5 de junho de 2023 CASA GERAL

O Testamento Espiritual de Marcelino Champagnat e a Espiritualidade do Coração

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O que nos diz seu Testamento? É um convite a aprofundarmos uma verdadeira espiritualidade do coração. É a síntese de uma vida radicada na experiência de Deus. Revela o legado de um homem que soube viver uma espiritualidade encarnada, integrada e por isso, compassiva. Seus ensinamentos são perenes porque podem ser vividos por todos, independentemente do tempo e lugar em que estamos.

Acompanhemos o nosso fundador: “Eu vos peço também, meus queridos Irmãos, com toda a afeição de minha alma e por toda a afeição que tendes por mim, procederdes sempre de tal modo que a santa caridade se mantenha entre vós. Amai-vos uns aos outros como Jesus Cristo vos amou.   Que não haja entre vós senão um mesmo coração e um mesmo espírito.  Que se possa dizer dos Irmãozinhos de Maria como dos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam”… É o mais ardente voto de meu coração neste último momento de minha vida. Sim, meus caríssimos Irmãos, atendei às últimas palavras de vosso pai, pois são as mesmas de nosso amado Salvador: “Amai-vos uns aos outros”.

As palavras de nosso fundador, são palavras que nascem do seu coração e tem como destino o coração de todos os Irmãos, e hoje a todos os “Maristas de Champagnat”. O núcleo de sua mensagem é o amor. O amor de Deus experimentado em sua vida, na relação com os Irmãos e com toda a missão marista. A imagem que o anima é a dos primeiros cristãos. Eles não reconhecidos por suas doutrinas ou por seus ensinamentos, mas antes, por seu testemunho. O amor vivido na prática é a marca distintiva desta comunidade, e desejo de nosso pai fundador, a todos nós maristas.

Peço ainda a Deus e desejo com todo o ardor de meu coração que persevereis fielmente no santo exercício da presença de Deus, alma da oração, da meditação e de todas as virtudes”.

Marcelino viveu profundamente a presença de Deus em sua vida. Entendeu que o relacionamento com Deus começa no reconhecimento da sua habitação dentro coração de cada ser humano. Essa presença é vivida no ardor do coração, porque o coração é o lugar onde o ser humano faz a experiência radical da unidade com Deus e a partir dela consigo mesmo e com o próximo. Essa presença encarnada de Deus em sua vida e em suas ações nos revelam um homem integrado consigo mesmo, e por isso marcado pela compaixão.

Uma devoção terna e filial por nossa boa Mãe vos anime em todo tempo e em todas as circunstâncias. Tornai-a amada em toda parte, tanto quanto vos for possível. Ela é a primeira Superiora de toda a Sociedade”.

Ao final do seu Testamento Espiritual, Marcelino contempla Maria. Ela é o modelo daquela, que depois de Jesus vivenciou de maneira profunda a unificação do coração numa espiritualidade da compaixão e da misericórdia. Para Marcelino, Maria é um projeto de vida. É a inspiração concreta do seguimento de Jesus.

Foi o quarto Superior Geral, Ir. Teophane, que anunciou aos Irmãos Maristas sua intenção de introduzir a Causa da Beatificação de Marcelino Champagnat na Circular de fevereiro de 1886. O Instituto procedeu com a abertura oficial do Processo de Beatificação e Canonização de Marcelino Champagnat na Santa Sé em 2 de janeiro de 1892. (Chronologie 2010, p. 267). O processo estendeu-se por 107 anos. Sua Santidade o Papa João Paulo II canonizou Marcelino Champagnat (Marcellin Joseph Benoît Champagnat) no dia 18 de abril de 1999, na praça São Pedro, no Vaticano, reconhecendo-o como santo da Igreja Católica: “Apóstolo das Juventudes” – nas palavras de João Paulo II.

Visitas virtuais

QUARTO DE MARCELINO EM L’HERMITAGE – http://q-r.to/bak63M
CAPELA DE L’HERMITAGE – http://q-r.to/bak66p


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