Lavalla200> 2018 – Semana 3
O grupo de candidatos de 2018 ao programa do Instituto Marista de comunidades Internacionais para um Novo Começo (Lavalla200>) está realizando sua formação desde o início de maio. Depois da primeira semana na Casa Geral, agora se encontra em San Martino a Monte. Abaixo segue a descrição de como foi o período de 21-26 de maio.
A terceira semana iniciou com o módulo de Comunicação, de Louise Evans. Ela apresentou aos participantes a metodologia das 5 cadeiras como formas de comunicação. Cada uma delas possui cor, animal e características próprias.
- Há a cadeira vermelha (Chacal), que representa o ataque e a crítica aos outros, o que resulta em conflito, sofrimento e separação.
- A cadeira amarela (Ouriço) consiste em vitimizar-se, ferir a si mesmo e anulação.
- Há também a cadeira verde (Suricato), que traz a perspectiva da pausa, da espera e da curiosidade. O perfil dessa comunicação é a observação; a ausência de julgamentos, a calma dos pensamentos, os questionamentos e a ponderação sobre possíveis escolhas que podem ser feitas a partir de uma situação.
- A cadeira azul (Golfinho) consiste em analisar os sentimentos e as necessidades que passam dentro de si. Destaca-se a responsabilização pelo que se diz e se faz. O resultado dessa comunicação é a autoconsciência; o indivíduo sente-se empoderado e assertivo.
- Por fim, a cadeira violeta (Girafa), que prevê a empatia e a análise das situações a partir do que os outros estão sentindo e precisando. Trata-se de uma comunicação conectada consigo e com os demais.
De acordo com a leiga Silvia Perez, da Bolívia, o módulo foi muito especial, pois os tipos de comunicação poderão facilitar a vida em fraternidade ao longo da experiência Lavalla200> nos locais de missão. Ela afirma que, com este módulo, consegue-se reconhecer debilidades na comunicação e ressaltar também as próprias qualidades para uma comunicação mais assertiva.
Ao longo da semana, os participantes puderam ter um tempo para o silêncio e contemplação de tudo que foi aprendido. Foi permitido a eles um retiro para síntese pessoal, seguido da partilha com o grande grupo.
Na segunda parte da semana, o grupo recebeu a visita de algumas pessoas que já viveram ou vivem a experiência de comunidades internacionais: integrantes da Comunidade Internacional de Siracusa (Itália) do Projeto Lavalla200>, que partilharam a experiência que vivem com os refugiados; o Ir. Pau Fornells (secretário do Superior Geral), que falou sobre sua vivência com povos indígenas do Equador; e a leiga Rosa Schiaffino (Espanha), que esteve como voluntária na Tailândia e que está fazendo parte da turma 2018 do programa de formação.
O Ir. Pau Fornells abordou sobre a importância de se considerar a vida comunitária como um espaço de missão de Irmãos e Leigos, mergulhados na espiritualidade que se revela no dia a dia. Para ele, uma comunidade intercultural deve deixar-se penetrar pelas sementes de Deus e sugere que seus integrantes se coloquem na posição de observadores e ouvintes. “Mais do que querer ensinar de maneira intelectual, é preciso aprender por meio da observação e da escuta atenta”, afirma.
O Ir. Ricky Gomez (Venezuela), da comunidade de Siracusa, partilhou que, em uma comunidade Lavalla200>, o mais importante é o que se vive e não necessariamente o que se faz; muitas vezes o trabalho é uma consequência natural a partir da construção da vida em fraternidade.
Ao final da semana os participantes festejaram o aniversário das participantes Juliana Fontoura (Brasil) e Rosa Schiaffino (Espanha), com uma celebração comunitária.