O que Deus quer dos maristas, hoje
A partir de hoje, dia 16, a assembleia capitular avança em duas frentes, com ritmo que pode parecer lento, mas, sem dúvida, eficiente. Tenta-se elaborar, mediante consenso coletivo, uma expressão capaz de orientar a vida do Instituto, nos próximos anos; simultaneamente, cresce a comunhão de corações, entre os capitulares. Parece ser um processo lento para quem está acostumado a organizar instituições com processos voltados para a eficácia e a produtividade. A assembleia avança num ritmo compassado pelo Espírito.
A Comissão central apresentou, no início da sessão matutina, a metodologia que deverá reger as atividades do dia. Basicamente, consiste em recolher os temas que mais falaram ao coração, durante o dia de retiro. A partir daí começará a construção coletiva do apelo fundamental. Este processo, brotado do retiro, deseja responder a quatro perguntas: a) O que Deus quer dos maristas, hoje? b) Como é que Deus nos está chamando? c) Como reconhecer este chamamento? d) Como responder ao que Deus nos pede? As respostas que nascerem dessas perguntas constituirão uma bússola a nortear o roteiro dos próximos dias, na sala capitular. Na previsão anunciada, acredita-se que, na sexta-feira de tarde e no sábado de manhã, a assembleia poderá refletir sobre alguns temas inerentes aos leigos marista ou que são pertinentes a leigos e irmãos.
O trabalho na sala capitular
Uma primeira dinâmica consistiu numa nova apresentação, pois as mesas eram novas. Além de apresentar-se, cada um compartiu como viveu os primeiros dias do Capítulo. Um segundo momento, na sessão da manhã, foi dedicado a confidenciar, em grupos de dois ou três, as motivações de fundo que nos movem, agora. Esse sentir pessoal foi levado à mesa coordenadora para ser colocado em comum.
Na sessão da tarde, foi pedido aos capitulares o esforço de definir os temas que vão emergindo, para começar a dar nome às urgências percebidas. Esse exercício foi como uma primeira aterragem, sobre o papel, de tudo o que ferve no coração da assembleia. Cada uma das dez mesas da sala capitular constituiu um secretário para recolher as contribuições dos participantes. A coleta de todas essas manifestações foi apresentada, em forma de relatório, a toda a assembleia, no final da tarde. A metodologia que presidiu essa tarefa pedia para enunciar três temas, importantes para a mesa, e dar os motivos por que são considerados importantes. Os secretários das mesas, em grupo, receberam no fim da tarde, a incumbência de sintetizar todas as sugestões, provenientes das mesas, para serem propostas, novamente, aos capitulares, no início dos trabalhos da manhã seguinte.
As mesas falam.
Para quem escuta a apresentação do trabalho da tarde, pelos secretários das mesas, começam a soar algumas palavras que se repetem em quase todas as intervenções, embora com nuances. A conversão do coração, a vocação do leigo marista, a atenção aos pobres, a consagração religiosa, a identidade do Irmão, viver com radicalidade, a espiritualidade, a autenticidade de vida, Maria como modelo, a caminhada conjunta de irmãos e leigos, corações marianos, animação e governo a serviço da missão, etc. Trata-se de expressões ainda um pouco indefinidas, mas que apontam para o núcleo da reflexão dos próximos dias. Será preciso esperar para que assembleia concretize mais esses temas, englobando em salutar decantação, o que for considerado prioritário. O trabalho começou.
Ocorrências registradas
A assembleia celebrou, hoje, com alegria a perseverança vocacional do Ir. Felim McCrann, da Europa Centro-Oeste, falecido en Athlone, Irlanda, ontem, 15 de setembro, aos 95 anos e 80 de vida religiosa. Foi felicitado o aniversariante, Prof. Fernando Larrambebere, leigo argentino, coordenador do Programa provincial de Solidariedade da Província ?Cruz del Sur?. Os Irmãos do Canadá celebraram os 125 anos da chegada dos Irmãos ao país. A independência do México também foi festejada e recordada, em alguns momentos do dia, sem omitir um aperitivo de tequila, antes do jantar.