24 de março de 2010 ITáLIA

Profissão perpétua na Província Mediterrânea

A celebração dos votos perpétuos do Ir. Daniele Pardo teve lugar na capela do colégio de Giugliano (Nápoles), no dia 27 de fevereiro de 2010, com a presença de sua mãe, de numerosos Irmãos da Província, de um considerável número de Irmãos da Casa geral e de numerosos alunos e amigos do Ir. Daniele.

A festa foi precedida de uma semana de intensa reflexão sobre o que significa um chamado vocacional. Em toda a escola se falou da vocação, dos três votos, de seu significado e de alguns elementos específicos da vocação marista: os jovens, a simplicidade, Maria. Por toda parte havia sinais desse trabalho: cartazes com muito colorido afixados nas salas de aula e com frases criadas pelas crianças. O Ir. Daniele falou aos alunos, professores, pais, aos membros da fraternidade e a todos os grupos de jovens sobre o significado de sua consagração a Deus. Essa oportunidade serviu para dar testemunho de sua opção e responder às numerosas perguntas dos alunos.

Durante a semana de preparação foram vividos momentos muito fortes, nos quais todos participaram e vivenciaram, em atmosfera de família, o sim definitivo de Daniele. Sim, o que se respirava em Giugliano era de fato uma viva atmosfera de unidade e de família. Todos se comprometeram em alguma coisa, preparando algum detalhe para a festa do sábado. O Ir. Daniele tinha dito: ?Gostaria que fosse a festa de todos; desejo que todos possam contribuir e participar naquilo que parecer mais adequado para cada um.? Assim foi.

Em primeiro lugar, é preciso destacar os Irmãos da comunidade, aos quais o Ir. Daniele agradeceu como a ?maravilhosos companheiros?: eles o acompanharam nesse momento determinante de sua vida, com a oração e a presença; eles cuidaram da organização da festa, nos mínimos detalhes. Depois, os membros da Fraternidade (Família Champagnat) colaboraram, dia após dia, com grande espírito de família. Os rapazes, cada qual segundo sua capacidade e imaginação: uns criaram o símbolo (monograma) da profissão perpétua e da semana vocacional; outros pintaram um vitral e cartazes; prepararam as orações dos fiéis, ou o ofertório; um grande grupo de alunos integrou o coral, orientado com muita competência pelo próprio Ir. Daniele que encontra no canto um de seus modos preferidos de expressão. Ele mesmo observou: ?Pedi aos rapazes e moças que o canto fosse não apenas tecnicamente bem interpretado, mas que fosse também expressão da unidade e da alegria que vive, no mais íntimo do coração, aquele que acolhe a Deus?. Parece que isso foi conseguido porque todos apreciaram a delicadeza, a expressividade e a beleza dos cantos da celebração. Finalmente, Mark (um dos jovens) apresentou um significativo balé, no momento da ação de graças, acompanhado pela melodia de uma canção, interpretada pelo próprio Irmão Daniele, intitulada: ?É paz interior?. Foi um momento forte em que cada um provou uma intensa expressão e manifestação da beleza de Deus.

A profissão perpétua do Ir. Daniele foi um momento de verdadeira festa e alegria para todos; pode-se dizer que, mais do que festa de um Irmão, foi a festa da vocação em geral. O trabalho diário e constante dos agentes de pastoral, realizado na semana precedente, contribuiu para que a celebração fosse vivenciada por todos e que os preparativos não fossem meramente técnicos, mas cheios de significado. A impressão foi de que todos captaram o significado desse gesto e dele participaram a partir dessa compreensão.

A igreja estava repleta, especialmente de jovens e também de Irmãos. Esteve presente o Ir. Superior geral, o Vigário geral e alguns Conselheiros gerais, o Ir. provincial da Província Mediterrânea e seu Conselho, muitos Irmãos da Casa geral e de várias comunidades da Itália. O Pe. Júlio Parnofiello, sj, destacou em sua homilia a importância de descobrir ou de redescobrir a própria vocação. O momento da profissão foi muito bonito: no diálogo entre o Ir. Emili e o Ir. Daniele, foi reafirmado, com frases claras e decisivas, o compromisso da consagração, do jeito de Maria. O nome de Maria esteve presente em cada resposta do diálogo. Uma presença discreta, mas constante.

Depois da Comunhão, o Ir. Daniele dirigiu umas palavras aos presentes, destacando que a disposição de gratidão, nesse momento, era totalmente espontânea. Percebia-se em seu rosto a alegria e a luz de quem ?encontrara o tesouro?. O primeiro agradecimento foi dirigido a Deus de quem, dizia, ?tudo recebi e me sinto ?mimado? pela enorme quantidade de dons e presentes que me concedeu?. Agradeceu sua família, lembrando o falecido pai, a mãe e o irmão presentes, e o ambiente familiar que lhe foi favorável para o desenvolvimento da fé e da vocação. Expressou ainda seu reconhecimento à nova família, os Irmãos maristas, acolhidos e sentidos como ?maravilhosos companheiros?. Recordou especialmente alguns Irmãos muito significativos em sua história vocacional e os membros de sua comunidade. Não esqueceu os Irmãos idosos, verdadeiras testemunhas da fidelidade à vocação, e sólido apoio através de sua oração. Concluindo, dirigiu-se a todos os presentes, particularmente aos jovens e adolescentes que descreveu como ?sua delícia?.

A missa cobriu quase duas horas, passadas velozmente, e deixando no coração dos presentes a sensação daquela alegria que celebra a beleza da vida. O júbilo da liturgia se prolongou no coquetel servido ao público na área contígua, e no jantar íntimo com os Irmãos, familiares e amigos mais próximos, servido no refeitório dos semi-internos, com muita ornamentação, mimos e bom gosto ? em todos os sentidos ? aos cuidados da equipe da cozinha. Muita alegria familiar, gestos de delicadeza e uma misteriosa sintonia concluíram a celebração desse dia maravilhoso.

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