?Sou leigo marista?
Durante duas semanas, de 29 de maio a 12 de junho, os membros do Secretariado dos Leigos, Pep Buetas, Ir. Sylvain R. e Ir. Javier Espinosa, visitamos parte das comunidades da Província África Centro-Leste (PACE). O objetivo da visita era de conhecer a realidade dos grupos leigos e as possibilidades da Província em relação ao caminho de comunhão, bem como motivar para iniciar experiências o reafirmar processos.
Foram dias intensos marcados por horas de voo, de barco, ônibus e automóvel. Imensidade de água no rio Congo, no lago Kivu e no Victoria. Sol brilhante e quente. Zonas com vegetação e outras muito secas. Estradas planas asfaltadas e caminhos irreconhecíveis e poeirentos. Verdes colinas e savanas amareladas. Muitas crianças com seus grandes olhos e sorriso chamativo. Comunidades de acolhida, fraternidade e espírito marista, leigos e Irmãos irmanados em torno do mesmo carisma… e o eco contínuo nas apresentações dos leigos e leigas: estou casada, sou professora da Escola… “sou leiga marista”.
A variedade das paisagens concordava com a diversidade dos grupos com os quais nos reuníamos. Alguns com longa caminhada, outros em sua primeira reunião. Uns com maioria de leigas, outros com maioria de leigos. Em geral, com pessoas adultas mas algum grupo com muitos jovens. Grupo de antigos Irmãos, outros com uma marca clara de solidariedade, porém todos desejosos de seguir um processo de formação, dispor de material e crescer como maristas. Muitas perguntas nasciam de corações dispostos a prosseguir com as intuições de Marcelino Champagnat.
Em todos os grupos havia algum Irmão que os acompanhava. Numa das reuniões com a fraternidade dos leigos, toda a comunidade dos Irmãos se fez presente. Em outra visita a própria comunidade programou um diálogo fraterno conosco. Um dos grupos terminou o encontro com uma expressão tão vital quanto o canto e a dança. Que força e vitalidade! Tivemos oportunidade de participar de dois dias da novena e da festa de M. Champagnat nas casas de família de um dos grupos, encontros simples e orantes, com as crianças da família e o silêncio do entardecer.
Os desafios que apareceram são parte da visita, tal como a formação, o acompanhamento aos grupos por parte dos Irmãos, a comunicação em rede entre os grupos da Província, a descoberta da riqueza deste caminho para a vocação dos Irmãos, as possibilidades de enriquecimento do carisma com novos matizes. Apareceu claramente o apelo a um processo regional de apoio mútuo, mas ao mesmo tempo em comunhão com os processos no Instituto.
Ao falar de Kinshasa, Kisangani, Bobandana, Goma, Mururu, Save, Byimana, Kigali e Mwanza reconhecemos mais rostos de Irmãos, leigos e leigas que olham o futuro como comunhão de corações, que promove um novo começo.
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Pelo Secretariado dos Leigos,
Pep, Sylvain e Javier