a Rede Marista de Solidariedade Internacional (RMSI).
De 23 de fevereiro a 2 de março, a RMSI teve reuniões em cada um dos 5 grupos de trabalho que compõem a rede (Educação em/para a Solidariedade – 23 Fevereiro; Obras Sociais – 27 Fevereiro; ONG/Fundações -28 de fevereiro; Ecologia -1 março e Direitos da Criança em 2 de março). Uma possibilidade de reunião, em nível de todo o Instituto, com a participação de cerca de 60 maristas das 6 Regiões do Instituto.
Esses cinco grupos de trabalho funcionam desde a segunda Assembleia da RMSI, com reuniões a cada 3 meses. Normalmente nos encontramos em 2 subgrupos, um em espanhol-português e outro em inglês-francês. Isto facilita a reunião, não necessitando de tradutores como também quanto aos horários de reunião. Nesta ocasião, as reuniões foram realizadas conjuntamente, com o objetivo de nos conhecer e compartilhar o caminho que cada grupo percorre, e assim, continuar a construir pontes.
O objetivo final dessas reuniões não é apenas se encontrar, mas continuar a crescer como Instituto e como uma família caristmática, de modo que nos leve a estar mais perto de quem são os principais destinatários de nossa missão, as crianças e os jovens, particularmente o mais necessitados e vulneráveis.
Um processo de trabalho e de vida, que achamos que devem passar por quatro etapas, sucessivas e complementares.
- Como Instituto Marista falamos, e continuamos a fazê-lo, sobre as riquezas que as redes nos dão: NET-TALKING.Não apenas o mundo marista descobriu a riqueza da interrelação, mas existem muitos documentos e os âmbitos do mundo e da Igreja, em que essa questão é relevante. O próprio Papa Francisco nos lembra a importância desse tema e nos convida a centrar “apenas em maneiras de ajuda mútua entre indivíduos ou pequenos grupos” (FT126).
- A próxima etapa, que já se reflete em vários âmbitos, é potencializar o trabalho conjunto, compartilhar boas práticas, organizar iniciativas: NET-WORKING. Um trabalho organizado com outros, em direção ao interior do mundo Marista e também com parceiros externos da sociedade civil e outras entidades eclesiais. Isso nos lembra a Regra de Vida (RV 79), quando nos diz: “Estimula o trabalho em equipe e a cooperação”.
- Dessa forma, são criados laços que nos levam a descobrir, conhecer e ter empatia com aqueles que vivem em uma chave Marista: NET-LIVING. Uma chave Marista que nos aproxima da comunhão de vida, também com o planeta e com aqueles que o habitam. O Papa Francisco, na encíclica Lautado Si’ (LS 209), levanta o desafio de criar “redes comunitárias” que nos levem a uma conversão ecológica e da comunidade.
- Estas são as etapas que devemos caminhar juntos, para alcançar um dos ideais que marcamos, “SER Família Global”: NET-BEING. Como Maristas, em solidariedade, aspiramos ser um retrato vivo do Bom Samaritano para o nosso próximo necessário.
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Ir Ángel Diego García Otaola – Diretor do Secretariado de Solidariedade