Seguindo a escola de Jesus
O irmão Joseph Maria Soteras começou a motivação com a canção intitulada “Only the young”, composta pelo grupo Journey e interpretada por Banda Flowers. Esta canção tem uma história. Os autores escreveram-na porque uma mãe lhes pediu que fossem ver seu filho, que estava doente no hospital. O filho era um admirador do grupo musical. O encontro dos Journey com o menino doente foi a fonte de inspiração da letra desta canção. Na canção fala da esperança e da força interior dos jovens. Segundo a apreciação do Irmão Joseph Maria esta canção é uma versão actualizada da experiência Montagne. Uma das lições que podemos tirar desta canção é, que se alguém se deixa tocar interiormente por um acontecimento, este muda-lhe a vida. A partir da história desta canção, o irmão propôs aos que o escutavam as seguintes perguntas: Que canção canta tua vida? Por quem te deixaste tocar interiormente?
Para responder a estas perguntas, o Irmão Joseph Maria, temos que levar em conta algumas premissas: Sem um mínimo de silêncio não nos podemos escutar a nós mesmo. E, por outro lado, não temos que ter todas as soluções para começar a dar una resposta.
Depois de ter explicado a mensagem da canção, o Irmão continuou a expor a sua reflexão fazendo referência à vida das primeiras comunidades eclesiais. Estas comunidades viviam num meio de um mundo hostil. Nesse tempo existia a escravatura, um mundo de senhores e de escravos. Perante tal situação os primeiros cristãos se colocaram a pergunta se aquela sociedade respondia ao que Deus tinha sonhado para o homem. A respuesta aprenderam-na escola de Jesus.
O trabalho que o Irmão propôs aos jovens foi o seguinte: Depois de ter vivido este encontro certamente há coisas que me surpreenderam e tocaram por dentro. Então podemos perguntar-nos: Que quero eu dizer ao mundo? Qué quero eu dizer ao dizer ao Instituto? Y, finalmente: Que quero eu dizer-me a mim mesmo?
Enquanto os jovens refletiam sobre estas perguntas, o Irmão Emili Turú, Superior geral, reuniu-se com todos os Irmãos que participavam no encontro. Estavam presentes 38 Irmãos, na sua maioria jovens. Esta reunião deu a cada um a oportunidade de se apresentar, dizendo de onde vinham e o trabalho que faziam. Foi também o momento para valorar sua própria experiência a partir da participação neste encontro. Todas as afirmações e reflexões foram muito satisfatórias. Todos tinham presenciado um grupo de jovens muito rico, com uma grande qualidade humana e espiritual, muito sensibilizado com o carisma marista.
O trabalho da tarde iniciou-se com a leitura de uma proposta com o título: “Mensagem dos jovens maristas”. O texto compreendia cinco tópicos: Gratidão, atenção à realidade do mundo, jovens maristas hoje, referência aos Irmãos e propostas concretas. O texto foi analisado em pequenos grupos. Um porta-voz de cada grupo foi dizendo a todos os presentes, reunidos em assembleia, o que poderia ser melhorado e deveria ser mudado no texto. O grupo que escreveu o texto recolheu as observações para melhorar o texto antes de ser entregue para a tradução nos quatro idiomas.
Outro momento muito rico deste dia foi o encontro dos jovens com os Irmãos do Conselho geral e da Administração geral. Os jovens sentiram-se muito livres para exprimir seus desejos e intuições perante os Irmãos, que formam parte do Conselho geral ou da Administração geral, e que participaram nestes dias de encontro.
A missa, com que se concluiu a jornada, estava cheia de símbolos. Começámos por recordar a água que mana da rocha com o símbolo utilizado já no primeiro dia. Houve também o gesto de se aproximarem todos e se colocarem à volta da mesma mesa. Os mais próximos tocavam a mesa com as mãos. Os que estavam por trás se apoiavam nos ombros dos que estavam à frente deles. Duas moças realizaram uma dança africana no momento do Ofertório quando se levavam as oferendas ao altar. Um coro espontâneo interpretado o cântico de ação de graças. Um salmo de ação de graças surgiu também espontaneamente pela voz de vários moços e moças.
E para concluir o dia os participantes brilharam com seus trajes folclóricos, e interpretaram danças, dinâmicas e canções que só terminaram quando a noite já ía alta.