5 de dezembro de 2006 QUêNIA

Representantes de 11 países se reuniram em Nairobi

Realizou-se de 25 a 27 de novembro o «Encontro do Conselho geral com os jovens da África», assim como estava previsto no calendário elaborado pelo Conselho geral, como visita de animação pastoral às províncias da África marista. O irmão Superior geral e seu Conselho quiseram colocar-se à escuta dos jovens africanos para refletir, dialogar e compartilhar com eles sobre sua vida cristã e sobre a vocação marista nos dias de hoje. Juntos procuraram descobrir a realidade atual da África, tentando compreender como o jovem africano se comporta diante desta realidade, procurando discutir seu papel e seu compromisso com os jovens cristãos no contexto africano além de responder à realidade de cada país.

Foi lançada uma convocação dirigida aos jovens das cinco unidades administrativas nas quais os irmãos estão presentes no continente africano. Como local do encontro foi escolhida a casa de convivência de Nairobi, administrada pelos salesianos, situada a poucos quilômetros do MIC, em meio a uma natureza exuberante, própria destas terras nas latitudes equatoriais.

Os jovens participantes procediam de 11 países, correspondentes às seguintes províncias maristas: África Austral: Angola (2), Malavi (1), Moçambique (2), Zâmbia (2), Zimbábue (1); África Centro Este: Quênia (13), Ruanda (6), Tanzânia (6); Madagascar: Madagascar (1); Nigéria: Nigéria (2); Distrito África Oeste: Gana (1). As dificuldades de transporte, de comunicação e de recursos têm sido um desafio importante para estas unidades administrativas que souberam como se organizar para que os jovens da África, convidados pelo irmão Superior geral e seu Conselho, pudessem compartilhar durante três dias com eles, escutando-se mutuamente.

Os jovens se sentiram «felizes em participar deste encontro», onde se manifestou «a fraternidade marista» entre eles e durante o qual se pôde ver a «simplicidade dos participantes», segundo suas próprias palavras, tornando efetivo o slogan do encontro, que proclamado em swahili diz: «Tushirikiane katika undugu» (Compartilhar a fraternidade). «Fiquei comovido em saber que todos nós temos uma realidade semelhante, com os mesmos problemas», comenta um deles. «Conheci a realidade de outros países, coisas de que também se fala no meu», afirma outro.

A realidade difícil de 11 países marcados todos eles por uma grande diversidade de línguas, culturas e tradições e alguns deles com profundas seqüelas da guerra, foi compartilhada com simplicidade e transparência. Em sua mensagem, lida ao final do encontro, o Ir. Seán faz eco destas contribuições: «Com linguagem simples e espontânea, vocês descreveram um conjunto de desafios pessoais e os dos seus países, aos quais se deve encarar de frente. Droga, pobreza, comportamentos sexuais que não respeitam a dignidade de cada pessoa, violência, guerra, corrupção dos governos e outras instituições e a falta de oportunidades».

Os debates, o diálogo, o trabalho em grupos, o colocar em comum durante a assembléia plenária, assim como os momentos de expressão livre através do teatro, o canto ou outras dinâmicas, deram oportunidade a cada um de compartilhar sua vivência e sentimentos. Apesar de tudo, vários deles teriam desejado «mais tempo para o diálogo, para a convivência, para poder expressar opiniões». Na avaliação final declararam que «de agora em diante vemos com mais clareza onde começar para melhorar a África», realizando nosso trabalho «unidos com nossos irmãos maristas jovens», para «edificar o continente africano enraizado em seus valores» e afrontar «o desafio de ver um dia este continente com melhores condições de vida». Eu vi, disse um deles, que na vida marista «as portas estão abertas». Outro concluía: «Meu coração me conduz a seguir a vida de irmão marista».

O Ir. Ernesto Sánchez, diretor do Secretariado das vocações, foi auxiliado por um eficiente grupo, organizado da seguinte maneira: coordenador: Ir. Auxensio Dickson (Malavi); vice-coordenador: Ir. Albert Ongemba Yallo (R.D. Congo); tesoureiro: Ir. Adriano Safuanda (Angola); logística: Ir. Teodoro Grageda (MIC); Ir. Hosea Muguera (Quênia), e com o apoio generoso de um grupo de estudantes do MIC.

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