Pensamentos do Irmão Francisco

Afora certa distância da linguagem, o pensamento e a experiência espiritual são preciosos. Não deve ser difícil transcrever os pensamentos do Ir. Freancisco em nossa linguagem e sensibilidade.

1. Esforcem-se para que Jesus sempre viva em vocês mesmos e em toda a sua casa, de maneira que cada um dos que a compõem represente alguns traços desse divino Mestre.

2. Não se deve esquecer isto: a formação dos jovens Irmãos é apenas esboçada nos noviciados; ela deve prosseguir em todas as comunidades a que forem enviados.

3. A piedade – participaçãoampla do espírito filial de Jesus Cristo para com seu Pai – nos dá este abandono de filho, esta confiança absoluta, que nos levam a apresentar a Deus, como ao melhor dos pais, nossas pequenas necessidades e nossos leves sofrimentos.

4. Forme seus Irmãos à piedade – escreve ele a um diretor – você os fará felizes e os salvará infalivelmente. (Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 333.)

Irmão5. Nunca houve alma tão despojada de si, tão repleta de Jesus, quanto Maria. Jesus habitava em sua Mãe em toda a plenitude; nela vivia, agia, triunfava de tudo, tornando-a uma com ele, como ele é um com o Pai.

6. Vamos a Maria com toda a confiança, pois ela tudo pode sobre o espírito de seu divino Filho, que de tal modo lhe pertence que ela dispõe dele, tudo pode sobre ele; usa de seu poder como algo que lhe pertence e aplica-o como quer, tamanho é o amor de Jesus para com Maria, amor que é o princípio desse poder.

7. É sobretudo na Comunhão que – unindo-nos intimamente a Jesus – nos tornamos um mesmo corpo e um mesmo espírito com ele; vivemos de sua vida; recebemos sua pureza, humildade, santidade e todas as suas virtudes.

O demônio, que conhece todas essas vantagens da Comunhão, fica contente quando, por suas astúcias e artifícios, consegue nos privar de uma só.

8. É preciso dizer com Santa Teresa: “Ou sofrer ou morrer”. Não há meio-termo. É necessário que nos resolvamos, que nos disponhamos a aceitar isso até com alegria. Com efeito, todos os momentos de sofrimento são tão preciosos, e os de nossa vida, tão breves, que devemos estar contentes de que nenhum nos escape sem que esteja temperado na amargura da cruz.

9. Quando estamos alegres, em paz, contentes, o demônio fica triste, desanimado, desconcertado; quando estamos tristes, inquietos, melancólicos, o demônio está contente, alegre e forte contra nós. Não esqueçam esta advertência: Deus permite que vocês tenham provações de toda a espécie, porque tem algo em vista, desígnios sobre vocês e deseja que se acostumem a todas as vicissitudes da vida.

10. É bom, às vezes, haver pessoas que nos contradizem, que se tenha de nós opinião má ou desfavorável, ainda quando nossas ações são boas e retas. Com freqüência, isso serve para nos tornar humildes e nos defender da vanglória.

11. Admiremos a ação amorosa da Divina Providência: aquilo que consideramos como infelicidades e desgraças torna-se muitas vezes para nós fonte copiosa de graças e bênçãos. Se, com uma das mãos, Deus nos aflige, com a outra nos acaricia: cerca-nos de sua misericórdia e proteção paternal, quando nos lançamos confiantes entre seus braços e nos entregamos inteiramente a Ele para sempre.

12. Quem visita os doentes deve ter coração de mãe e sangue-frio de médico.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 321.)

13. Habituemo-nos de tal modo às orações jaculatórias, que nos mantenham o espírito e o coração continuamente dirigidos para Deus.

14. Cumpre que nos acostumemos a saborear a oração, a degustá-la e digeri-la, por assim dizer, apropriando-nos dos sentimentos, como o corpo digere o alimento e o assimila. Tomados precipitadamente, os alimentos sobrecarregam em lugar de aliviar, cansam em lugar de nutrir; o mesmo sucede com a oração quando é precipitada, engrolada, distraída.

(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p.333.)

15. Não basta que rezemos algumas vezes ou até com freqüência no decorrer do dia, é necessário que a oração passe para nossa substãncia, que se incorpore conosco, que se fixe em nós, que se misture, por assim dizer, à nossa carne e ao nosso sangue, de maneira que, à imitação do salmista, o coração e a carne exultem de amor com o pensamento no Deus vivo.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 335.)

16. Nossa maior felicidade, já nesta vida, deve ser pagar amor com amor àquele que nos amou com amor eterno.

(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p.335-336.)

17. Depois que a gente adquiriu o feliz hábito do recolhimento, do fervor e da atenção sobre si, tudo isso então se torna familar e pouco difícil. O mesmo que sucede à pessoa bem-educada com a modéstia, a discrição, as boas maneiras, as atenções, a boa postura, etc., que parecem difíceis a quem sempre viveu livre e desleixado. Ninguém é mais previdente, mais exato e mais regular do que aquele que é dono de seus negócios, porque, longe de deixar-se dominar por eles, domina a si mesmo em paz.
18. Quanto é necessário vivermos a vida de fé, sermos sempre fortificados contra o pecado pela lembrança das grandes verdades da fé, que sejamos ajudados nos caminhos da virtude pelas imperecíveis promessas da fé e dirigidos em nossa peregrinação para a Eternidade pela luz da fé.
(Circular sobre o espírito de fé.) (Summ. p. 551.)
19. Retiremo-nos muitas vezes no santuário da alma, pela fé encontraremos Deus. Adoremo-lo, ofereçamo-nos a Ele e multiplicaremos em sua presença atos de louvor, de agradecimento, de contrição, de amor e de confiança. (Summ. pp. 551-552.)
20. Meu Jesus, estou privado da vista. Assim seja! Meu Jesus, sofro dores de cabeça. Assim seja! Meu Jesus, sou surdo.Assim seja! Meu Jesus, não posso celebrarr a missa, nem recitar o breviário. Assim seja!
(Oração de Dom Foulquier, antigo bispo de Mende. O Ir. Francisco cita essa oração com admiração.)
21. Divino Coração de Jesus, dai-me como partilha a graça de amar-vos sempre mais. Recebei, ó Coração Sagrado, todos os meus pensamentos e desejos, a liberdade, memória e vontade, as ações e a vida. Recebei meus sofrimentos e trabalhos, dou-me inteiramente a vós para sempre, Senhor;
todos os instantes de minha vida são vossos; todas as ações são para vós; concedei-me que faça tudo unicamente para vos agradar e servir. 
(Caderno de notas.) (Summ. p. 555.)
22. Meus caríssimos Irmãos, ao descarregar sobre outrem as difíceis e importantes funções que eu não podia mais exercer, sinto que minha afeição e apego a vocês, a solicitude por tudo o que diz respeito ao bem do Instituto, não diminuirão nunca, pelo contrário, só aumentarão, enquanto o Bom Deus me deixar sobre a terra…
Com efeito, quando se esteve 20 anos à testa de uma Sociedade tão cara e tão interessante como a Sociedade dos Irmãozinhos de Maria, quando se teve relações tão freqüentes, tão íntimas, tão agradáveis com os membros que a compõem, poderíamos esquecê-los? E esses suaves sentimentos, essas preciosas lembranças não se gravaram no espirito e no coração com caracteres indeléveis? Não é bálsamo precioso para todos os instantes da vida? Sim, caros Irmãos, sempre os amei ternamente e sempre os amarei da mesma forma. Sim, sempre a lembrança de vocês será cara à minha memória; nunca cessarei de me ocupar de vocês; receberei notícias suas com o mais vivo interesse; farei tudo o que depender de mim para lhes proporcionar todos os bens espirituais e corporais de que precisarem.
(Circular para anunciar a eleição do Vigário: Ir. Luís Maria, 1860.) (Summm. p. 556-557.)
23. Deixo-o aos pés da cruz com nossa terna Mãe e o discípulo bem-amado; é ali que acharemos nossa força, esperança, consolação, alegria e paz.
Em união com suas orações e aos méritos de sua paciência e com os sentimentos da afeição mais cordial, abraço-o nos Santos Corações de Jesus e de Maria.
(Carta a um doente.) (Summ. p. 558.)
24. Os Irmãozinhos de Maria falarão sempre muito humildemente de sua pequena congregação e preferirão todas as demais no tocante à estima, à honra, à consideração.
Mas a preferirão a todas as demais quanto à afeição, ao apego e ao amor.
(Summ. p. 565.)
25. Sendo eu cozinheiro da enfermaria, certo dia preparava uma sopa com alho-porro. Coloquei os legumes antes da ebulição da água. O Irmão Francisco passava naquele momento. Repreendeu-me dizendo: «Nunca se deve colocar os legumes antes da ebulição da água; é isso que causa azedume no estômago e cansa os Irmãos. (Summ. p. 573.)
26. Se o Bom Deus (diz o Ir. Francisco, em 1860, depois da eleição do Ir. Luís Maria como seu substituto), quiser me conceder um pouco de força e de saúde, meu maior prazer será poder ainda receber todos vocês, entretê-los, ajudá-los, servi-los e ser como o avô entre os netos.
Se, pelo contrário, quiser prolongar-me a doença e as indisposições, oferecer-lhas-ei para suprir o que não puder mais fazer. A exemplo de Moisés e de Samuel, não cessarei de rezar por vocês para lhes obter a vitória completa sobre os inimigos da salvação, e as graças de que necessitam para realizar o objetivo de nossa santa e sublime vocação.
27. Li que, estando retirado em l´Hermitage, e sem outro título além de avô, que apreciava muito, escreveu isto, que não era destinado a ser lido por outrem: «Considero-me como um velho pote desbeiçado, rachado, que não serve senão para usos domésticos comuns e os mais grosseiros, que não se deve poupar, dado seu pouco valor”.
28. Quanta cegueira e que espantosa loucura passar a vida a tecer, com a maior seriedade do mundo e toda a aplicação do espírito, teias de aranha que a morte varrerá em meio segundo.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 175.)
29. Toda a casa de Notre Dame de l´Hermitage pode ser considerada o grande Relicário do venerável Padre Champagnat. Foi ele quem a construiu. Nela morou durante 16 anos. Tudo ali fala dele porque punha a mão em tudo e dirigia tudo.
30. “…Dir-lhe-ei que nunca terá um indivíduo capaz, uma pessoa de caráter que não se exceda algumas vezes, que não faça algumas estravagâncias. Esses homens que raramente se esquecem e nunca falham, ordinariamente são indivíduos sem energia, que vão a seu tranque, sem dar muitos incômodos, mas que em seguida, desempenham mediocremente suas obrigações e nunca levam bem uma turma. Pessoa capaz é homem de caráter, de vontade firme e, necessariament, por vezes, lhe escapa o domínio da situação.”
31. Eis-me à testa de meus Irmãos para amá-los e querer-lhes bem com entranhas de pai, para servir-lhes constantemente e em toda a parte de guia e modelo,…
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 73.)
32. Oração do Irmão Francisco, Superior:
Meu Deus, concedei-me a graça de ser um Irmão Superior segundo vosso coração, aplicado em todas as minhas obrigações, ocupado somente com minha função… olhando apenas para vós, procurando unicamente a vós, temendo somente a vós.
Daí-me zelosos cooperadores, enviai bons operários para a vossa vinha, para a vossa messe.
Concedei-me discernimento para escolhê-los, piedade para formá-los, sabedoria para destiná-los, a vigilância e bondade para governá-los.
Abençoai-os, conservai-os, santificai-os, tornai-os homens segundo vosso coração, repletos de vosso espírito e sempre devotados ao seu ministério.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista p. 79.)
33. É Superior-Geral, mas, como bom enfermeiro, escreve a um Irmão:
«Não cometa nenhuma imprudência que possa prejudicar-lhe a saúde; evite o ar frio e úmido; mantenha os pés quentes e secos; siga um regime suave, evite o que é frio, forte, ácido; tome leite de vez em quando, enfim, faça de tudo para curar-se do resfriado; lã sobre o peito, um vesicatório no braço são, por vezes, muito úteis nessas ocasiões». 
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 82.)
34. É preciso pedir a Deus sabedoria, prudência, mansidão…
É necessário que apresentem amorosamente a Ele suas necessidades e as daqueles de quem estão encarregados.
Comecem por conquistar os corações dos noviços e demonstrar-lhes muito interesse e dedicação; considerem-nos filhos privilegiados da Santíssima Virgem…
Mas sem recear o trabalho e o cansaço…
É necessário apresentar a virtude sob os aspectos que a tornam amável…
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 83-84.)
35. “Sei, por experiência, quanto o enfraquecimento das faculdades intelectuais torna a administração penosa e cansativa, mas, por outro lado, parece que o Bom Deus se compraz em servir-se do que há de mais fraco para que o poder da graça brilhe ainda mais.» 
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 86.)
36. Ó Espírito Santo, união das inteligências na eterna verdade, e dos corações na eterna caridade.»
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 89.)
37. Três realizam mais do que dez, quando Deus coloca aí a mão; e ele a põe sempre que nos tira os meios humanos e nos empenha na necessidade de fazer alguma coisa que excede nossas forças.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 118.)
38. «Você tem – escreve a um Irmão – ‘disciplinas’ de 70 cordas (seus alunos) e duas vezes ao dia está obrigado a flagelar-se durante três horas…Você deve fazer jejuar a lingua, quando seria agradável falar, e falar até ficar cansado. Oh não! É preciso reprimir-se, fazer-se violência para rezar, e isso várias vezes por dia. Não, você não precisa ir à Trapa.»
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 131.)
39. O Irmão Avit, muito inteligente, é nomeado Visitador das escolas. Entre muitos sábios conselhos, o Irmão Francisco lhe escreve: «Na visita às aulas, preste atenção para nada dizer perante os alunos que possa melindrar os Irmãos, caso haja algo a ser corrigido…Você nem pode repreender ou dar conselhos a nenhum menino perante os demais, mas fazê-lo em particular e falar-lhe de coração para coração, isto é, com bondade e suavidade».
(Ir. Francisco, 60 anos de História Marista, p. 140.)
40. Para ter bom resultado com os meninos é necessário fazer-se amar e respeitar. Quando os alunos gostam do Irmão, estão contentes e satisfeitos com ele, não quereriam causar-lhe desgosto; quando o respeitam, sua presença os conserv em ordem, modera-lhes a leviandade e a dissipação naturail. Para fazer-se amar é preciso amar; é necessário estar no meio das crianças como um pai com seus filhos. Faz-se mister que percebam que os amamos, que nos interessamos por tudo que lhes diz respeito: saúde, sofrimentos, alegrias, trabalho, brinquedos, e… é necessário testemulhar-lhes que se está satisfeito com eles e que apenas queremos seu bem espiritual e temporal.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 159.)
41. Agir por amor e não por temor.
O temor é como a geada que endurece, encolhe, entorpece, destrói. O amor é como o calor que dilata, amolece, alegra, anima.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 201.)
42. Frases que caracterizam a correspondência do Irmão Francisco: 
«Eu o amo, você sabe que o amo e que apenas quero seu bem».
«Você sabe que o amo muito, e desejo ardentemente seu progresso na perfeição».
«Você sabe, meu caro Irmão, que sempre o amei ternamente».
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 215.)
43. É necessário usar de prudência até para ordenar coisas excelentes e retirar dessas recomendações todo ar de rigidez, de exagero, de perfeição exagerada, antes do tempo conveniente: O que eu quero é levá-los a imitar a Sabedoria eterna, que age fortemente para atingir o objetivo que se propõe e para isso dispõe os meios com suavidade. 
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 215.)
44. Conheço diversos elementos egressos de nossa Sociedade com o objetivo de encerrar-se na solidão. Nenhum deles permaneceu ali. Onde estão hoje? Ignoro-o.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 221.)
45. Quando vamos ao recreio é preciso recrear-se; recomendo-lhes muito esse artigo, que é mais importante do que, às vezes, se imagina; não é sem razão que foi posto entre os meios de perfeição. Façam o possível para que os recreios sejam sempre agradáveis aos Irmãos.
Não se deixem aprisionar pelos seus alunos. Vocês necessitam de recreações. É preferível que os alunos aprendam menos e se apeguem aos Irmãos e gostem deles, a que se indisponham e achem que são tratados com dureza para fazê-los trabalhar..
(Ir. Francisco:60 anos de História Marista, p. 222.)
46. Jesus começou por fazer, antes de ensinar. Que fazia Champagnat por sua vez? Levantava sempre às 4 horas da madrugada, lecionava o catecismo de maneira simples e familiar e nos ensinou a proceder assim. Amava a Eucaristia; soube traçar novas vias, embora permanecendo aberto aos superiores; conheceu as provações; praticou a penitência em grau elevado, etc.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 250.)
47. Quem nos livrará desta dureza de coração tão funesta? Quem nos dará esse coração terno, esse coração dilatado que faz saborear a lei de Deus, que a faz abraçar com coragem e perseverança? É a piedade. Naturalmente duro e indócil, ingrato e rebelde, inclinado ao prazer dos sentidos e oposto à lei do Espírito, nosso coração se abranda pela meditação, pela oração.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 287.)
48. As forças da alma se esgotam… Se a piedade não vier repará-las e renová-las, elas serão insuficientes para cumprir as obrigações, vencer as tentações, praticar as virtudes; seremos fracos nas provações da humildade, da obediência e das demais virtudes, fracos nos conselhos evangélicos, na vocação, em nossos votos, fracos até nos mandamentos de Deus.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 287.)
49. As Ordens – diz ele – que não observaram a pobreza (e sublinha a palavra), essa santa pobreza de quem eram filhos, não tiveram mais o rosto de congregação, depois que não se assemelharam mais à mãe.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 304.)
50. A vida me seria insuportável, se não tivesse nada a sofrer pelo nome de Jesus Cristo.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 305.)
51. «Quando sinto frio e não consigo dormir, rezo mais tempo pelos pobres e pelos viajantes.»
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 305.)
52. «Para governar bem, é preciso fazê-lo pedindo com amor, e não exigindo imperiosamente.»
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 306.)
53. «Fazer-se amar por dedicação sem limites, é a arte do comando.»
(Ir. Francisco:60 anos de História Marista, p. 310.)
54. Remexam na oração os avisos, as repreensões e penitências como se revira a salada no azeite e no vinagre.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 333.)
55. Descreve a meditação:
«Esta é oração por excelência em que Deus fala ao coração e em que, de nossa parte, falamos a Deus sem intermediário de fórmulas, apenas pelo atrativo da alma que se eleva para a fonte de todo bem.» «É nela, sobretudo, que se deve acumular essa provisão de recolhimento, esse tesouro de espírito interior que deve animar, santificar nossas ações, sem o que essas mesmas ações não teriam nenhuma virtude.»
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 335.)
56. A caridade é sempre duvidosa enquanto não for marcada pelo selo da paciência, como o vaso de argila pode sempre dissolver-se em barro enquanto não tiver passado pelo fogo.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 335.)
57. O crente aceita da mão de Deus o que lhe acontece, persuadido de que nada lhe pode vir de um Pai tão bom que não seja para seu maior bem. Sem esse dom precioso, a gente é para com Deus como um estranho… Mas o espírito filial substitui logo o espírito de servidão.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 336.)
58. Maria modelo: «Trabalhar para formar Jesus em nós e nos alunos; ter para com os Irmãos e as crianças a mesma afeição que Maria teve por Jesus; escutar e conservar no coração a Palavra de Deus do jeito de Maria; levar, como Ela, vida oculta.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 340.)
59. É do coração de Maria que parte o sangue qure vivifica o de Jesus; é do coração de Jesus que parte a graça que santifica o de Maria.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 341.)
60. Pensem muitas vezes em Jesus, pensem também em Maria, mãe de Jesus e nossa mãe. Ela estava ao pé da cruz, sofria com Jesus e foi aí que nos tornamos seus filhos, que Jesus no-la deu por mãe. É nossa boa e terna mãe, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Compaixão. Somos os filhos das suas dores, os membros sofredores de Jesus, seu Divino Filho, que padece em nós e confere preço a nossos sofrimentos. Somos, portanto, nesse estado, muito caros ao coração maternal de Maria. Ela nos ama, nos assiste, qual mãe cheia de ternura e, se não nos livra logo de nossos sofrimentos é porque sabe quão vantajosos são para nós.
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista, p. 342.)
61. «Desejo que este lugar (l´Hermitage) permaneça puro e santo… Minha intenção é que, se os Irmãos chegassem a se afastar da perfeição, este lugar seja sempre abençoado e subsista como espelho e modelo para toda a Congregação, uma espécie de candelabro perante o trono de Deus e diante do altar da Bem-aventurada Virgem. Meus filhos, jamais abandonem este lugar… pois é santo; é a morada de Jesus Cristo e da Santíssima Virgem, sua Mãe. Aqui é que o Senhor nos multiplicou quando éramos poucos; por isso tenham grande veneração por este lugar. Aqui, quem rezar com devoção, obterá o que pedir.»
(Ir. Francisco: 60 anos de História Marista. p. 362.)
(Tradução: Ir. Aristides Zanella)