13 de março de 2013 MéXICO

Jovem casal com vocação missionária marista

Estela e Rodrigo, um jovem casal acompanhados de seu filho Josué, com a idade de 2 anos e meio, participarão da Missão Ad Gentes. Sabendo disso, fomos conversar com eles para saber como havia sido o processo para uma decisão tão generosa e corajosa.

Ambos já partilhavam o desejo de ser missionários mesmo antes de se conhecerem. Sobre isso disseram: “quando assumimos nosso noivado, descobrimos que esse desejo pessoal podia ser partilhado como casados e como família”.

Estela estudou medicina e Rodrigo desenho. Desde os 15 anos de idade participavam de missões da Semana Santa, visitando diversas comunidades, primeiro como solteiros, depois como noivos e, finalmente, como casados. Após isso, passaram a tomar parte de um grupo de missionários de sua paróquia junto com outros jovens.

Recentemente viveram durante um ano na região de Tarahumara com os Irmãos maristas.

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Que processos vocês seguiram para tomar tal decisão?

Estela: Além do nosso discernimento pessoal em oração, tivemos a graça de receber acompanhamento, quando ainda noivos, do Ir. Héctor Dessavre. Depois, às vésperas do nosso matrimônio, fomos acompanhados por nosso padrinho de casamento, Rafa Castro, psicanalista, durante um ano. A intenção de Rafa Castro era ajudar-nos a discernir se nossa vocação era somente o matrimônio ou de fato um matrimônio missionário. E foi isso que Rafa enfocou, mediante um processo de questionamento sobre se era isso mesmo o que Deus e nós queríamos. Passamos por esse processo antes do casamento para termos certeza de que daria certo depois de casados.

E, por fim, já casados, aproximamo-nos dos Irmãos para nos integrar à Missão Marista, inspirados pela inquietude dos missionários. Fomos então acompanhados pelo Ir. Quique Escobar durante 6 ou 7 meses antes de nos dirigir a Tarahumara.

Rodrigo: Ao chegarmos a Tarahumara, continuamos em contato com ele. E, depois de ficarmos quase um ano sem contato, voltamos a nos comunicar para continuarmos a receber sua orientação, mas não mais como discernimento, pois isso já fizéramos antes.

Foi difícil tomar a decisão?

Rodrigo: Não. Desde o princípio tudo estava muito claro para nós. O processo de discernimento foi para reforçar a decisão. Nunca entramos em crise por causa da decisão que tomamos.

Estela: Pessoalmente, eu tinha muita certeza do caminho a seguir desde muito cedo e, conforme as coisas foram ficando mais claras, minha decisão foi se reafirmando e fui me sentindo mais segura para saber o que eu de fato queria, jamais chegando ao ponto de dizer não, de duvidar da minha decisão.

Quais são suas perspectivas em relação à Missão Ad Gentes?

Rodrigo: O primeiro passo é integrar-nos e desenvolver um processo de inculturação na comunidade que nos acolheu para podermos dar nossa colaboração. Nossa vontade é de servir, como se tivéssemos recebido um presente e quiséssemos repartir, seja por nossa profissão, nossa fé em Jesus, nosso amor de casal, enfim, partilhar e servir. Temos certeza de que, desse modo, aprenderemos muito. Estamos nos inserindo com nossos corações abertos para aprender, para crescer pessoalmente, como casal e como família. De uma coisa sempre tive certeza desde o início de nosso noivado: viver com simplicidade e sempre muito apegados ao Evangelho.

Vocês sabem onde será sua residência e que atividades desenvolverão?

Rodrigo: Ainda não. Ficaremos dois meses no Cambodja, isso já está acertado, onde seguiremos um curso de introdução à missão Ad Gentes, constituindo a última etapa de preparação, o último filtro para integrar o setor Ad Gentes.

Somos denominados ‘grupo nove’, por sermos o nono grupo do Ad Gentes, composto de uma leiga brasileira e de três irmãos  — um boliviano, um espanhol  e um filipino — além de nós três (Estela, Rodrigo e Josué). O grupo participará desse curso junto com os Irmãos e leigos que já trabalham no Ad Gentes. Após o curso, seremos designados para algum lugar da missão durante três anos e, em seguida, saberemos que atividades desenvolveremos. Como o trabalho é diferente em cada lugar, precisamos vencer todas essas etapas antes de saber nosso destino final.

Gostariam de fazer mais algum comentário?

Rodrigo: Estamos muito agradecidos aos Irmãos por nos permitirem participar de seu carisma e de sua comunidade.

Estela: Sou muito grata a Deus e aos Irmãos por nos terem aberto as portas. E apesar da falta de experiência com casais missionários, o Instituto oferece essa oportunidade aos leigos de poder servir como Jesus nos pediu. Reitero minha gratidão, pois, apesar desse processo ter sido muito rápido pra mim, observei muita disposição e abertura por parte dos Irmãos maristas em relação a nós, leigas e leigos maristas.

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No dia 1º de março, fui à missa de envio de Estela e Rodrigo na capela de Loma Bonita, onde estiveram acompanhados por seus familiares, amigos e vários Irmãos maristas.

Indicação para saber mais: http://www.maristas.org.mx

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