8 de março de 2012 GUATEMALA

Juntos, geramos nova vitalidade

Sábado, 3 de março. A oração da manhã foi animada pelos Irmãos da Província Norandina. Em seguida, houve tempo para responder às perguntas do fórum aberto.

A primeira referia-se à problemática atual das vocações. O Ir. Ernesto Sánchez, Conselheiro geral, respondeu que a situação era muito variada, segundo os países e Províncias. Conforme sua experiência, adquirida mediante as visitas, onde um Irmão desenvolve um trabalho específico, em tempo integral ou mesmo parcial, a resposta do Senhor é mais evidente. Certas Províncias consagram até 5 Irmãos a essa atividade; outras contam também com o apoio de leigos na pastoral vocacional. Há, igualmente, Províncias  com comunidades abertas aos jovens.

Na opinião do Ir. Ernesto, enquanto Instituto é preciso reforçar o processo da pastoral da juventude e da evangelização, com uma proposta concreta voltada à pastoral das vocações; é uma questão que deve tocar o coração de todos. Quanto aos leigos, alguns os veem como uma “ameaça” à vida consagrada marista. Existem mudanças sociais que fazem pensar numa vida religiosa com formas e expressões mais simples… A vocação marista deve ser proposta sem temor, diz o Irmão; e com fé nas vocações.

A segunda questão foi relativa ao bicentenário da fundação do Instituto. O Ir. Emili passou a palavra ao Ir. Eugène Kabanguka: tudo começa, disse ele, pela reestruturação da casa de l’Hermitage como sinal  e centro da espiritualidade marista, processo que deverá continuar em La Valla e em outros lugares maristas. O Ir. Eugène observou que não há plano feito para a celebração. Como parte do bicentenário, a Comissão do Patrimônio marista projeta escrever uma história do Instituto; para torná-la realidade, pede-se a colaboração de todos.

Algumas perguntas foram feitas sobre a reforma das Constituições. Todos nós recebemos a nova edição. Foi pedido aos grupos que fazem cursos de espiritualidade no Escorial ou em Manziana de contribuírem para esse projeto.

A pergunta seguinte abordou a questão da realização da segunda Assembleia da Missão Marista. O Ir. John Klein comentou que, por ora, há um comitê de nove pessoas – Irmãos e Leigos – para preparar essa Assembleia que será em 2014.

Outra questão foi: Qual é a maior preocupação do Conselho geral com o Arco Norte? O Ir. Joe respondeu que não havia “grande preocupação”, mas um forte interesse que o Arco Norte olhe o futuro pensando na maneira de crescer e de reforçar a vitalidade. Tomar em consideração a internacionalidade, segundo solicitação do Capítulo geral; para onde vão dirigir-se nossos passos?

A última pergunta era voltada ao Secretariado dos Leigos. O Ir. Antonio Ramalho, enquanto pessoa de ligação com esse Secretariado, falou sobre sua estruturação. Além do diretor, Ir. Javier Espinosa, o Secretariado conta com dois codiretores: um na Espanha – Ana Sarrate – e outro na Austrália – Tony Clarke. A inserção de outras pessoas – Irmãos e Leigos – para integrarem o conselho ampliado do Secretariado de leigos foi aprovada recentemente. Trata-se de favorecer o que a Igreja e o Capítulo geral solicitam. Cada um sabe que há diversos círculos de identidade marista: desde o professor colaborador até aqueles que sentem o chamado a viver seu ser marista como uma vocação. O documento “Em torno da mesma mesa” é uma referência para Irmãos e Leigos, mas serviu também para outras congregações.  As Fraternidades encontram também seu lugar no Secretariado. Talvez seja supérfluo lembrar que o Movimento Champagnat da Família Marista foi incluído nas Constituições pelo Capítulo geral de 1985. Os tipos de Fraternidade são bastante variados. Depois dos encontros das Fraternidades, observa-se maior coesão entre elas, respeito pelas sensibilidades e formas diferentes.

É tempo de passar às perguntas ou às reflexões abertas dos participantes. A primeira toca a missão ad gentes. O Ir. Joe Mc Kee tomou a palavra para recordar o caminho percorrido até o presente. Sete grupos foram preparados, num total de 73 Irmãos e 7 leigos, que partiram para seis países diferentes (duas comunidades em cada país). Atualmente, permanecem 40 Irmãos e 5 Leigos. Em janeiro, o Conselho geral encontrou o Ir. Luis G. Sobrado, Superior da missão ad gentes. O Ir. Vigário geral pensa que uma segunda etapa iniciou. O programa continua válido e vivo, ainda que tenham ocorrido defecções compreensíveis. Para os Irmãos que atuam no programa, apesar das dificuldades culturais e lingüísticas, a experiência constituiu fonte de enriquecimento interior, de amor à vocação e à missão marista.

Aproveitando uma pergunta sobre a participação de várias congregações de Irmãos num curso a ser organizado em Roma, o Ir. Ernesto Sánchez lembrou que o Vaticano está preparando um documento sobre a vocação dos religiosos lrmãos. Quanto ao curso, ele será destinado a oito congregações; seis lugares foram reservados para cada congregação, para evitar que seja muito complexo na gestão. Para a América haverá dois Irmãos.

Quanto ao modelo econômico para o financiamento do Instituto, o Conselho geral estudou as observações dos 18 grupos que receberam o plano inicial. O Conselho geral, em sua sessão de setembro 2011, ponderou novamente o modelo a seguir, com as sugestões recebidas, para tomar as decisões oportunas.

Sobre a venda eventual da Casa geral foi recordado que a Comissão internacional se reuniu em junho de 2011. Sente-se muito o impacto da crise econômica mundial. Essa Comissão vai reunir-se novamente no dia 7 de março. Até agora, foram realizados dois estudos afetos à questão.

Terminadas as perguntas, os participantes fizeram uma avaliação escrita do encontro: estrutura, serviços, método e conteúdos. Em seguida, houve um momento de palavra livre para quem desejasse intervir. O Ir. Emili Turú, SG, encerrou com palavras vibrantes o Encontro do Conselho geral com o Arco Norte.

O Ir. Provincial da América Central, por sua vez, agradeceu a confiança do Conselho geral, a cooperação do Conselho provincial, dos Irmãos e de outras pessoas que organizaram e cooperaram no encontro. O Conselho geral e cada uma das Províncias participantes receberam uma lembrança. Em seguida, a assembleia dirigiu-se, em procissão, à capela, onde a liturgia foi concluída por um Pai-nosso e por um canto a Maria.

No final da tarde, os Irmãos da Guatemala se encontraram com o Ir. Superior geral. Concluída a reunião, foi celebrada a Eucaristia. E finalmente, como convém, foi dado espaço à festa e à música folclórica do país.

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