Percepção evolutiva da figura de Marcelino Champagnat
Em julho passado, realizou-se, em Loma Bonita, no México, o curso do CEPAM sobre a Percepção evolutiva da figura de Marcelino Champagnat. Participaram do período de estudos Ir. Jean-Mance Louis-Jeune, Ir. Deivis Fischer, Ir. Aureliano Brambila, Ir. Javier Echeverry, Ir. Vinicius Tenedini, Sr. Eduardo Armenta, Sr. Carlos Barreto e Sr. Sérgio Schons.
Testemunhos dos Irmãos participantes:
Champagnat esteve atento aos apelos de Deus e manteve o sentido de que o Carisma é um dom de Deus, a serviço da Igreja. A missão faz parte do carisma e Marcelino deixou bem claro, em suas intuições, que ela deve estar atenta aos apelos que nos são feitos. Champagnat foi um membro atuante e sempre preocupado com a unidade dos 4 ramos; nunca agiu separadamente, mesmo sofrendo certa pressão por parte de Colin. Champagnat batalhou muito, mas não pôde ver a Congregação autorizada. Destaco o seu empenho, bem como seu caráter diplomático com as autoridades; com efeito, necessitava de ajuda e soube ser prudente em suas palavras e ações. Champagnat, apesar de um pedido de Colin, decidiu não enviar Irmãos para uma localidade. Champagnat, embora repreendido e até punido por essa atitude, não manifestou nada contra a decisão de Colin. Claro, Champagnat sabia bem das atribuições de cada um, e cabia a ele cuidar dos Irmãos Maristas; Colin, por sua vez, era responsável pelos Padres Maristas. (Vinicius Tenedini, três ciclos).
Ao concluir o terceiro ciclo do CEPAM, contemplo Champagnat em seus vários rostos, que se revelaram em minha vida: na infância, o rosto sério dado por Ravéry; na juventude, o rosto de santo quase inimitável, desenhado por Furet; e, depois de tentar segui-lo por toda a minha vida e de estudá-lo em profundidade, no CEPAM, descobri nele lágrimas e frustação, cansaço e determinação, sangue e coração. Como dizia o Ir. Séan de Maria, digo de Champagnat: “sua proximidade com Deus realçou sua humanidade”. (Sérgio Schons, três ciclos).
“Hoje, depois de concluir este curso, penso que Marcelino é um homem que tem e manifesta “nobreza de coração”. É homem visionário que soube responder a todas as inquietudes quotidianas. Descubro um homem com grande capacidade para acompanhar a seus Irmãos; um enamorado da vida. Creio que foi um homem de profunda oração. Um superior e fundador de uma comunidade de Irmãos religiosos.” (Ir. Javier Alfonso Echeverry, um ciclo)
Admiro em Champagnat: sua relação com a Sociedade de Maria, o desenvolvimento dessa relação ao longo do tempo; as dificuldades que Marcelino enfrentou nos últimos tempos de sua vida: a aprovação do Instituto por Roma, a aprovação pelo governo francês; as aprovações diocesanas e suas consequências. Marcelino conseguiu contar com pessoas que lhe ajudaram, especialmente alguns Irmãos essenciais, para que o projeto fosse adiante (Ir. Francisco, Ir. Luís Maria…). É notório como Champagnat, progressivamente, se abriu para diversas experiências que foram sendo solicitadas ao Instituto: surdos-mudos, orfanatos, sem perder o foco: Irmãos educadores. (Deivis Alexandre Fischer, um ciclo)
“Enfrentar os desafios com justo equilíbrio e com a sabedoria exigida pelo fato de ser superior da comunidade. Tirar, da análise das cartas, as mensagens iluminadoras mais importantes e poder aplicá-las no contexto cotidiano. Diante da amplitude das possibilidades de apostolado chegar a desenvolver sua missão no campo da educação.” (Carlos Humberto Barreto, um ciclo)
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