Carta de Marcelino – 324

Marcellin Champagnat

1840-02-25

A resposta do Padre Champagnat ao tabelião de Cabannes, no Sul da França, na desembocadura do Ródano, perto do Departamento do Var, onde pensava implantar um noviciado em Lorgues, é do mesmo teor de tantas solicitações de Irmãos para escolas: Não é possível.
O tempo de espera de Cabannes se prolongou até 1892, ano em que finalmente a obra marista atuou naquelas paragens sulinas, ao passo que o noviciado marista em Lorgues nunca funcionou.

Prezado Senhor,
Foi com muito interesse que lemos a honrosa carta que o senhor nos dirigiu, com o intuito de conseguir Irmãos nossos para dirigir a escola de Cabannes. Os estabelecimentos que prometemos fundar em 1841 não nos permitem atender a seu pedido, para esse ano.
Brevemente vamos fundar uma casa principal na pequena cidade de Lorgues (Var) e esperamos que dentro de alguns anos se tornará uma sementeira de bons Irmãos educadores que atuarão nas regiões circunvizinhas.
O preparo dado por nossos Irmãos compreende tudo o que a Lei prescreve, sob o título de instrução primária.
As condições exigidas para que fundemos um estabelecimento são mais ou menos as mesmas que as dos Irmãos das Escolas Cristãs. A única exceção está em que nós permitimos aos municípios receber uma contribuição mensal por parte dos pais remediados, destinada a cobrir uma parte dos custos do estabelecimento.
Queira, por favor, aceitar a expressão do pesar que sinto em não poder satisfazer, de acordo com seu desejo, os anseios de uma administração que demonstra zelo tão nobre e tão louvável pela educação da juventude.
Receba o testemunho de total devotamento com que tenho a honra de ser…
Champagnat

Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997

fonte: Daprès la minute, AFM, RCLA 1, pp. 176-177, nº 220 éditée dans CSG 1, p. 315

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