Mártires da perseguição da Espanha, de 1936 a 1939
Um novo documento, colocado em nosso site WEB, apresenta um grupo de 68 mártires, vítimas da perseguição que se abateu sobre a Igreja da Espanha, de 1936 a 1939. O Irmão Crisanto dá o nome a esta causa que engloba 66 Irmãos e dois leigos.
É sem dúvida o grupo mais numeroso e mais representativo de nossos mártires da Espanha. Mostra como a perseguição causava estragos em toda a região dominada pelos republicanos. Nossas comunidades de Barcelona, de Madrid, de Toledo, de Málaga, Valência, Badajoz, e também as pequenas cidades ou vilas como Las Avellanas, Vich, Torrelaguna, Chinchon, Barruelo, Cabezon de la Sal, Denia, Arceniega, todas tiveram mártires.
Cada uma dessas comunidades é apresentada em poucas páginas, o que torna a leitura fácil. Entretanto, essas páginas são densas e nos colocam diante de mártires muitas vezes bem simpáticos; eles fazem brotar em nós um sentido de altivez em relação à nossa Família que produziu tais Irmãos. Sua doação, que vai até o extremo da fidelidade e do amor, convida a sermos também nós mais generosos no dom de nossa vida e no dinamismo apostólico.
Esses Irmãos são pouco conhecidos, eles que fazem parte do tesouro espiritual de nossa Família. Ler, mesmo poucas páginas por dia, permitir-nos-ia descobrir homens notáveis pela sua audácia apostólica, homens ? nesses anos de perseguição ? acuados e perseguidos como animais, pelo simples fato de serem homens de Deus e educadores da juventude. No grupo há grandes diretores, formadores integralmente devotados a seus jovens, como também Irmãos cozinheiros ou ocupados com trabalhos manuais: carpinteiros, pedreiros, cultivadores do campo e encarregados de animais.
Entre nossas causas, este grupo é, de momento, o mais próximo de uma possível beatificação. A ?positio?, documental que comprova seu martírio, foi depositada na Congregação para as Causas dos Santos, no dia 7 de dezembro de 2001. É bastante realista esperar pela beatificação antes de 2015.
Mas uma beatificação pode não valer tanto quanto uma boa leitura da vida deles. Vale mais termos nossos mártires no coração do que tê-los sobre os altares, se este acontecimento não conduzir à imitação. Por isso, esse documento sobre o grupo do Irmão Crisanto é um convite a assimilarmos os tesouros que são nossos pela leitura, pela estima, a imitação e a oração. Então sim, pode-se desejar que a Igreja os glorifique: terão seu lugar no culto da Igreja, quando encontrarem primeiro um lugar em nossa família. Eles são verdadeiros mártires; cabe a nós aproximar-nos da santidade deles.
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Ir. Giovanni Maria Bigotto, postulador
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