XVI Capítulo – 1967, Roma

08/1967 – I Ses. | 09/1968 – II Ses. – 155 Irmãos participantes

La Santísima Virgen en la vida del Hermano marista – Doc Word (200 kb)É o Capítulo que tenta responder ao apelo da Igreja de “atualizar” (“aggiornare”) o carisma e a regulamentação (normativa) própria do Instituto.Nosso Capítulo, dada a importância da tarefa a ele confiada, e ante uma experiência nunca antes vivida no Instituto, de revisar tudo e situá-lo à luz do Concílio Vaticano II, realiza sua missão em duas sessões de trabalho. Em suas Circulares prévias ao Capítulo, o Ir. Charles Raphaël praticamente o havia anunciado: “ce travail d’ensemble prendra beaucoup de temps et pourra même porter sur deux sessions”.(“o conjunto desse trabalho levará muito tempo e poderia necessitar de duas sessões”).Termina o Capítulo com um texto das Constituições “ad experimentum”, um Diretório e com uma série de documentos que permitem leitura compreensiva das Constituições propostas.É um passo de capital transcendência para o Instituto. Abrem-se as portas a excelentes iniciativas, como resposta ao que o Ir. Basílio assim chamou em uma Circular intersessional: “os apelos da Igreja e do mundo” aos Irmãozinhos de Maria. Além disso, é o momento de evidenciar um série de desajustes pessoais e comunitários que existiam possivelmente com anterioridade, mas que haviam sido silenciados mediante uma maior uniformidade institucional e uma menor abertura.Vivemos a grande crise das saídas de Irmãos do Instituto: 1401 Irmãos em apenas 3 anos (1969-1970-1971). Crise que o Ir. Charles Raphaël havia previsto, por outra parte, ao longo da década de 60.Porém, o entusiasmo do recém terminado Concílio Vaticano, com a resposta profética de algumas Igrejas locais ou regionais, anima os Irmãos, e muitos tomam como sua a intenção do Ir. Basílio ao assumir a missão de Superior Geral: “Empenharei minha influência e meu dinamismo para orientar o Instituto aos pobres e às missões, se possível em maior proporção do que até o presente” (Circular do dia 15 de julho de 1968).Ao convocar um novo Capítulo Geral para 1976, o Ir. Basílio constata que naquele período se produziram, junto com iniciativas generosas para inventar formas novas de vida marista, certa busca do fácil, segundo os gostos pessoais. A Primeira Conferência Geral de Provinciais (1971) chegou a falar até mesmo de uma certa anarquia em setores do Instituto. A mudança proposta pelo Capítulo e expressada pelo Superior Geral em sua Meditação em voz alta ante os Irmãos Provinciais (1971), não devia consistir em “fazer o contrário do que se havia feito até então através de uma simples rejeição do passado, mas em afrontar o porvir de um mundo em vias de mudança”. Sente-se “a necessidade de discernir, em meio a intermináveis buscas e tentativas, que uma evolução acelerada nos legou, que coisas precisamos conservar e quais abandonar” (Circular Convocatória ao XVII Capítulo Geral).