5 de março de 2012 GUATEMALA

Juntos geramos nova vitalidade

O dia 1º de março começou com a oração, animada pela Província do Canadá. Hoje, trata-se de continuar a reflexão: “O que significa fazer parte desta região?” O Ir. Vigário geral, Joe Mc Kee, motivou os presentes dando algumas pistas para o trabalho: refletir, nesta primeira parte do dia, sobre a realidade, tendo em vista as possibilidades de ação comum. A tarde será reservada para definir ações futuras, animando a relação entre as Províncias. No sábado, haverá espaço para um fórum aberto.

O Ir. Joe começou lembrando que já fizemos progressos: a Conferência Latino-americana dos Provinciais (CLAP) em 1979. Em 1984 foram criadas três Regiões. Outra reunião da CLAP aconteceu em 2004; em 2005 foi criada a Região “Arco Norte”, incluindo as Províncias dos USA e do Canadá. O Vigário geral insistiu sobre um fato: estamos convictos de que as janelas se abrem para o futuro, mas não para sempre. Temos a possibilidade de criar alguma coisa e pode haver circunstâncias que nos vão obrigar a fazê-lo.

Em continuação, o Ir. Vigário geral apresentou duas experiências: a da Região da Oceania, constituída pelas duas Províncias da Austrália, a Nova Zelândia com algumas ilhas e o Distrito da Melanésia. Os Irmãos dessa região estão organizando a reestruturação, embora de modo diferente do modelo adotado por alguns setores do Instituto, no início do século XXI. As duas Províncias da Austrália formarão apenas uma Província, no fim de 2012, e a Província da Nova Zelândia e o Distrito da Melanésia constituirão dois Distritos em 2013. Para esses Irmãos está claro que não se trata apenas de um compromisso com as Províncias, mas com toda a Região. O que se persegue é a vitalidade; juntos poderão crescer. Desde 2005, fora criado um Conselho dos Superiores provinciais. Era um Conselho regional que criara comissões comuns em vista da animação e da vitalidade.

O segundo exemplo vem dos Salesianos. Eles abriram o “projeto Europa”, considerando a diminuição dos efetivos nessa área, e para que sua presença e sua missão entre os jovens reconquistem vida, face à nova cultura “pop”. Tomaram como ponto de partida um olhar de fé sobre a realidade e o cuidado com a evangelização mais sistemática dos jovens, a que o Ir. Emili aludiu ontem. O que acontece na Europa não deixa de ter repercussão em outros lugares. Não há Europa isolada. O projeto força os Salesianos a abrir novas comunidades e novas presenças e a desenvolver um novo modo de ser e de fazer. Vem a ser, ao mesmo tempo, uma presença e um testemunho proféticos, lado a lado com os leigos, favorecendo a evangelização dos jovens marginalizados, dos imigrantes. Estão dando especial atenção à internacionalidade de seu pessoal. Não é questão de reforçar presenças existentes nem de “importar” novo pessoal, mas de começar alguma coisa nova, sem grandes estruturas. Considero, disse o Ir. Joe, que a experiência é válida por causa da coragem que essa decisão testemunha. Supõe deixar morrer alguma coisa para que nasça algo de novo.

Enfim, o Ir. Joe Mc Kee interpelou os Irmãos do Arco Norte, a partir do artigo « Ars moriendi » (a arte de morrer) do teólogo Johann Baptist Metz. Em 20, 30 ou 40 anos a presença marista apagar-se-á em alguns lugares. É visível em alguns países a diminuição dos Irmãos. O que importa, é o modo de viver essa “morte”. Nós pensamos não encontrar-nos nessa situação. No entanto, podemos tomar, agora, algumas decisões, observou. A que nos convoca Deus, neste momento?

O resto da manhã foi dedicado à reflexão pessoal, tomando como ponto de partida a experiência do “projeto Europa”.

De tarde, após a oração marial, os participantes se ocuparam com uma dinâmica individual – desenho ou palavra, recorte de revistas – para expressar como gostariam de ver a Região, em 2020. Depois, cada um explicou aos outros o que desejava expressar. A dinâmica continuou nos grupos, sublinhando os elementos ou os aspectos considerados importantes, chegando a uma nova síntese grupal. Uma volta ‘meditativa’ por entre as mesas permitiu, aos que o desejavam, de partilhar o que fora vivenciado. Antes da Eucaristia, animada pela Província dos USA, houve um tempo para formular proposições ou orientações concretas que foram colocadas diante do altar e que podem ser portadoras da vida para a Região do “Arco Norte”.

Leia a primeira crônica | Conheça as províncias da região do "Arco Norte".

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