Escutar e dialogar com um coração marista
No começo do mês de setembro, iniciamos uma caminhada com alunos do 5º e do 6º ano, uma boa ocasião para conhecer suas opiniões, suas necessidades, sonhos e preocupações consigo mesmos, com a escola, o mundo e com Deus. Um processo que permitiu dar tempo e espaço às crianças e favorecer a escuta e o diálogo.
Nos dias 9, 10 e 11 de novembro, os delegados dos estabelecimentos participantes chegaram a Querétaro, com o rosto um pouco inquieto, ansioso, mas jovial e cheio de vida. Eram os mensageiros de muitos outros. Vinham acompanhados de seus professores. Para a maioria, essa era uma experiência nova, uma ocasião de partilhar com outros a riqueza de suas atividades quotidianas, em sala de aula.
Os alunos expuseram a realidade de seus estabelecimentos e explicaram, muito simplesmente, como eles percebem os problemas que enfrentam no dia a dia; expressaram sua preocupação com a família, com o cuidado do planeta e com as consequências da violência.
Criaram um coração ‘de prata’ no qual escreveram seus nomes e suas intenções; depois, ofereceram-no à Boa Mãe, como outrora o Pe. Champagnat a ela confiava seus Irmãos, comunidades e preocupações.
As crianças tiveram a ocasião de conversar com o Ir. provincial, Ricardo Reynoso, de brincar, de cantar e de representar uma peça de teatro que sublinhava os valores da vida familiar e a importância de atingir os objetivos.
Durante o encontro conversamos com os jovens que se preparam para a Missão Vocacional do Advento. A casa se encheu de alegria, de cantos e de jogos, tudo num espírito de união e de fraternidade, concretizando as palavras do canto: JUNTOS NÓS CONSTRUIREMOS, JUNTOS CHEGAREMOS, JUNTOS, JUNTOS NA MISSÃO.
Eis aqui algumas conclusões expressas pelos participantes:
Família:devemos mantê-la unida apesar do trabalho e tudo quanto a desintegra.
Povos autóctones (indígenas): somos iguais aos olhos de Deus; eles merecem os mesmos direitos; precisamos aprender da humildade deles.
Deus e as crianças: Deus ama as crianças, especialmente porque não temos maldade e porque somos mais puros do que os adultos.
Deus e o mundo: percebemos seu amor na natureza, na criação, em seu Filho.
Escola: ali aprendemos o bom e o menos bom da vida; somos preparados para ser honestos e para viver com respeito, simplicidade e amor.
Bulismo escolar: às vezes maltratamos aqueles que mais precisam de nós; destruímos o outro pelo olhar ou pela palavra.
Redes sociais: utilizando-as conscientemente, podem ser muito úteis; caso contrário, são perigosas.
Cuidado da natureza: precisamos tomar consciência, respeitar e proteger o que Deus nos confiou.
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Ulises Centeno – Pastoral da Juventude