18 de julho de 2007 ESPANHA

Um Coração Uma Missão

Em Guardamar, de 5 a 8 de julho, realizou-se a Assembléia Européia da Missão Marista. O encontro aconteceu depois que cada umas das 5 províncias do continente havia realizado, algum tempo antes, a sua própria assembléia. A etapa continental precede aquela internacional de Mendes, que acontecerá em setembro próximo.
O encontro contou com a participação de 112 maristas, leigos e irmãos, provenientes de diversos países. A diversidade exigiu inclusive a colaboração de 5 tradutores. Além deles, os presentes eram 22 da Província de Compostela, 13 da Província Europa Centro-Oeste, 23 da Província Ibérica, 21 da Província l?Hermitage, 22 da Província Mediterrânea e outros 6 irmãos e leigos que trabalham na Casa Geral.

O fórum foi aberto pelo Ir. Joseph Mckee, provincial da Europa Centro-Oeste e recém eleito presidente da Conferência Européia Marista. Ele sublinhou a necessidade de encontrar-se como continente e pensar juntos os desafios atuais e qual a resposta ncecessária de acordo com o carisma de Marcelino Champagnat. Recordou também o apelo do superior geral: Tornar Jesus Cristo conhecido e amado. Terminou pedindo empenho para que a assembléia apontasse novas idéias para implementar o sonho marista na Europa de hoje.

Durante os dias de encontro, o método privilegiado foi a partilha. Houve espaços nos grupos e em conjunto para exprimir as próprias experiências e as idéias, além daquelas do grupo que cada um representava. Para acolher o trabalho das 5 províncias, foi realizado uma síntese das conclusões das respectivas assembléias. Esse documento, que observava a realidade e indicava desafios para o futuro, foi o ponto de partida para o trabalho. A equipe lançou 5 perguntas que serviram aos grupos para discutir o documento e fazer propostas concretas:
Como evangelizar hoje as 80.000 crianças e jovens que estamos educando na Europa?
Onde estão as crianças e os jovens da Europa e como se aproximar deles?
Quais são os aspectos comuns e específicos da vocação marista do irmão e do leigo?
Qual é a formação necessária aos maristas da Europa para servir à missão?
Que tipo de comunidade marista deveríamos almejar e consolidar para impulsionar a nossa missão?

O debate foi intenso e proporcionou muitas perspectivas. Os irmãos Pau Fornells e Emili Turu contribuíram com a reflexão através de um diálogo onde sublinharam sobretudo a questão da identidade marista.

Um dos frutos da Assembléia foi o documento que propõe 17 desafios:
1. optar com decisão pelas crianças e jovens com maiores problemas dentro de nossas obras educativas formais.
2. Empenhar pessoas de nossas obras educativas formais, dinheiro e estruturas a serviço de uma obra de índole social.
3. Promover a educação em favor da justiça e da solidariedade em todos os âmbitos em que estamos atuando.
4. Optar, a nível provincial, por uma presença maior de irmãos e leigos em lugares de marginalização.
5. Criar uma rede de obras e projetos sociais maristas que contribua a aprofundar nossas respostas a crianças e jovens mais necessitados.
6. Ser testemunhas coerentes da mensagem do evangelho, de forma que as obras e presenças maristas sejam evangelizadoras.
7. Potencializar a vitalidade das obras e presença com a existência de núcleos maristas que vivem e animem a missão com profundidade.
8. Avaliar em modo sistemático e profundo os projetos e processos pastorais das obras maristas, considerando seu contexto e realidade.
9. Integrar as famílias nos processos de transmissão da fé.
10. Conhecer e compartir as experiências sobre o trabalho pastoral e evangelização existentes na Europa e que podem ser válidas para serem aplicadas.
11. Caminhar ao encontro da co-responsabilidade na animação das obras, que signifique uma partilha real da missão.
12. Criar espaços de encontro em todos os níveis onde leigos e irmãos possam compartir o que se descobre como maristas.
13. Favorecer a constituição de grupos maristas, fundados no coração de Champagnat, que sejam vizinhos das pessoas e realidades em que se inserem.
14. Suscitar nos irmãos e leigos a necessidade de uma formação marista permanente que lhes ajude a crescer como pessoas e lhes possibilite dinamizar diferentes processos.
15. Criar, a nível provincial e inter-provincial, processos de formação conjunta e específica (irmãos e leigos), que ajudem a descobrir, crescer e aprofundar as dimensões humanas, cristãs e maristas, respeitando as diferenças e as diversidades.
16. Encontrar um processo que auxilie os leigos a definir sua vocação e a vinculação com o Instituto Marista. Caminhar com audácia e esperança.
17. Dar a conhecer e promover a vocação marista, de irmãos e leigos, como um caminho para viver plenamente a vocação cristã no mundo de hoje.

Os três dias do encontro mostraram que os maristas na Europa tentam com carinho e dedicação manter o ideal de Marcelino e do Evangelho vivos no continente. Tudo é feito com ânimo. Ao mesmo tempo se constata que é necessário ousar. A coragem é evidente e transparece na alegria do encontro e na partilha da estrada percorrida. Agora a palavra passa a Mendes, onde a Europa será representada por 14 irmãos e leigos.

ANTERIOR

Conferência Européia Marista...

PRÓXIMO

Nova estatua de São Marcelino...