18 de setembro de 2009 CASA GERAL

Uma carta para a Comissão central

Uma carta para a Comissão central

As atividades do dia abrem a porta ao Espírito com um tempo dedicado à ?Lectio divina?. A Palavra de Deus, encarnada na vida, é alimento do espírito para o caminho. O documento de Mendes relembrou aos capitulares, ante o Senhor, os passos de comunhão que o Instituto deu, nos últimos anos. Irmãos e leigos coincidiram nos caminhos da vida espiritual, impulsionados pelo chamado vocacional a partilhar os mesmos dons carismáticos. Com essa almofada para os passos interiores, preparava-se o caminho espiritual do Capítulo, no início da sessão matutina, deste dia 18 de setembro.

Para romper com o estilo das atividades que, normalmente, são realizadas na sala, o Irmão Tony Leon animou uma dinâmica estimulante: ?Eu me chamo Tony e ensino arte, na escola?. Assim, apresentou-se diante dos capitulares. Tony é quem decorou a sala capitular com uma cruz vermelha, os quadros de Champagnat e de Maria e outros. ?Vamos fazer um exercício prático para mudar o modo de ver as coisas?. Entregou aos capitulares uma folha branca e outra de cor amarela com um desenho na parte superior, representando Maria na visita à sua prima Isabel. ?Em dois minutos, vão desenhar, na parte inferior, o que veem no desenho da parte superior da folha?. E a sala converteu-se, rapidamente, numa aula de desenho. A proposta despertou a hilaridade entre todos. Em dois minutos foi concluído o exercício, com resultados bastante satisfatórios. Alguns com nota alta. Houve felicitações para todos. A segunda parte da atividade consistiu em realizar o mesmo exercício, desta vez na folha amarela, mas colocando o original de cabeça para baixo. A surpresa foi grande. A maioria dos improvisados alunos melhorou os resultados. O artista desapareceu da cena, deixando a cada um de tirar a lição.

Continua a busca

A Comissão central resumiu o trabalho realizado até o momento, dizendo que há muitos pontos comuns, condivididos através do consenso, mas ainda não conseguimos exprimir o que sente e quer a assembleia capitular. Assim, continuamos a dialogar sobre as sugestões que nasceram na sala. Para iniciar o diálogo de hoje, propõe que os secretários de mesa partilhem com os membros de sua mesa o que ouviram na reunião dos secretários, ontem à tarde. Um membro da Comissão central também explica para assembleia o que a Comissão captara nessa mesma reunião. Nesta altura, cada mesa tem em mãos o documento redigido com as contribuições que as mesas tinham levado à reunião de secretários.

Na segunda sessão, a Comissão alterna de técnica metodológica. Faz uma proposta hipotética do que poderia ser uma expressão escrita do chamado que estão buscando em comum. Vem formulada assim: ?Venham depressa, maristas de Champagnat, minhas crianças precisam de vocês, agora. Encontrar-me-ão ali e Maria lhes dirá como é preciso agir?. A Comissão central pede aos capitulares que assinalem os valores que estão contidos nessa hipotética fórmula de apelo fundamental. A sala dialoga durante uns vinte minutos. As reações a essa proposta são várias, mas em conjunto, são numerosas as propostas de melhoria. Algumas considerações matizam o verbo usado, a atitude de Maria lembrada nessa expressão, a necessidade de acentuar mais a evangelização e outras. Outras destacam acréscimos e carências da fórmula.

Depois de escutar as reações das mesas, abre-se a oportunidade de intervenções livres, na sala. Os que pedem para falar destacam que estão emergindo algumas imagens que podem servir para redigir o chamado fundamental, um apelo que deve ser coletivo, para todo o Instituto, e não apenas individual.

Uma viagem ao segundo centenário de fundação do Instituto

A sessão da tarde começa com uma manifestação do consenso, em torno de seis elementos que vão aparecendo nos diálogos: conversão; corações novos, terra nova; urgência e convite a deslocar-se; missão para as crianças e os jovens pobres; irmãos e leigos juntos e o aspecto marial. Ao receber uma confirmação da sala sobre esses elementos, a Comissão central fez a seguinte motivação: Iniciemos uma viagem imaginária a 2016. Falta um ano para o próximo Capítulo geral. O Instituto viveu um processo de renovação, de transformação. Viveu os valores propostos pelo XXI Capítulo geral. Irmãos e leigos responderam aos chamados de ir ao encontro das crianças e dos jovens pobres. Trabalhando juntos, rezando juntos, a Congregação se expandiu. Jesus é o centro de nossas vidas. Maria está intimamente presente entre nós. Por correio eletrônico todos receberam uma mensagem da Comissão preparatória de XXII Capítulo geral. Pedem-lhes que informem como viveram os desafios lançados pelo XXI Capítulo geral; não apenas como se confrontaram com os desafios, mas como foram superados e de que meios se valeram.

É 6 de junho. Os anos passaram. Foram realizadas as eleições capitulares e voltam a reunir-se, nas mesmas mesas do XXI Capítulo geral. Pedem a cada mesa que escreva uma carta à Comissão central, indicando as realizações mais importantes das Províncias e como fizeram para consegui-lo.

A proposta de trabalho da Comissão central para esta tarde veio nestes termos: ?Escrevam, por mesas, essa Carta da Comissão central para ser apresentada amanhã, na primeira sessão de trabalho. Não é preciso um texto longo; no máximo uma página. Terão tempo até a missa da tarde?.

A vários grupos faltou tempo para escrever essa carta que indica o caminho a percorrer para chegar à celebração do segundo centenário da fundação do Instituto com um coração novo.

Festa em família

Hoje é sexta-feira. Segundo proposta da Comissão central, depois do jantar, na sala Champagnat, celebram-se os aniversários ocorridos durante a semana. No dia de hoje, a Independência da América Central, do México, de Papua-Nova Guiné e do Chile; os aniversários de Fernando Larrambebere, de Cruz del Sur e do Ir. Alberto Nzabonaliba, da África Centro-Leste. Foi um belo momento de fraternidade. O Irmão Seán Sammon aproveitou a oportunidade para presentear os leigos e leigas que participam do Capítulo, prestes a se despedirem, com uma linda imagem de Maria da Anunciação.

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