23 de janeiro de 2022 CASA GERAL

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1: Erradicação da Pobreza

O Secretariado de Solidariedade já falou várias vezes sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Já sabemos que estes são um grupo de objetivos que queremos atingir até 2030, para todos os países, para todas as pessoas do mundo. Sim, eles são objetivos ambiciosos. Ao mesmo tempo, já sabemos que eles são realizáveis, pelo menos em uma ampla gama. E sim, para alcançá-los é necessário tanto nosso compromisso, quanto nossa colaboração como maristas.

ODS 1: Erradicação da Pobreza

Refletindo sobre o primeiro destes objetivos, vários pensamentos podem vir à mente. Antes de tudo, descobrimos que existem várias formas de pobreza; descobrimos que a pobreza tem mais de uma face. Estamos conscientes da pobreza alimentar de milhões de pessoas que não têm nada para colocar na boca; mas também vemos com frequência a pobreza habitacional dos “sem-teto”, que vemos dormindo nos alpendres de nossas cidades; ou a pobreza energética daqueles que não conseguem acender uma estufa nos dias de inverno; ou a pobreza educacional daqueles que não podem ir à escola.

Falando de pobreza, uma impressão que pode vir à mente é a “repetição” desta questão. Sim, há repetição, porque é uma questão essencial, porque é uma questão que não podemos deixar para mais tarde. Descobrimos que este objetivo está relacionado com “o grito dos pobres” do qual nos falam os objetivos da Laudato Si’. vemos que este objetivo orienta o trabalho de nossas ONGs e das associações de solidariedade maristas, em muitos países e províncias. Este objetivo nos lembra a tradição da Igreja de trabalhar para aqueles que menos têm, de compartilhar bens com os necessitados, de não permitir que a dignidade humana seja desvalorizada.

Relatórios oficiais, nos últimos 25 anos, nos falam da redução da pobreza em números gerais, mas os números de pessoas que sofrem com a pobreza ainda são escandalosos. Estamos também cientes de que a situação pandêmica piorou a vida de muitas pessoas que foram seriamente afetadas.

Como maristas de Champagnat, desde nossa fundação, estamos comprometidos com situações de vulnerabilidade, queremos estar perto de pessoas necessitadas. Nosso último Capítulo Geral lembra disso com a bela expressão do IV apelo: “caminhar com crianças e jovens marginalizados” e também nos convida a estar atentos aos sinais dos tempos com outra expressão, igualmente bela, que encontramos no V apelo: “responder com ousadia às necessidades emergentes”.

Nossas obras maristas são chamadas, neste século XXI, a continuar trabalhando para o bem daqueles que mais necessitam. Somos chamados a trabalhar com outros, em redes, para que possamos ir mais longe em nosso objetivo de reduzir as situações de desigualdade. Graças ao trabalho em rede, estamos sendo capazes de descobrir como nossos parceiros estão trabalhando em lugares onde nós maristas não temos presença (partes da Europa Oriental, algumas áreas da África, alguns países da Ásia…). Isto nos enriquece e nos encoraja a continuar trabalhando, de forma comprometida, onde quer que estejamos.

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Ir. Ángel Diego – Diretor do Secretariado de Solidariedade

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