5 de outubro de 2009 CASA GERAL

Segunda-feira, 5 de outubro

Ao iniciar a semana, a Comissão central expos o plano previsto para os dias que nos restam até a conclusão do Capítulo; reconhece o clima de paz e de serenidade e o alto grau de satisfação que há entre os Irmãos, com a experiência de fraternidade vivida, até este momento. Percebe-se, entretanto, uma certa inquietude face à pressão do tempo que nos escapa e os temas que ainda devemos tratar. A exortação da Comissão conclui dizendo que essa urgência não há-de impedir que se mantenha o diálogo fraterno e a atitude de discernimento. Entre as iniciativas, que a Comissão anuncia para esta semana, está a de centrar a oração cotidiana sobre cada um dos temas ainda por tratar, de modo que a oração acompanhe o ritmo do trabalho.

Para favorecer a convergência dos temas desta semana foram reestruturados os grupos de trabalho, unindo-os, dois a dois. O grupo que estuda a economia do Instituto com aquele que analisa a gestão da Casa-geral; o que redige o apelo fundamental com o da missão; e o grupo que se ocupa do governo com aquele que examina as Constituições.

A equipe que prepara a transmissão do Capítulo ao mundo marista trabalha em três direções. Em primeiro lugar, fala-se em elaborar uma ?Carta do Capítulo? como resposta às cartas escritas em cada Região. A essa carta seriam acrescentadas algumas orientações, visando ao encaminhamento da animação de cada Região, nos próximos anos, respeitando, entretanto, a flexibilidade de adaptação às necessidades locais. Finalmente, está previsto o envio das Atas do XXI Capítulo geral a todas as casas. A Comissão central nomeou um grupo de quatro pessoas para redigir a síntese do que o Capítulo comunica a todo o mundo marista.

Um gesto à luz profética do Espírito

A segunda sessão da manhã foi muito breve e dedicada à transmissão oficial do poder ao novo Superior-geral e seu Conselho. Para isso, todo o pessoal da Casa-geral foi convidado à reunião na sala capitular. Também estiveram presentes representantes dos outros três ramos maristas. Uma cerimônia cheia de simbolismos marcou o começo oficial de um novo mandato, no Instituto. A cerimônia começou com a leitura do profeta Elias que entrega o poder do Espírito ao profeta Eliseu. O Ir. Seán, aludindo ao fato bíblico que foi centro da reflexão, comentou que ele e os Irmãos de seu Conselho saem de cena, assim como desapareceu o profeta num carro de fogo, e deixam um rastro de problemas candentes ao novo Conselho-geral. Desejou ao Irmão Emili e a seu Conselho que a força do Espírito lhes ajude a encontrar soluções.

O Irmão Emili Turú, Superior-geral, entregou ao Irmão Seán um artístico ícone de Maria, procedente do Monte Athos, elaborado sobre um pedaço de madeira de um genuflexório, sobre o qual os fiéis, ajoelhados, fizeram suas preces. Com esta recordação quis significar a gratidão de todo o Instituto pelo serviço prestado enquanto Vigário-geral e Superior-geral. Um longo e forte aplauso da sala acompanhou o gesto e as palavras do Ir. Emili.

Em seguida, o Ir. Joseph Mc Kee agradeceu o trabalho do Conselho-geral que termina seu governo com palavras repassadas de carinho. O Ir. Emili Turú entregou a eles um ícone da ?Madonna del Divino Amore? (la Madonnina), em cujo santuário, a família marista celebrou a beatificação dos Irmãos mártires.

Ato contínuo, os Irmãos Seán Sammon e o Ir. Luis García Sobrado se aproximaram de um pequeno altar, presidido por São Marcelino Champagnat e o Pe. Colin. Sobre a mesa havia um ?didgeridoo? ou ?diyiridú? ? instrumento musical dos aborígenes da Austrália ? utilizado como expressão de aliança espiritual. Entre as classes aborígenes, demonstra distinção de nível, segundo a capacidade do músico que o toca. Este foi o simbolismo usado para expressar a transmissão de poderes do Conselho-geral anterior ao recém-eleito. O Ir. Emili Turú, Superior-geral, e o Ir. Joseph Mc Kee receberam o símbolo, diante de todos os presentes, pelas mãos do Ir. Seán e Sobrado.

Igualmente, os Irmãos do Conselho anterior entregaram algum símbolo a cada um dos novos Conselheiros-gerais. O Ir. Eugène recebeu as Constituições como bússola para orientar o caminho; os Irmãos Klein e De Waas, uma estátua da Boa Mãe: o Ir. Josep María Soteras recebeu uma Bíblia e os Irmãos Antônio e Ernesto, a cruz que Champagnat tinha sobre sua mesa de trabalho. O Ir. Emili então apresentou, brevemente, cada um dos novos Conselheiros ao pessoal da Casa-geral. O canto da ?Salve Regina? marcou a conclusão da cerimônia-homenagem. Todo o pessoal da casa foi convidado para o almoço de confraternização.

Os trabalhos da sessão da tarde

De tarde, o grupo que se ocupa do chamado central expos os avanços de seu trabalho. O relator considerou que na reflexão dos capitulares foram detectados sais capazes de formar estalactites. Queria expressar, com a metáfora, que há condições para chegar à conclusão do trabalho que trazem entre as mãos. Expuseram a frase elaborada, na intenção de sintetizar e traduzir o sentir de todas as mesas. Apresentaram também uma oração, escrita pelo grupo, na qual se convida todos os maristas a avançar rumo a uma nova terra. E, finalmente, aludiram à imagem de Maria da Visitação, feita pelo Irmão Tony Leon. Todos esses elementos estão impregnados das ideias-força que surgiram da assembleia capitular. Assim os trabalhos deste grupo chegaram a um ponto muito interessante, embora, ainda devam receber alguns retoques.

Na primeira sessão da tarde, estudou-se o relatório sobre as finanças e a gestão da Casa-geral. Ele ofereceu muita informação relacionada à economia, à situação jurídica e a contratos. A complexidade dessa casa suscita reações variadas, entre os capitulares. As soluções apontam a uma melhor administração dos recursos ou outras alternativas mais drásticas. Mas parece não ser o momento de tomar decisões consensuais.

A segunda sessão da tarde foi dedicada a aprovar pequenas modificações de vários artigos das Constituições. Foi uma sessão rápida, graças à agilidade da votação eletrônica. Em seguida, o grupo de trabalho propôs o estudo de algumas modificações das Constituições que implicam em mudanças mais importantes do que as aprovadas em precedência; retornarão em sessão próxima para serem submetidas à votação.

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