Carta de Marcelino – 198

Marcellin Champagnat

1838-07-16

Luís Fouet, entrou com 33 anos e ficou algum tempo na Congregação Marista e exerceu apostolado em Millery, nos anos de 1834 e 1835.
Pouco afeito à vida comunitária, pediu para se retirar. Foi depois pedir admissão na Congregação dos Irmãos da Instrução Cristã. O Padre Mazelier pediu prudentemente informações sobre o postulante. Champagnat mostra-se compreensivo em sua apreciação. Não se tem mais notícia de Luís Fouet.
Na mesma carta, o Padre Champagnat aproveita o espaço para mais uma vez solicitar os préstimos do amigo Padre Mazelier, para conseguir isentar os Irmãos que estivessem sendo chamados para o serviço militar. Faz notar que este subterfúgio não oferece perigo para as duas Congregações. Disto tivera a prudência de se informar em Paris.

Jesus, Maria, José.
Padre Superior,
Louis Fouet, marceneiro de Sougraigne, município do Departamento de lAude, permaneceu dois anos conosco. Tem fé, piedade, zelo, pode dirigir uma escola. Eu o considero gente correta pelo que diz respeito aos costumes e honestidade.
O senhor costuma mandar seus Irmãos de um em um. Com este modo de proceder, pode ser que o homem tenha mais sossego, mas duvido que possa simpatizar com alguém. Creio que o senhor não corre nenhum risco em guardá-lo, nem vai ser obrigado a mandá-lo embora.
Não consegui chegar ao final do meu trabalho em Paris, apesar de ter ficado lá seis meses. Estamos com muita dificuldade em salvaguardar nossos Irmãos que foram atingidos pela Lei de Convocação. Necessitamos de que o senhor venha em nosso auxílio ainda por este ano. Não tardaremos em mandar-lhe alguns deles, se nos mandar uma palavrinha. Acho que o senhor não corre risco de nada; consultei pessoas entendidas em Paris.
O Irmão Apollinaire não está completamente curado, e o Irmão Justin faleceu. O Irmão Joseph Marie continua meio transtornado da cabeça. Quanto ao Irmão Cyprien, ele está definitivamente autorizado e é professor oficialmente em Semur, Departamento de Saône-et-Loire.
Tenho que fazer uma viagem até Grasse, desejaria muito ter a honra de visitá-lo. Na espera deste tempo, se o senhor tiver que vir a Lião, não perca a ocasião de vir passar alguns dias em nossa soledade.
Prezado senhor Superior, queira considerar-me sempre seu servo muito grato, respeitoso e totalmente dedicado,
Champagnat
sup. d. I.
Notre Dame de lHermitage, 16 de julho de 1838.

Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997

fonte: Daprès lexpédition, AFM, 112.10

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