20 de outubro de 2016 HAITI

O enorme dano do furacão

Como ajudar a população atingida

Depois da tragédia do furacão Matthew que deixou mais de mil mortos, o Ir. Louis-Jeune Jean Mance, que mora em Les Cayes, enviou notícias mostrando a situação da população haitiana. Damos essas informações na esperança que ajudem no processo de reconstrução. Segue uma descrição da situação enviada no sábado, dia 15 de outubro.

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Visitei nossas comunidades em Dame-Marie, Jérémie, Latibolière e Les Cayes. No Departamento da Grand Anse e Les Cayes o ambiente tem cor cinza pálido. Uma semana depois do furacão, consegui chegar bem a Dame-Marie: já tiraram as árvores das estradas e os automóveis podem circular.

Ao chegar em minha casa, não pude seguir para Anse D’Hainault. Dizem que essa cidade está ainda pior. Não só as estradas não permitem passar. Há muitos casos de cólera e muitos destroços.

Em Dame-Marie, as árvores estão mortas e as casas destruídas. Não ficaram nem os troncos das árvores caídas. As casas ficaram sem telhado ou caíram completamente por causa dos fortes ventos.

Ontem, 14 de outubro, fez muito calor e aconteceu a primeira chuva de verão. Podem imaginar como as pessoas ficaram molhadas! Muitas com as quais pude falar, comentaram a mesma coisa: a cidade já não existe, está tudo destruído. Essa é a realidade. Eles não têm casas, não têm onde dormir. Não tem alimentos. Todas as colheitas já foram perdidas e não há frutas, já que todas caíram das árvores. Pode-se contar as poucas casas que ficaram em pé.

Os Irmãos estão bem.

Em Latibolière não há onde dormir e assim mesmo, os Irmãos atendem algumas famílias que chegam para refugiar-se com eles na parte inferior do Colégio. Vi o Ir. Parnel dormir na camioneta da comunidade. Disse que não tinha onde ir.

O telhado do noviciado, situado em frente à capela, voou. E o muro do terreno caiu em três lugares. Caíram as grandes árvores e já não existem nem árvores frutíferas e nem verduras. Em Dame-Marie, os Colégios ficaram sem telhado, bem como a residência de Fátima.

Os danos do furacão são enormes. A casa de Dame-Marie ficou em pé, porém foram arrancadas três janelas.

Em Les Cayes, as duas casinhas ficaram destruídas. Tudo o que tinham ficou molhado. As gaiolas voaram e as galinhas desapareceram. Vi que alguns coelhos sobreviveram.

As casas dos jovens Irmãos Dimmy, Mayliko, Erso, Bricely, Junel e Alex, entre outros, ficaram completamente destruídas. As casas dos demais tiveram muitos estragos.

Esse é o panorama. A situação é muito complicada. 

Vi a presença de apenas algumas ONGs, como a Cruz Vermelha, Food for the Poors e Minusta. A ajuda alimentar internacional está chegando tarde. Apenas ontem vi chegar um barco que distribuía comida para os necessitados. Falta água e comida. Porém, o mais urgente e mais grave são as pessoas que sofrem por não terem casas e isso é muito, muito urgente.

Vejamos se os responsáveis se portarão de modo conveniente. Enquanto isso dei-lhes algumas informações do que vi com meus olhos.

Os Irmãos lhes enviam saudações.

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Ir. Louis-Jeune Jean Mance

Vídeo do Ir. Antonio Cavazos Bueno

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