Ecole catholique et société pluraliste (Brésil)

Irmao Roque María

05/Nov/2010

Condensé d'une conférence prononcée à Porto Alegre par le Cher Frère Roque Maria.

La société moderne tend à s'unifier toujours plus sur le plan mondial; les hommes de nos jours sentent le besoin de s'associer, de s'entraider; ils veulent jouir de l'estime, du respect, de l'amour des autres; ils éprouvent un vif désir de sécurité et en même temps cherchent aussi le surnaturel.

L'école catholique doit donc favoriser l'édification historique du dessein divin: « ramener, comme dit Saint Paul, toutes choses sous un seul Chef, le Christ ». (Bph. 1,10 et ss.).

La technique moderne a fait des réalisations retentissantes. Le chrétien doit y applaudir, mais chercher, lui aussi, par l'emploi de moyens spirituels, des réalisations dans le domaine de la fraternité universelle.

L'école catholique doit produire des hommes savants et épris de Vérité, d'amour du Bien, qui seront porteurs d'un nouvel Humanisme, tout entier tourné vers le service de leurs frères.

Condensed from a lecture given by Brother Roque Maria at Porto Alegre.

Modem society tends to become more and more unified on a world level; people of our days feel the need of associating with one another, of helping one another; they wish to enjoy the esteem, the respect and the love of others. They experience a keen desire for security, and at the same time they also seek the supernatural.

The catholic school must then help to carry out the present divine plan: "to lead back everything under one leader, Christ " (Eph. 1,10 et seq.).

Modern technics have achieved amazing results. The christian must applaud, but he also by the use of spiritual means must accomplish thing in the domain of universal fraternity.

The catholic school ought to produce educated men imbued with truth and the love for doing good-men who will be bearers of a new humanism turned entirely towards the service of their fellow beings.

1.Um fato novo na Historia.

 

Quem observa atentamente o desenrolar dos acontecimentos em escala mundial nao pode deixar de notar um fenómeno novo que se torna cada dia mais claro, mais constante, mais fréquente na linha horizontal da atualidade. Pode-se dizer que está surgindo no mundo um novo estilo de vida de ámbito universal. Os homens e as nacóes, os individuos e as familias dos povos se aproximam cada vez mais, procuram encontrar-se con mais assiduidade, temtam unir-se com vínculos mais estreitos de amizade, de fraternidade em vista de segurança, de tranquilidade, de paz.

Dêste lado do Atlántico, as Nacóes Unidas congregam hoje a maioria dos Povos livres e autónomos. Pode-se afirmar que a familia humana tem sua casa comum, seu domicilio permanente na Sede das Nacóes Unidas, onde ela encontra sua cátedra sempre viva, sua tribuna sempre ocupada para a defesa e a garantía dos Deveres e Direitos do homem como cida-dâo do mundo.

Do outro lado do Atlántico, a Igreja Universal, povo de Deus em marcha para a Canaá dos destinos eternos, também tem sua casa comum, a casa do representante de Cristo, a casa do Papa. No Vaticano, no labi-rinto de suas galerías, na estratificaçâo papiresca de seus arquivos, no número sem conta de suas salas e bibliotecas, na floresta de estatuas e imagens da antigüidade… estâo consignados os anseios dos homens do passado e aguardam soluçôes mais humanas e mais cristas às aspiraçôes básicas dos homens do presente. E para responder as esperanzas infrus-tráveis da humanidade de hoje, estáo lá presentes os homens que consagran! a vida inteira para dar resposta ás interrogacóes angustiantes do homem peregrino.

Em escala menor, em círculos mais restritos, multiplicam-se as unióes internacionais, nacionais, regionais e locáis, sempre portadoras do mesmo escópo de ajudar o homem do presente a sentir-se mais homem, a ser mais auténtico cidadáo do mundo, construtor e elemento importante da cidade temporal. E ai surgem as inúmeras Associacóes continentais como a Otan, a Organizacáo dos Povos Afro-Asiáticos, a OEA, o MEC, a ALALC, etc.

A par das Organizacoes Internacionais e Nacionais multiplicam-se os Encontros Científicos, Culturáis, Artísticos, Filosóficos, Folclóricos, Turísticos, Sociais, Políticos, Económicos, Ecuménicos… O mundo parece camin-har para um congracamento generalizado, para un encontró fraternal de todos os povos na Amizade e na Esperanga Religiosa.

Parece que o homem de hoje degusta um sabor especial de ser homem e experimenta urna tendencia real de abordar temas religiosos. Na era espacial, o homem e Deus estáo mais presentes que nunca como noticia, como questionamento, como meta a ser conquistada. Haja visto a prece mundial dirigida a Deus por ocasiáo dos disturbios metereológicos sofridos por Apolo XIII.

Nunca na Historia da humanidade houve tanta iniciativa promissora, tanta boa vontade espontánea, tanto esfórco generalizado da parte de todas as Nacóes e da parte de todas as Confissóes religiosas como nos dias que correm. Para quem olha bem, com olhar sereno e objetivo, parece estar havendo hoje urna especie de competicáo entre as Nacóes para ver quem joga o trunfo mais poderoso capaz de unir para todo o sempre essa Humanidade aparentemente desvairada por convulsócs políticas internas ou externas, sociais, económicas, psíquicas, religiosas… das quais ninguém sabe profetizar como o mundo vai ficar ao certo dentro dos próximos anos.

Algumas conquistas sao já espléndida realidade. O Cenáculo das Nacóes Unidas no ámbito político, o Ecumenismo religioso no ámbito da Fé, as quais encarnam a razáo profunda que borbulha no ámago do coracáo humano — a necessidade da uniáo sem a qual as mais lisongeiras conquistas da Ciencia e do Pensamento, da Amizade e da Religiáo, do Direito e da Cultura, da Política e da Tecnología estáo cada dia mais ameacadas de destruicáo iminente. Haja vista a onda de revolta e de repudio que explodiu no planisferio ao circular pelo mundo a noticia do assassinato do embaixador alemáo na Guatemala, conde Von Spreti. Parece que a humanidade inteira se levantou em defesa dos Direitos violados de urna só pessoa, como Direitos violados da raca humana. É fato auspicioso carregado de solidariedade construtiva.

Para resumir, poderíamos dizer que o estilo novo de vida, o elemento novo que atravessa todos os continentes e todas as Igrejas, todos os coracóes, é o desejo insopitável de relacionamento humano, é a voz da natureza humana que clama pela convivencia pacífica num mundo pluralista, é a possibilidade de encontros fraternos com todos os homens, de todas as cores, de todas as bandeiras, de todas as culturas, de todas as Religióes, num abraco bem irmanado na tríplice característica da humanidade — a filiacáo divina comum, a temporalidade existencial também comum, e o destino escatològico mais comum ainda porque vivido em esperanca na situacáo presente e na fruicáo plena de felicidade comum na consumacáo ao raiar da Parusia.

Eis, em síntese, o fato novo da Historia.

 

2. – Funcáo da Escola na dinàmica do fato novo

 

« Aprende-se a fazer, fazendo », ensina a sabedoria popular. O fato novo do relacionamento humano e do congracamento universal devem ser ensinados, aprendidos e vivenciados como tudo. Se é verdade peda-gógico-científica que o pròprio educando é que se autoeduca, nao é menos verdade que a ajuda do educador é insubstituível na autoeducacáo para o fim de conservar o discente na orientacáo certa e no equilibrio seguro, porque só o adulto conhece as aspiracóes básicas da humanidade e os métodos adequados necessários para que essas aspiracóes evoluam e se aperfeicoem normal e ajustadamente dentro da finalidade humana.

De acordó com a contribuicáo da Antropologia e do pròprio conjunto das chamadas ciencias que tratam do homem, as tendencias fundamentáis do homem existencial de hoje reduzem-se a seis principáis:

 

a tendencia à auto e héteroconservacáo,

o sentimento da dignidade pessoal,

a necessidade de receber estima e respeito, amor e afeto,

a tendencia social,

o desejo de seguranca,

a ansia do sobrenatural.

Todas as Escolas dignas desse nome timbram em favorecer ao máximo a eclosào e o amadurecimento das aspiracóes basilares do homem sem as quais ele entra na vida incompleto, mutilado, devendo servir-se de muletas humilhantes para nao ficar atrás ou para nao ser jogado à mar-geni da sociedade. Ora, toda atitude de rebaixamento da sua dignidade, de abafamento e estrangulamento de suas justas aspiracóes, numa pala-vra, toda iniciativa ou omissáo de diminuicáo do homem em qualquer aspecto de sua natureza é diminuicáo de suas possibilidades e oportunidades de congracamento e de relacionameneto humano com os quais ele se completa, se realiza, se ajusta e se sente feliz.

A pedagogia pedagógico-cultural de hoje fornece à Escola de todos os matizes tres fontes ñas quais eia pode abeberar os educandos para a convivencia fraterna humana e crista:

A faixa dos seguidores da « lei natural » cujo principio de orientacáo é o preceito antigo « bonum faciendum inalimi vitandum », muito vago que deixa seus seguidores numa especie de prisáo sem aberturas, num apego ao « nada teologal ». Esta faixa compreende aproximadamente dois bilhóes e meio de homens (2.500.000.000), os dois tercos da humanidade.

A faixa daqueles que vivem sob a luz da « lei positiva » conhe-cida por revelacáo divina direta, como é o caso do povo hebreu ou de civilizacòes e culturas que a receberam por contactos polimorfos de intercambios, abarcando urna minoria insignificante da humanidade.

A faixa « privilegiada » da graca e da justica interior, plenitude de toda a entrega divina à Historia e plenitude da possível entrega da Historia a Deus, estendendo-se a todos os cristàos do mundo inteiro. É nesta faixa que se situa a Escola Católica.

Confrontando a situacào da Escola em escala mundial, constatamos que nenhuma das Escolas situadas ñas faixas da lei natural e da lei positiva está em condicóes de satisfazer plenamente todas as aspiracóes básicas do homem de hoje. Nenhuma tem mensagem capaz de dar resposta cabal, segura, tranquilizadora ao angustiado homem contemporáneo pelo motivo simples de eia nao abrigar ainda em seu programa educativo o « Príncipe da Paz » que pulveriza a angustia e consolida a seguranca.

A pròpria escola evangélica, se bem que crista, é escola mutilada, deficiente em sua estrutura e contendo programáticos sobretudo pelos motivos seguintes:

faltam-lhe alguns sacramentos da mensagem crista e com éles algumas disposicóes plenificantes, déles decorrentes;

está com o vacuo da « Morfologia » ou da « Ciencia Marial » que é condicáo permanente de disponibilidade de servico da criatura à von-tade salvifica e humanizante do Criador;

a suppressào do « celibato » bañe, ipso facto, o carisma gerador da disponibilidade;

o livre arbitrio institucional obstruí o caminho do diálogo tao necessàrio para a aproximagáo e a vivencia comunitària fraterna em clima de colaboracào reciproca.

Aqui surge o valor e a insubstituibilidade da Escola Católica. Eia, como todas as demais escolas, confessionais, estafáis, neutras, tem como ponto de honra possibilitar ao educando o desabrochamento de suas aspiracóes máximas para que consiga um lugar ao sol com seguranca e dignidade e alcance a plenitude humana tanto quanto possível na vida presente.

Como as outras escolas eia prepara profissionais, técnicos e pesqui-sadores. Mas como Escola Católica tem algo a mais a dar ao educando. Algo de sublime. Algo de inimaginável. Algo de Infinito. Senào vejamos. Enquanto ñas Escolas comuns predomina como meta suprema o atendi-mento dos interèsses pessoais de prevaléncia individualista, a Escola Católica, sem descurar a educacào da personalidade total, aponta como ideáis de vida nao sòmente o interèsse individual e mesmo social e comunitàrio da convivencia humana, mas a pròpria integracáo pessoal na historia única e finalistica que é a « edificacào do designio do Pai de reunir todas as coisas sob um só Chefe, Cristo (Ef. 1,3 e ss.).

Por essa razào, nunca estève a Escola Católica com tantas oportunidades como hoje para ser realmente católica, isto é, portadora daquele complemento de alma que satisfaz as aspiracóes básicas da humanidade atual. Porque eia e só eia sabe que a vida é urna bèncào de Deus e que prolongá-la ao máximo é prolongar a bèncào divina sobre a humanidade. Eia e só eia sabe que o homem é filho de Deus e nao apenas criatura jogada no mundo como as outras criaturas das quais se pode dispor ao talante dos caprichos do momento. O homem é e será o valor máximo da criacáo visive!. Eia e só eia sabe respeitar e estimar a dignidade da pessoa humana, pois que nela habita o pròprio Deus. Eia e só eia sabe amar como o homem suspira ser amado, pois só eia recebeu em plenitude a heranca do « amai-vos uns aos outros como EU vos amei ». Eia e só eia sabe que o homem nao se salva isoladamente mas unido num povo. Eia e só eia sabe oferecer a seguranca plena e dizer-lhe em todas as fases e situacóes da vida: « nao temas, sou EU que estou contigo até o fim dos tempos ». Só ela sabe a ansia de sobrenatural que atormenta o homem do nosso tempo e só ela possui aquéle que apazigua o inquieto coracáo humano até entrar na posse completa e inamissível do Bem completo. «,

Para sintetizar, ela e só ela está em condicóes de conduzir a humanidade para a uniáo táo ardentemente desejada pelo Filho de Deus, para a construcáo da historia-designio que é o fato pessoal do Cristo histórico e místico, a única historia que se pode chamar historia, teológicamente falando. Porque só ingressa nessa única historia a pessoa que se integra no fato pessoal e histórico de Cristo. E tudo aquilo que, seja por incapa-cidade estrutural, seja por rejeicáo voluntaria, deixa de integrar-se em Cristo, desintegra-se como unidade e como Historia. No caso dos homens, continuam sustentados por Cristo como unidades possíveis de integracáo, mas desintegram-se como história-construcáo-do-mistério-desígnio, voltando ao estágio inicial do qual saíram com vocacáo de crescimento e de integracáo. Assim como o « justo » é sacramento de eternidade, o pecador, aquéle que nao se integra no Cristo, é um sacramento do nada ou involucáo ao ponto zero do crescimento da Historia. Aquéle que rejeita o processo — designio ou é por ele rejeitado « acontece » na Historia mas nao acontece « enquanto » Historia única e finalística, nao chegando á consumacáo (á Parusia) por nao integrar-se na consistencia histórica do Senhor.

Se é certo que o Senhor tem caminhos, desconhecidos dos homens, pelos quais Ele salva os seus filhos, é certo também que existe o caminho, conhecido pela Escola Católica, através do qual o Senhor quer ver caminhar todos os homens.

Eis a funcáo máxima da Escola Católica.

 

3. – Integracáo do fato novo pela Escola Católica.

 

Falamos da Escola em todos os níveis, desde o jardim da infancia até a especializacáo em cursos de pós-graduacáo universitaria. Porque, em todos os momentos de sua atuacáo a escola é sempre a orientadora do homem para os altos destinos da vida, manifestados em suas aspiracóes concretas de hoje.

Na atual conjuntura do mundo tecnológico e pluralista, o progresso polimorfo e indefinido tem dado saltos táo gigantescos em minitempo que, a continuar nesse ritmo, é imprevisível detectar como será a vida individual, social, nacional, internacional, de amanhá. A técnica está rasgando para a humanidade caminhos « nunca dantes navegados ». Assim falam em coro os futurológos de todos os matizes.

Quanto mais nos humanizamos e nos cristianizamos tanto mais aplaudimos as conquistas da Técnica porque sabemos que, se guiada pela bússola da Razáo e da Fé, as estradas do futuro seráo bem mais humanas e mais cristas. O sociólogo brasileiro Ovidio Cunha subscreve a nossa afirmacáo quando escreve: «os modelos atuais dos chamados grandes países do grupo nórdico que já tém equilibrio sócio-económico apreciável e um alto padráo de desenvolvimento tecnológico, levam-nos a supor que um rápido progresso económico sem que paralelamente surja o desenvolvimento nao material (progresso moral) pode conduzir á frustraçâo da civilizaçâo conforme se revela dos elevados índices de suicidios nêsses países» (Ovidio Cunha, in «Temática Gérai», p. 116).

Em face dessa constataçâo, encontrável em todos os sociólogos espiritualistas, julgamos necessário que, para a época da Tecnología e do Progresso, com o técnico em materialidade — o técnico manipulador de todos os poderes da materia — surja simultáneamente o técnico que Paulo VI qualifica de técnico em humanidade (PP. n. 15). Como o pri-meiro se apossa da força cósmica e a canaliza para o progresso ilimitado, o segundo se apodera da energía espiritual e crista existentes na Igreja e as serve na cátedra de suas escolas para o banquete da fraternidade universal da justiça e do amor. Favorece, por este meio, o aparecimento de « homens sabios, amantes da verdade e do bem » (GS, n. 15), homens portadores do facho do « novo humanismo, o qual se define em primeiro lugar por sua responsabilidade perante seus irmáos e a Historia » (GS, n. 55).

Daí surge a necessidade da Escola Católica renovada, portadora do elemento novo, capaz de catalisar os homens para a Uniâo nesse período histórico do pluralismo político, racial, religioso. Em seus laboratorios, além de atualizar-se em suas instituiçôes e estruturas, para preparar me-lhor os próprios profissionais, técnicos e pesquisadores como as outras escolas, a Escola Católica cria urna nova classe de homens, a classe dos homens sabios e dos técnicos em humanidade, êsses líderes de alto nivel, especies de astros de primeiera grandeza no firmamento da Cultura e da Sabedoria crista, cujo prestigio pessoal e cuja atuaçâo no seio da humanidade pluralista sejam catalisadores nao do espirito de mandar mas do espirito de servir, homens que substituent o relativo pelo absoluto, a imitaçâo pela criaçâo, o poder pela disponibilidade, o ter mais pelo ser mais. O que vem a ser, na essência, o triunfo do homem novo, o homem que faz do amor e da justiça seu pábulo e sua mensagem.

Do alto dessa nova cátedra da escola renovada, o técnico em humanidade se encontra em situaçâo vantajosa em relaçâo a qualquer técnico ou cientista profissional. Pois quem vive no amor do outro vive em perene crescimento e, pelo fato mesmo, aumenta de continuo sua capa-cidade humanizante e cristianizante. A nosso ver, é o amor a maior força do técnico em humanidade. Por isso, a escola renovada, na idade pluralista da Historia, ou se dispóe a multiplicar os Mestres e os Discípulos portadores dêsse explosivo unificante no seio da humanidade, ou está fadada a desaparecer por tornar-se escola paralela a outras escolas, sem conteúdo específico, único, insubstituível.

 

CONCLUSOES

 

1. – A Escola católica só tem razáo de ser, hoje, se se distingue das demais escolas existentes. Sua distinçâo característica reside na existencia nela de un clima de amor autentico entre educador e educando com urna abertura social para todas as aspiracóes existenciais da pessoa humana atual, embasados — amor e abertura — na radical disponibilidade a Deus e aos homens.

2. – A escola católica atual deve fazer séria autocrítica e avaliaçâo de sua estrutura institucional e programática para verificar se está em condicóes físicas, metafísicas, humanas e cristas de satisfazer as aspiracóes básicas da humanidade, além de preencher as outras finalidades científicas e humanas e de todas as demais escolas.

3. – Já que a escola católica é o « lugar privilegiado de realizacáo do clima de amor individual e comunitario», as Instituicóes Eclesiais votadas á Educacáo devem fundar o maior número de escolas para que o Povo de Deus das tres faixas, a que aludimos no texto ácima, receba a mensagem d'Aquéle que veio ao mundo para trazer «a vida em abundancia », a vida de amor que tem o poder de satisfazer as tendencias fundamentáis da humanidade pluralista do século XX.

4. – Se a escola católica é necessária á sociedade pluralista de hoje, ela é mais necessária ainda ñas regióes sub-desenvolvidas, mais carentes de meios de promocáo humana e mais abertas á mensagem de salvacáo.

 

   Porto Alegre, 20 de abril de 1970

            Irmao Roque María

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