17 de setembro de 2012 SUDãO DO SUL

FMSI

Recentemente, a FMSI iniciou colaboração com o consórcio “Solidariedade com o Sudão do Sul”, que reúne mais de 200 congregações religiosas que pretendem dar uma resposta comum às imensas e urgentes necessidades do Sudão do Sul através do treinamento de professores, enfermeiras e agentes de pastoral em diversas localidades no país. O primeiro passo concreto desta colaboração é o micro projeto que a FMSI aprovou no mês de julho, para o treinamento de um grupo de estudantes provenientes das montanhas de Nuba, no Sudão do Sul. Este micro projeto permitirá aos talentosos e motivados estudantes de participarem do colégio de treinamento de professores voltado à solidariedade, em Yambio, que funciona sob os auspícios do consórcio. A FMSI colabora com “Solidariedade com o Sudão do Sul” em nome do instituto dos Irmãos Maristas.

“Solidariedade com o Sudão do Sul” se originou com uma solicitação de ajuda da Conferência dos bispos católicos do Sudão para a crítica situação educacional, de saúde e pelas necessidades pastorais no Sudão do Sul. A sede da organização se localiza em Roma. Um escritório central foi aberto em Juba, capital do Sudão do Sul, servindo como importante ponto de coordenação para o projeto, oferecendo a oportunidade de colaborar com outras ONGs que procuram ajudar a população da região. Foram criadas cinco comunidades no país: Malakal, Riimenze, Wau, Yambio e Juba.

Após 21 anos de guerra civil, o frágil acordo de paz de 2005 a 2011 prometeu um referendo sobre a futura unidade ou separação da região sul do resto do Sudão. O referendum se realizou em janeiro de 2011 e resultou em um maciço pedido para a separação. Com o dia da independência comemorado em 9 de julho teve início o trabalho de construção do novo país, chamado de Sudão do Sul, além da criação de uma unidade entre as diferentes tribos e clãs. Uma infraestrutura visando as necessidades fundamentais e os serviços básicos de promoção humana precisam ser desenvolvidos no Sudão do Sul e as estruturas físicas precisam ser construídas para que se estabeleçam os chamados cinco R salientados no acordo de paz: reconciliação, rehabilitação, repatriação, reconstrução e reeducação.

Por causa de um deslocamento populacional de 85% no país, as estruturas sociais para a saúde e a educação foram completamente prejudicadas em uma região com necessidades crônicas em vários níveis. Com 85% da população analfabeta, o Sudão do Sul está entre os países com o maior número de analfabetos no mundo. Menos de 10% de seus professores têm alguma formação. Há um déficit educacional atual de 26 mil professores primários e secundários no Sudão. Na perspectiva da saúde, a relação no país é de apenas um profissional de saúde para cada 100 mil habitantes. As taxas de mortalidade infantil estão entre as mais altas no mundo. No esforço de solucionar as necessidades na educação e na saúde, através das iniciativas das congregações religiosas católicas estão sendo providenciados profissionais especializados para o treinamento de professores e profissionais da saúde por meio de “Solidariedade com o Sudão do Sul”. Providenciando professores e trabalhadores qualificados na área da saúde, pretendem ajudar a colocar o novo país fraturado no caminho para que restabeleça a sua estabilidade.

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