Carta de Marcelino – 177
Marcellin Champagnat
1838-03-13
O Padre Champagnat começa dizendo que dispõe ainda de alguns minutos, antes do embarque do Padre Chanut. Será ele o portador destas linhas, bem como da carta escrita na véspera. É o que adverte o Irmão Avit, em Abrégé des Annales, p. 238.
Paris, 13 de março de 1838, Missões Estrangeiras.
Meu caríssimo Irmão,
Disponho ainda de alguns minutos. Vou aproveitá-los enquanto o Padre Chanut preparar a mala.
Parece que o senhor Ardaillon vai passar alguns dias na terra natal. Não deixe de lhe fazer uma visita, agradecer-lhe pelo muito que tem feito e, ao mesmo tempo, fazer-lhe ver quanto esta autorização nos é necessária, sem o que a convocação para o serviço militar nos vai tirar muitos Irmãos.
Diga-lhe quanto nossa Sociedade lhe ficará devendo. Vamos conservar para sempre a memória desse homem. Diga-lhe que você está ansioso por minha volta. Ele lhe dirá que não adianta eu ficar (em Paris) e que os trâmites seguirão tão depressa como se eu estivesse ausente. Não responda nada a não ser o seguinte: se houver necessidade de introduzir alguma alteração num dos artigos, eu me apresentaria imediatamente.
Afinal, meu caro Irmão, você dirá a ele o que Deus lhe inspirar.
Vão ter com ele dois de vocês, ou mesmo três, o Irmão Stanislas, o Irmão Jean Baptiste ou o Irmão Jean Marie e você.
Adeus, nos Sagrados Corações de Jesus e de Maria.
Champagnat
Nada de positivo chegou ao meu conhecimento no tocante aos compromissos. Eu os entreguei ao senhor Baude. Não sei o que vai acontecer.
O Irmão Marie Jubin vai aprender a lidar com surdos-mudos e continua aprendendo litografia.
Estou esquecendo muitas coisas
Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997
fonte: Daprès lexpédition autographe AFM 111.36,; éditée partiellement dans AAA p. 238