13 de novembro de 2018 CASA GERAL

Testemunhas da Igreja

Padre Jean Marie Lassausse, um padre da Missão da França, que viveu no mosteiro de Tibhirine por 15 anos, dando um testemunho de fé e proximidade com os moradores, seguindo o exemplo dos monges trapistas, está convencido de que a beatificação dos 19 mártires da Igreja da Argélia (8 de dezembro de 2018) "é extraordinária, porque reconhece as pessoas absolutamente normais: homens e mulheres que, como muitos outros membros da Igreja, optaram por permanecer na Argélia, mesmo sabendo que arriscavam suas vidas ".

Os primeiros mártires da Igreja da Argélia a serem assassinados, em 8 de maio de 1994, na biblioteca da Casbah, foram o Irmão Marista Henri Vergès e a Irmã Paul Hélène de Saint Raymond, uma irmã da Assunção. Esses mártires foram seguidos por outros religiosos de várias congregações e, finalmente, pelo dominicano Pierre Claverie, bispo de Orã.

“A mensagem destes 19 homens e mulheres religiosos é clara” – acrescenta Padre Georgeon -: “devemos aprofundar o significado da presença da Igreja e mostrar que a coexistência fraternal e o respeito entre as religiões e possível".

Portanto, a celebração desta beatificação quer fomentar um sentimento de pertença à Igreja da Argélia: uma igreja “convidada”, pequena, humilde, serva e cheia de amor. E tudo aquilo que pode ser dito sobre cada um dos 19 mártires, também experimentaram muitos outros membros da Igreja que ainda ali vivem. Sua vida e morte são como um ícone da identidade da Igreja da Argélia. Eles encarnaram até o fim sua vocação para ser um sacramento da caridade de Cristo para todo o seu povo.

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Antonio Martínez Estaún, Postulador Geral

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