3 de outubro de 2009 CASA GERAL

Um coração apaixonado

O Irmão Eugène Kabanguka é natural do Ruanda. Trabalhou na formação como submestre de noviços e como mestre de postulantes. Foi vice-reitor do ?Marist International Center? de Nairóbi, depois Reitor desse mesmo centro. Trabalhou também na animação dos Irmãos e suas comunidades, enquanto superior do Distrito do Ruanda. Atualmente, é provincial da Província ?África Centro-Leste?.

AMEstaún. A eleição do Ir. Emili Turú para Superior-geral suscitou, imediatamente, expectativas sobre o futuro Vigário-geral. Como viveu esse momento?

Eugène. Depois da eleição do Ir. Emili Turú para Superior-geral, eu me perguntei quem poderia ser seu adjunto. Pensava em vários Irmãos, porque todo o serviço que deverá prestar ao Instituto, ele o fará com o Senhor e, tenho certeza, a Boa Mãe estará a seu lado e lhe dirá, como em Caná: ?Fazei tudo o que Ele vos disser?. Entretanto, há necessidade também de mãos humanas. E mãos que respondam a um coração apaixonado por Jesus Cristo e cheio de compaixão para com os Irmãos. Considero que o Ir. Joseph Mc Kee poderá oferecer essas mãos ao Irmão Emili.

AMEstaún. O senhor conhece bem o Ir. Joseph. Descreva alguns traços da personalidade dele.

Eugène. O Ir. Jospf Mc Kee passou vários anos de sua juventude na República de Camarões e esteve 6 anos no Quênia, como reitor do « Marist International Center », em Nairóbi. Vou descrevê-lo tal qual o conheci, em Nairóbi. O « Marist International Center » é uma casa de formação, mas também uma casa de acolhimento para vários Irmãos que visitam a África. Mesmo outros Irmãos, em missão na África, ali passam com frequência. São sempre bem acolhidos. Joe os esperava no aeroporto ou diante da fraternidade Champagnat. Os jovens Irmãos formandos, às vezes mais de 80, tinham em Joe um irmão maior que lhes estava muito próximo. Fez com que amassem a liturgia bem conduzida, especialmente valorizando o canto. Talentos musicais se desenvolveram entre os jovens. Joe é muito ordenado em tudo o que faz. Não se sente bem com a negligência no vestir dos jovens. É preciso ser pobre, mas apresentável. Vejam como ele se apresenta chique, sem extravagância.

AMEstaún. Como você percebe a inculturação de Joe na África?

Eugène. Ele tem sensibilidade cultural. É atento às diferenças culturais. Em Nairóbi, ele promovia o que chamamos de jornadas culturais, em que os Irmãos de culturas diferentes apresentam os valores e os elementos folclóricos de seus países. Essa sensibilidade era perceptível até na liturgia. Ele gosta da música e faz música. Com ele, os jovens irmãos desenvolveram seus talentos até começar a produzir peças de música litúrgica em CD. E posso dizer, sem errar, que Joe tem o dom das línguas. Ele fala várias línguas europeias, mas se interessa também por algumas línguas africanas. Penso que isso está ligado à sua sensibilidade cultural.

AMEstaún. O Ir. Joe, quando nomeado Provincial, deixou a África para ir morar em Nimega. Como você viveu essa mudança?
Eugène. Como provincial da Província da Europa Centro-Oeste, um serviço que ele aceitou com muita fé, Joe fez a experiência da divisa belga: ?A união faz a força?. Chegado à Europa, depois de numerosos anos de missão, na África, ele não esperava essa nomeação, especialmente porque conhecia muito pouco os Irmãos de sua Província. Apoiou-se na experiência de outros Irmãos da Província e esteve muito à vontade em todas as comunidades. Eu experimentei isso, num encontro realizado na Alemanha, no ano passado. Quando passei pela Bélgica, todos os Irmãos estavam contentes com sua liderança.

AMEstaún. Algum desejo de felicidades ?

Eugène. Rezo para que os Irmãos Emili e Joe tenham um coração apaixonado por Deus e compassivo para com todos os Irmãos do Instituto.

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