Vocação laical marista – Relação entre Irmãos e Leigos/as

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Qual é o objetivo desta caminhada?

É a pergunta que nos surge nesta época de projetos, métodos, caminhos, planos, guias de caminhada, programações, mapas de percurso… Ficamos instalados diante de uma complexíssima rede de pistas, caminhos, processos que temos de percorrer para responder às interpelações da missão, da espiritu­alidade, da formação. Às vezes nos sufoca a proposta de tanto itinerário.

Ao desenhar o Plano de trabalho do Secretariado de leigos para os três próximos anos buscamos ob­jetivos, linhas de ação, estratégias, responsáveis… E pusemos coração em tudo isso. Mas, em meio a essa busca de novas iniciativas de animação, surgia a pregunta: qual é a justificativa de nosso Plano? qual é o objetivo desta caminhada? E ecoava em nós, de forma significatva, a NOVA RELAÇÃO ENTRE IRMÃOS, LEIGAS E LEIGOS, fundamentada na comunhão, buscando juntos uma maior vitalidade do carisma marista no mundo de hoje, dentro do apelo do nosso último Capítulo Geral. Dar respostas às implicações dessa “nova relação” talvez seja um dos objetivos desta caminhada. Essa é nossa aborda­gem para uma tentativa de resposta.

A expressão do nosso Capítulo Geral centraliza o tema do apelo fundamental em relação aos leigos. E alinha o Plano de animação do nosso Secretariado. Aponta novidade na relação; se bem que essa relação já existisse sugere referenciais novos. Ao explicitar Irmãos, leigas e leigos, afirma uma especi­ficidade vocacional. Fundamentada na comunhão, expressão que desfaz diferenças e categorias. Bus­cando juntos, fala de corresponsabilidade, de dar-se a mão. Vitalidade do carisma, porque o carisma é propriedade de todos.

A nova relação é o espírito da MESA REDONDA do Capítulo Geral. Nossas mesas redondas do XXI CG simbolizam a comunhão no mesmo carisma. Dentro da experiencia capitular essas mesas redondas nos convidaram a construir uma grande comunidade, casa de todos. Leigas, leigos e Irmãos, partil­hando a mesma vocação marista, reafirmamos, a partir do Capítulo, que nossas vocações específicas estão ordenadas umas às outras. Que em sua diversidade se complementam, e que neste esforço de comunhão “estamos mostrando o rosto mariano da Igreja que queremos” (Emili).

Nossa Igreja necessita essa profecía da mesa redonda, a profecía da fraternidade. Nossa mesa re­donda tem muito de mística e de profecía. De encontro e caminho. De silêncio e de grito. De espera e de urgência. De contemplação e de pés empoeirados. De aventura evangélica e de paixão. Polos que, às vezes, não é fácil harmonizar.

A mesa redonda de nosso carisma, que partilhamos com a Igreja e com os homens e mulheres de nosso mundo, foi quadrada, foi pequena, em outra época. Agora está maior, é redonda, não tem presidências, não tem cantos… é integradora. E tem muito de alegría e de ternura, de gratuidade e de presença dis­creta como a mesa de Nazaré, onde Maria sorri. Essa mesa redonda fala da “nova relação” entre Irmãos, leigos e leigas. E nisso centralizamos o sentido do Secretariado e a visão de sua missão.

Repensar a relação mútua leigos-religiosos no presente momento da vida da Igreja é, sem dúvida, um ato de maturidade. Não se trata de estar na moda e estar com leigos ou religiosos. Trata-se de uma poderosa certeza: o caminho da unidade é bom para a realização do Reino em cada membro e na instituição me­diada por suas obras. Não estamos inventando o evangelho. Estamos unindo forças para sua realização.

A reflexão do Secretariado é convite a viver um processo. Os eixos que dinamizam nossa ação conver­tem-se em processo de reflexão, em caminho de aprofundamento, em desafio de conversão, em opor­tunidade de oração. A partir desses eixos queremos introduzir o diálogo fraterno, ocasião de partilhar, como maristas, o que alenta nosso coração e o que vislumbram nossos olhos. Ter o mesmo horizonte e caminhar juntos em direção a ele é o nosso desejo.

As fichas contêm um texto, um ppt de motivação e umas perguntas para a reflexão pessoal ou grupal. Para cada uma das fichas vem sugerido igualmente algum documento ou artigo.

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Secretariado dos leigos – Janeiro 2012