Terça-feira, 26 de outubro
Na segunda-feira, os participantes chegaram à base do processo U, que se vive no Capítulo Geral dos Irmãos Maristas. Depois de sentir a realidade do mundo e do Instituto, os capitulares agora escutam o que Deus quer do Instituto, como identidade e como ação. Mais do que palavras, é momento de silêncio, de escuta…
Solidariedade com México e Porto Rico
Antes de qualquer trabalho, foi dado espaço ao Provincial do México Central, Ir. José Sánchez, que com o Ir. Luis Felipe, esteve 3 dias ausente do Capítulo para assistir a Província depois da grave situação provocada pelo terremoto. Ele sublinhou a solidariedade do povo e o empenho marista em dar alívio para a população atingida. Também tomou a palavra o Ir. Luis Carlos Gutiérrez, Provincial da América Central, que descreveu as dificuldades de Porto Rico, depois da passagem do furacão Maria pela ilha.
Oração da manhã
Guiada pelos participantes dos Estados Unidos, a oração da manhã, na sala capitular, fez os irmãos e leigos entrarem em união com Deus através do universo, com a oração das “4 direções”, comum a tantas culturas. A versão de hoje vem diretamente dos nativos da América do Norte e recordou à assembleia que a primeira revelação de Deus se deu no cosmos e na terra. Por fim, convidou a todos a respeitar a terra, pedindo ao Senhor o Espírito, que renova a face da terra.
Panorama do caminho
O Ir. João Carlos do Prado, secretário do Capítulo, resumiu a caminhada capitular. A partir da quarta-feira, o Capítulo começa a olhar para frente: o que Deus indica para os Maristas. Ali estão as implicações chaves, em nível pessoal e institucional. Essas implicações chaves são princípios, são orientações para o Novo La Valla que Deus pede que se construa. De quinta até sábado, se viverá a experiência do “deixar vir” a novidade que Deus está planejando para o Instituto. A partir daí se trabalham os temas chaves, elementos fundamentais para a vida marista: governo, leigos, direitos das crianças, etc.
Ouvindo os apelos de Deus em silêncio
A terça-feira foi dividida em dois momentos. Na parte da manhã foi proposto um momento de retiro, de profundo silêncio, diálogo pessoal com Deus, escutando a vontade de Deus. Na parte da tarde, juntos, foram reveladas as intuições que vieram desse silêncio.
Para o diálogo com Deus, ajudou-se propondo algumas disposições e possíveis perguntas. O facilitador, Matthieu, recordou que para que haja sincero diálogo é necessário deixar de lado as próprias expectativas, abrindo espaço para o novo. No momento da síntese, recomendou-se o uso de palavras novas, deixando de lado todos os conceitos que normalmente se usa. Isto é, não usar palavras como “La Valla”, “colégios”, “Montagne”, “missão”, “carisma”, etc., pois é provável que um novo começo requer também um novo vocabulário.
Sessão da tarde
Para a sessão da tarde a aula capitular ganhou uma nova disposição, com os capitulares reunidos em um grande círculo. Depois da oração mariana, o grupo começou a recolher os frutos da reflexão da manhã. O primeiro passo foi escrever em uma folha de papel palavras que exprimiam o refletido. Em seguida o espaço central do círculo começou a ser enchido com as contribuições, começando pelos irmãos jovens convidados, depois os leigos e em seguida todo o grupo.
Os apelos foram reunidos por tema e se formaram cerca de 13 grupos, tais como a missão no meio das crianças pobres, centralidade de Jesus Cristo, relação irmãos e leigos, autenticidade, transformação, fraternidade, comunidade global, formação e outros.
Esses grupos de temas representam as grandes linhas, os apelos que os capitulares estão escutando como voz de Deus para o Instituto.
Para concluir os trabalhos do dia, cada participante disse uma palavra que descreve o que vive depois dessa tarde de partilha. Palavras muitas vezes repetidas foram “busca” e “esperança”.