30 de novembro de 2020 ITáLIA

Rosa Schiaffino: colecionando histórias do Lavalla200>

Rosa Schiaffino Fernández-Crehuet é espanhola, da Província Mediterrânea. Desde 2018 faz parte do projeto LaValla200>, das “comunidades internacionais para um novo começo”. Esteve na Comunidade de Siracusa por 2 anos, de 25/09/2018 a 11/10/2020. Agora ela vai continuar sua experiência na comunidade de Holguín.

Abaixo, Rosa compartilha alguns elementos que mais a marcaram e que foram significativos neste tempo de experiência.

Quais foram as motivações para deixar tudo para participar de uma comunidade internacional e intercultural?

Uma forte vocação marista de viver o Evangelho com os pobres, com os necessitados, e para fazê-lo em comunidade.

Conte brevemente o que mais a marcou na vida comunitária.

O que mais me marcou na vida em comunidade foi me descobrir na diversidade. Antes de ingressar na Lavalla200 tive experiências em comunidade, mas como voluntária. Por assim dizer, havia experimentado quase como uma espectadora. Ser corresponsável pela vida, animação e missão em comunidade é um desafio. E no nível pessoal, significou me redescobrir, desmontar e reajustar minhas peças para que se encaixassem em um quebra-cabeça ampliado junto com as peças de meus outros companheiros.

Acredito que a vida em comunidade, com todas as suas dificuldades, foi a experiência mais enriquecedora que tive até hoje.

… E na missão da comunidade?

Não tenho palavras para expressar tudo o que me marcou ao conviver e conhecer tantas vidas de migrantes. Acho que o que mais mudou nesses anos foi meu olhar. Olhar e reconhecer meus irmãos e irmãs. Sofrer com sua dor, me irritar com sua raiva e impotência. Alegrar-me com cada conquista, por pequena que seja.

Qual palavra ou expressão resume sua experiência?

Arrivo! = Estou indo! Eles dizem isso, embora tenham acabado de sair da cama e o encontro tenha sido há 2 horas. É o resumo (com muito humor) da cultura siciliana e como cultivar a paciência quando você vive interculturalmente principalmente em outro país.

Um belo gesto muçulmano é colocar a mão no peito depois de cumprimenta-lo/a, em sinal de respeito. Eu carrego cada pessoa no meu peito.

Descreva o acontecimento que você acha que é o mais significativo de seu tempo no Lavalla200.

As experiências mais bonitas foram as celebrações das festas religiosas (cristãs e / ou muçulmanas) todos juntos. A comunidade e os jovens. O Natal, a Páscoa, o fim do Ramadã, a festa do Sacrifício … Poder CELEBRAR juntos, compartilhar experiências e nos enriquecer e descobrir tudo o que nos une.

Qual foi o aprendizado mais importante?

Que cada pessoa e cada acontecimento tem seu próprio tempo e que, na maioria das vezes, esse tempo não corresponde ao meu.

Como a experiência a ajudou a crescer em sua vocação marista?

Viver o carisma Marista com suas particularidades em cada um dos membros da comunidade me fez reafirmar minha vocação. Nas comunidades Lavalla200, apostamos que o carisma é VIVIDO intensamente: o espírito de família, o amor ao trabalho, com Maria como guia e com Deus entre nós. O Irmão Ernesto nos convida a ser Lares de luz. Isso é o que, na minha opinião, a comunidade marista de Siracusa tem sido: um Lar aberto a quem decide bater à porta para se conectar à internet, tomar um chá ou fazer uma visita. Isso é ser Presença.

Quais foram os maiores desafios nesse tempo?

Os maiores desafios os experimentei na vida comunitária. Reunimo-nos de diferentes idades e fases da vida, gênero, culturas e bagagens. Além disso, para alguns, esta vida compartilhada é nova e para outros… também, embora possa parecer muito com uma comunidade “normal” de irmãos ou outra comunidade na qual você já esteve. Esse é um grande desafio! Porque significa romper com os esquemas mentais que todos carregamos e construir a partir da realidade em que nos encontramos. Leva tempo, compreensão, abertura, tolerância, escuta, perdão, aceitação e paciência. Resumindo: requer muito AMOR.

O que gostaria de dizer aos irmãos e leigos maristas que desejam participar das Comunidades Lavalla200> ou de outro projeto internacional / intercultural do Instituto?

Se deseja: ANIME-SE! Do que tem medo? O máximo que pode acontecer é você descobrir a si mesmo e nessa descoberta descobrir os outros. E, se acalme, ouça a si mesmo e ouça a Deus, fazendo silêncio. Ele só espera que você seja feliz, então não há nada a temer.


Se quiser dedicar um significativo tempo de sua vida nas Comunidades Lavalla200>, contate o seu provincial ou escreva para [email protected].

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