5 de maio de 2017 CASA GERAL

Testemunho autêntico do amor de Cristo

O Ir. Henri Vergès foi assassinado no dia 8 de maio de 1994, em Argel, junto com a Irmã Paul-Hélène. Por ocasião do funeral, o cardeal Duval, arcebispo de Argel, assim falou: “O Ir. Henri deu um testemunho autêntico do amor de Cristo, do desprendimento absoluto da Igreja e da fidelidade ao povo argelino.”

Nesse link é possível encontrar instrumentos que permitem fazer memória da sua vida e do seu testemunho como Marista de Champagnat.

No dia da sua festa, partilhamos o texto abaixo, do Ir. Alain Delorme, que narra uma atividade na França, mostrando como o testemunho do Ir. Henri Vergès transmite uma mensagem importante também para nós hoje.
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Na quinta-feira, 23 de março de 2017, a comunidade marista de Saint-Paul-3-Châteaux sentiu-se feliz ao ver-se acompanhada por uma centena de pessoas que vieram participar da apresentação do “Quinto Evangelho”, peça teatral que recorda a vida Ir. Henry Vergés na Argélia, apóstolo da juventude durante 25 anos.

Francesgo Agnello, diretor de cena, e Jean Baptiste Germain, comediante, cativaram a plateia com a qualidade da representação. É bom recordar que o texto composto pelo Ir. Adrien Candiard, dominicano, ressalta as qualidades de Henry Vergés como religioso educador. Trata-se de 7 cartas, 4 de Ahmed, ex-aluno do Ir. Henry, e 3 do Ir. Henry. O público acompanhou com impressionante silêncio a mensagem que ia descobrindo em cada correspondência.

O diálogo, no final da apresentação, permitiu ressaltar alguns aspectos do testemunho do nosso Irmão que mais impressionaram os expectadores, particularmente sua fraternidade aberta a todos, de modo especial no último parágrafo da última carta de Ahmed:

Há um última coisa que tenho que te dizer. Durante muito tempo pensei que eras um pai para mim, como um presente de Deus para compensar o pai que não tive. Disse, pensei. Porém me dou conta agora que isso era totalmente certo. Tens sido muito mais do que isso. Foste um irmão, e isso é mais raro. Hoje em dia, todo o mundo quer ser pai e impor aos demais, mediante o carinho, sua autoridade e seu poder. Tu nunca me impuseste nada; tu te contentaste em amar-me. O mundo seria melhor se tivéssemos menos pais. O mundo seria melhor se somente tivéssemos irmãos.

Desejamos que o “Quinto Evangelho” tenha um futuro brilhante, especialmente entre a juventude a quem o Ir. Henry consagrou sua vida. O êxito de “Pierre et Mohamed” continua atraindo espectadores desde 2011, desde que foi apresentado no festival de Avignon. Até esta data superou 900 apresentações. Também devemos recordar que Francesco Agnello, por ocasião do centenário da morte do Padre de Foucauld, colocou em cena o espetáculo intitulado: “Charles de Foucauld, irmão universal” estreado em Viviers, em dezembro de 2016, na capela onde o Ir. Charles havia sido ordenado sacerdote.

Com o “Quinto Evangelho” o autor completa uma trilogia argelina. Por outro lado, o Ir.  Adrien Candiard, acaba de receber o prêmio das editoras religiosas 2017 pelo livro “Vigia, onde está a noite?” um pequeno tratado sobre a esperança para uso dos contemporâneos. Edições CERF.

N.B. “O Quinto Evangelho” é apresentado em Paris, na capela Nossa Senhora dos Anjos, 102 bis, rua de Vaugirard, (75006) todos os domingos, até o dia 25 de junho, às 17 horas. Entrada gratuita.
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Ir. Alain Delorme

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