Carta de Marcelino – 123
Marcellin Champagnat
1837-07-30
Respondendo ao Padre Crozier que lhe pede Irmãos, Champagnat diz que não poderá atender de imediato. Concorda com seu correspondente sobre a premente necessidade de mais educadores cristãos para uma juventude ávida de Deus. Que Deus aumente o número dos bons operários da vinha!
Senhor Pároco,
Recebemos sua carta na qual nos pede Irmãos para a paróquia de Coutouvre. Não podemos satisfazer seu desejo no presente ano, porque o número de estabelecimentos a inaugurar está praticamente fixado, de acordo com o número de gente disponível para estas fundações.
Pela descrição que o senhor nos faz do local que será destinado aos Irmãos se nos afigura bastante satisfatório, mas seria preciso que as salas de aula fossem separadas apenas por uma parede de tijolo simples, com uma porta envidraçada, para que possam permitir comunicação mais fácil entre as mesmas. Podem assim ser vigiadas, de uma a outra pelos Irmãos respectivos.
É verdade que somos solicitados por toda parte. Cada um dos requerentes faz valer razões de preferência ditadas pelo empenho em proporcionar educação cristã à juventude. Quereríamos atender a todos, mas o campo é por demais vasto para o número de operários. Digne-se o dono da messe mandar bons operários cheios de seu espírito, prontos a desempenhar dignamente suas funções.
A confiança que o senhor deposita em nós nos estimula a pedir-lhe que una seus anseios e suas Santas Missas aos nossos, para o bem de nossa sociedade, e para a maior glória de Deus, a fim de que, por nossa parte, estejamos brevemente em condições de lhe testemunhar eficazmente a benevolência e total disponibilidade, com que temos a honra de ser…
Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997
fonte: PS123.DOC; Daprès la minute, AFM, RCLA 1, p. 50, nº 47; éditée en CSG I, p. 228