Instituto Marista
O Instituto nasceu em 2 de janeiro de 1817, em La Valla, na França, fundado por São Marcelino Champagnat, com o nome de Pequenos Irmãos de Maria, como um ramo da Sociedade de Maria. Foi aprovado pela Santa Sé, em 1863, como Instituto autônomo e de direito pontifício. Ao mesmo tempo em que se respeitava o nome de origem, foi dado o de Irmãos Maristas das Escolas (F.M.S. – Fratres Maristæ a Scholis).
Os Irmãos Maristas são homens consagrados a Deus, que seguem Jesus do jeito de Maria, que vivem em comunidade e que se dedicam especialmente à educação das crianças e dos jovens, e com mais carinho aos mais carentes. Presentes em 79 países, os Irmãos partilham a missão com milhares de leigos que abraçam igualmente o carisma de Champagnat.
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2,427 (dic 2023) IRMÃOS
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79 PAÍSES
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05 CONTINENTES
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7.200 LEIGOS
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654.000 CRIANÇAS E JOVENS
Visão 2025
A caminhada marista vivida de 1817 (nossa fundação em La Valla) a 1825 (inauguração da casa de Notre-Dame de l´Hermitage) ilumina nossos passos para os próximos anos (2017-2025).
Como Maristas de Champagnat, somos uma família global carismática, vivemos uma espiritualidade integrada e estamos apaixonadamente comprometidos com uma missão inovadora sem fronteiras, a serviço das crianças e jovens, especialmente os mais vulneráveis e excluídos.
O XXII Capítulo Geral dos Irmãos Maristas, realizado na Colômbia em 2017, propôs aos Maristas de Champagnat que “Caminhem juntos como Família Global”, definindo cinco apelos para guiar a vida e a missão dos Maristas até 2025. São eles:





FAMÍLIA CARISMÁTICA GLOBAL, FAROL DE ESPERANÇA NESTE MUNDO TURBULENTO;
Hoje, Jesus, tu continuas chamando-nos a um novo parentesco (Mc 3, 20-21; 31-35), a escutar tua palavra e colocá-la em prática com urgência e sem exclusões. Tu nos levas a transitar desde já pelos caminhos do futuro:
- Construir casas de luz como Maristas de Champagnat, envolvendo-nos com paixão na criação de um estilo de vida de família aberto a todos.
- Promover e nutrir a vida marista em toda a sua diversidade, realizando nossa profunda esperança de atuar como um corpo global*.
- Abrir-nos, com simplicidade, para estar disponíveis para além das fronteiras geográficas ou provinciais.
- Redescobrir, como irmãos, a paixão original que nos moveu a ser maristas.
* Durante o Capítulo Geral a expressão corpo global foi usada repetidamente como sinônimo de família global. Isso quer dizer que todos os Maristas de Champagnat pertencemos a um só corpo ou a uma só família carismática, e que somos chamados a atuar como tal.
SER O ROSTO E AS MÃOS DE TUA TERNA MISERICÓRDIA;
A promessa do teu Espírito em nossas vidas (Lc 1,35) urge-nos a ser profetas de misericórdia e fraternidade. Com esse apelo, percebemos que nos convidas a:
- Crescer em interioridade para poder descobrir-te como um Deus de amor que se manifesta no ordinário de nossas vidas.
- Cultivar uma espiritualidade do coração, que enche de alegria e nos faz inclusivos.
- Reviver em nossa vida cotidiana o espírito fundacional de La Valla.
- Viver a própria vida em plenitude, sendo tuas testemunhas num mundo fragmentado.
INSPIRA NOSSA CRIATIVIDADE PARA SERMOS CONSTRUTORES DE PONTES;
Como Maria em Caná (Jo 2,3), sentimo-nos interpelados pelas necessidades do mundo que nos rodeia. Inspirados por Maria, sentimos que nos chamas a:
- Conhecer em profundidade nosso mundo em contínua transformação e enfrentar os desafios atuais, sem cair na tentação de responder a perguntas que já ninguém faz (Papa Francisco em Medellín, 9 de setembro de 2017).
- Ser memória profética da dignidade e da igualdade fundamental de todo o povo de Deus.
- Abandonar a cultura dos egos e promover os ecos (ecologia, ecossistema, economia solidária…) que reduzem o escândalo da indiferença e das desigualdades.
- Ser agentes de mudança, construtores de pontes, mensageiros de paz, comprometidos na transformação da vida dos jovens por meio de uma educação evangelizadora.
PARA CAMINHAR COM AS CRIANÇAS E JOVENS MARGINALIZADOS PELA VIDA;
Buscamos-te Jesus, como Maria, nas caravanas da vida e no tumulto de nossas cidades (Lc 2, 41-49), na multidão dos deslocados que buscam um futuro melhor para seus filhos. É uma chamada que nos urge a:
- Abrir os olhos de nosso coração e escutar o pranto das crianças e jovens, especialmente daqueles sem voz e sem lar.
- Ser criativos em resposta decidida a suas necessidades.
- Fugir de abordagens paternalistas e empoderar a quem não tem voz.
- Incrementar uma presença significativa entre as crianças e jovens nas margens do mundo.
RESPONDER COM AUDÁCIA ÀS NECESSIDADES EMERGENTES.
Jesus, passaste pela vida fazendo o bem e, no entanto, tuas ações foram interpretadas com estreiteza por muitos dos teus contemporâneos, simplesmente porque eras galileu, carpinteiro e filho de Maria (Mc 6, 2-3). Também hoje continuas desafiando-nos para:
- Abandonar velhos paradigmas, e buscar criativamente modelos alternativos para tornar visível o amor de Deus no mundo de hoje.
- Converter nossos corações e flexibilizar nossas estruturas, sem medo de assumir riscos, para aproximarmo-nos das periferias, em defesa dos mais pobres e vulneráveis.
- Comprometermo-nos firmemente na promoção e defesa dos direitos das crianças.
- Despertar em nós e à nossa volta uma consciência ecológica que nos comprometa com o cuidado de nossa casa comum*.
* Em todos os textos do XXII Capítulo Geral, cada vez que se menciona nossa casa comum faz-se referência à nossa irmã, mãe terra (São Francisco), seguindo o Papa Francisco na sua Carta Encíclica Laudato Si’ sobre o cuidado da casa comum.