O Instituto mostra solidariedade com os Rohingyas
Vários estudantes maristas e um Irmão participaram de uma corrente humana no dia 17 de setembro em Srimangal, Bangladesh, para protestar pelo assassinato dos muçulmanos rohingyas, bengaleses muçulmanos que vivem no Estado de Rakhine em Miamar (Birmânia).
O Ir. Eugenio Sanz, que está em Bangladesh desde 2006, participou dos protestos promovidos no distrito de Maulvibazar junto com pessoas de outras religiões e vários estudantes de sua escola.
Os manifestantes levaram cartazes com mensagens de solidariedade aos rohingyas para pedir soluções “aos que detém o poder”.
Muitos alunos dos maristas de Srimongol são muçulmanos, ou vem de tribos e, segundo o Ir. Eugenio em seu blog, “sentem-se identificados com o sofrimento dessas pessoas se teto, sem direitos e sem terra, que estão sendo expulsas de suas casas na Birmânia”.
Bangladesh atualmente acolhe mais de 800.000 rohingyas dos quais uns 430.000 chegaram nas últimas três semanas.
Porém Miamar também enfrenta o perigo cada vez maior de ataques de partidários estrangeiros do grupo terrorista Estado Islâmico, que luta em favor dos rohingyas.
Em 2012, aconteceram distúrbios no Estado de Rakhine, quando uma mulher budista de Rakhine foi violentada e assassinada, supostamente por rohingyas, segundo a BBC .
Dez rohingysa foram assassinados por budistas de Rakhine em ataques de represália. Em agosto deste ano, 57 muçulmanos e 31 budistas haviam sido mortos e umas 90.000 pessoas tiveram que fugir por causa da violência. Também 2.528 casas foram queimadas, sendo 1.336 pertencentes a muçulmanos rohingyas e 1.192 a budistas de Rakhine.
Os rohingyas têm problemas de cidadania desde 1982. O governo não os reconhece como um grupo étnico, mesmo que reconheça outros oito grupos étnicos no país.