23 de março de 2018 VATICANO

Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral

O Vaticano publicou, no dia 8 de março, o tema do próximo Sínodo para Panamazonia, junto com a lista de membros do Conselho Pré-Sinodal. O tema da reflexão é "Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral", mostrando que uma presença válida da Igreja no pulmão do Planeta não é possível, se não for da perspectiva daquilo que é o fundamento da Encíclica Laudato Si, a ecologia integral.

Os eleitos foram chamados a colaborar com a Secretaria-Geral, comandada pelo cardeal Lorenzo Baldisseri, na preparação da Assembleia Sinodal, que acontecerá em outubro de 2019 no Vaticano. Na lista, composta por 18 pessoas, aparecem os nomes de 2 cardeais, arcebispos e bispos, juntamente com a religiosa Irene Lopes, a única mulher presente, representando a Confederação Latino-Americana e do Caribe de Religiosos e Religiosos, e do leigo Mauricio López, Secretário Executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica, REPAM, entidade que é vista como um dos grandes interlocutores do trabalho preparatório para o Sínodo, tendo em vista o trabalho de estudo da realidade amazônica realizada nos últimos anos.

 

Presença marista na Amazônia

Os maristas estão presentes na região da Amazônia, nos seguintes países: Brasil (Brasil Centro-Norte e Brasil Sul-Amazônia), Peru e Bolívia (Santa Maria de los Andes), Equador, Venezuela e Colômbia (Norandina).

Na região existem vários centros com presença marista, como a Escola Nossa Senhora de Nazaré em Belém (Brasil Centro-Norte), a Escola Abya Yala, no Lago Agrio, com 140 jovens de cinco grupos étnicos (Equador, Província Norandina) e o Colegio Sao Pio X em Balsas (Brasil).

Cada ano, a Universidad Marcelino Champagnat, de Lima (Província Santa María de los Andes) ofrece formação para índios, com o objetivo de capacitá-los para que se tornem professores.

Na Província Brasil Sul-Amazônia, os maristas realizam projetos de inserção em comunidades indígenas e ribeirinhas, estão presentes nas escolas públicas, mas seu trabalho mais significativo é a educação dos povos indígenas em suas realidades.

Há também um lar para adolescentes indígenas da Amazônia peruana em Puerto Maldonado e várias missões em colaboração com diferentes instituições em várias cidades.

A comunidade internacional de Tabatinga, do Projeto Lavalla200>, também está nesta área, sob a coordenação direta da região da América do Sul. Na Amazônia colombiana, os maristas estão presentes na Escola Champagnat e na Fraternidade Scala em Sibundoy.

Os maristas na região amazônica estão muito envolvidos na Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), uma iniciativa apoiada por leigos, religiosos, missionários, sacerdotes, bispos, várias estruturas da Igreja e outras instituições envolvidas com a Amazônia.

 

A ecologia no XXII Capítulo Geral

Os capitulares, reunidos na Colômbia no ano passado, mostraram profunda sintonia com a iniciativa do Papa Francisco em prol de uma ecologia integral. A reflexão sobre esse tema foi registrada de maneira emblemática em duas passagens da Mensagem do Capítulo Geral:

  • “Abandonar a cultura dos egos e promover os ecos (ecologia, ecossistema, economia solidária…) que reduzem o escândalo da indiferença e das desigualdades” (terceiro apelo);
  • “Despertar em nós e à nossa volta uma consciência ecológica que nos comprometa com o cuidado de nossa casa comum” (quinto apelo)

A expressão “casa comum” está à base do conceito de “família global”, que sintetiza os apelos do Capítulo, mas é também uma referência à nossa irmã, mãe terra, conforme a visão transmitida por São Francisco.

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